Comunistas com 18,4 % e SPD acima dos 35%, coroam a derrota de Merkel nas eleições de Domingo. É um mistério que o SPD ainda consiga alguma
credibilidade, assim como é um mistério que os “democratas cristãos” sobrevivam
à presença de Merkel. Mas com mistérios ou sem mistérios, estes são os números
e podem ser um indicativo importante para a compreensão da Europa Oriental, do
peso das infinitas decepções que tem sido imposto aos respectivos povos a quem
se prometeu – não foi? - que iam ser ricos e livres e a quem se oferece a perda
de qualidade do sistema educativo como preliminar da indigência respectiva,
outro tanto ocorrendo na saúde, sem nenhum progresso visível na habitação, com
retrocessos infelizmente evidentes no direito à constituição de família e ao
trabalho. É estranho que os comunistas só tenham esta escassa percentagem na
Alemanha. 18,4% dá para assustar. Mas esperar-se-ia uma percentagem à
medida do escândalo e do insulto à confiança ingénua de quem
acreditou nas promessas de prosperidade e abdicou do que tinha a troco de nada.
E nada é a notação a atribuir ao projecto político frustrado. Nada é o que vale
o correspondente futuro.
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