A TVI pode estruturar os seus serviços noticiosos como quiser. E não quer o "Jornal Nacional" no estado em que estava. É normal. Sobretudo porque a malta do El País faz jornalismo propriamente dito e não teatro de revista. E resilta natural querer reconduzir um serviço noticioso à função noticiosa propriamente dita. Mas não, parece, sem que a Moura Guedes de largue aos gritos. E aos gritos nos diz que "tem" (por assim dizer) coisas novas sobre o caso Freeport e aliás contraditórias com as versões oficiais. Nós não estamos nunca do lado das versões oficiais. Mas a coisa é estranha. Porque, evidentemente, as “cachas” não são nem de Manuela Moura Guedes, nem do Jornal Nacional que, de resto, não é uma publicação, mas um noticiário da TVI. E portanto se essas coisas existem, a TVI pode noticiá-las quando quiser. Em qualquer serviço ou rubrica noticiosa que entender. As notícias são propriedade dos jornalistas? A Moura Guedes está a dizer que se não a deixam tornar pública a "sua" notícia, no “seu” jornal, não contará a história a mais ninguém? Está a dizer que não fornece os elementos à estação? Ou está a dizer que lhe suspenderam o jornal para ela não dar a notícia e, nesse caso, que coisa a impede de dizer isso ao MP, ou que coisa a impede, simplesmente, de dar a notícia nas declarações que está a prestar? O MP não a notifica para ir depor ao caso Freeport (já que tem ali anunciados elementos novos)? E a TVI não averigua disciplinarmente se há justa causa de despedimento por indiciada violação do dever de lealdade? Quase tudo nesta quincagenária travestida de adolescente nos parece estranho. Aguardemos a evolução das noticias.
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