Mário Soares pensa sobre a crise económica no DN de hoje. Contra Ordem vai dar uma voltinha ao espeto: a ideia segundo a qual as “nacionalizações” americanas traduzem realidade em cujos termos se privatizam os lucros e se nacionalizam os prejuízos, é uma fórmula do “L’Humanité”. ("Socialiser les pertes et privatiser les profits", subscrita por Dominique Plihon, ou "les « nationalisations » opérées ne consistent qu’en socialisations des pertes bancaires", com a assinatura de Yves Dimicoli). Não está mal a fórmula. É pelo menos uma óptima provocação para debate. (Nós não estamos ainda convencidos da inelutável justeza da fórmula). Mas Mário Soares já tem idade para fazer correctamente citações. Afinal de contas, não há paternidade mais orgulhosa do que a paternidade das ideias (como aliás dizia alguém cujo nome não nos ocorre agora). Este é o problema do tugastão: um sítio que não está mal concebido pelo Altíssimo, mas onde quase tudo é tuga. Até isto. Felizmente os gregos inventaram a palavra "porra" e nós acrescentámos-lhe um ponto de exclamação. Que diríamos nós sem isso, não é?
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment