Já correm versões imputando à Mossad a autoria moral, senão material, de mais esta barbaridade. (As relações de Israel com a Noruega não são boas). E havendo a possibilidade de alguma coisa imputar à Mossad, evidentemente que não deve perder-se essa oportunidade. Achamos que sim. E se não foi a Mossad foi o Passos Coelho. Não obstante (e ainda que tivesse sido a Teixeira da Cruz), nem isso nos dispensa de reflectir sobre o fenómeno. A nosso modestíssimo olhar isto sublinha outra vez que (Coelho à parte, que é bicho; Cruz à parte que é coisa) todos os homens são poderes
soberanos e qualquer um pode decidir da vida e da morte dos demais. Sejam eles
chefes de governo ou simples particulares à saída de um café. Isso é
simplesmente assim, como sempre foi. A educação liceal basta para saber
fabricar pólvora. Qualquer torneiro fabrica uma arma precisa. Em qualquer
cadinho, num canto de qualquer casa, se podem fabricar balas do que quer que
seja. Qualquer um pode carregar cápsulas de balas de modo a conferir ao disparo
maior alcance. O controlo das armas serve para alguma coisa, deste ponto de
vista?... Para quase nada. Reconheça-se. Os perigos nunca vieram de armas
registadas, salvo nos desvarios temporários que são, de resto e felizmente, raros.
Resta esta evidência: Todos podem matar todos de quase todas as formas. As
armas e explosivos são menos importantes que as mãos e as cabeças. E estas últimas
estão fora de alcance dos licenciamentos. Os que estamos vivos, devemos isso ao
facto dos outros, todos e quaisquer outros, nos terem consentido que vivamos
ainda. O repugnante pedrasta papista e os seus heresiarcas deviam pensar mais
nisto. E na imensa misericórdia que isto revela. Deviam ser mais contidos. Mais
humildes. E os desgraçados das “maçonarias” maradas, também. Os otanascas e os
federastas, igualmente deviam trilhar caminhos mais prudentes. Até porque as
organizações se movem com mais dificuldade do que um homem só. A OTAN não
consegue assassinar Kadafi. A CIA não conseguiu matar Castro. E todavia matar é
fácil a um homem só. É o que ensinam, outra vez, os atentados da Noruega. Ensinam
que é preciso ter mais cuidado com os estados de espírito. E que as novas tolerâncias
saldadas em intolerâncias novas podem acordar outras soberanias. É preciso ter
mais cuidado com os estados de espírito e os arbítrios que acham “natural”, ou “inevitável”,
a crueza do desemprego, da humilhação de grupos sociais ou nacionais, da
perseguição de homens ou mulheres, individualmente ou colectivamente
considerados, o banimento de formas de pensamento, ou de presença em debate político.
Esses arbítrios podem fazer despertar coisas que serão sempre tremendas. Mas não
deixam de ser interessantes. Nos atentados da Noruega temeram-se “os inimigos”
a quem a OTAN destruiu os países (os afegãos, os líbios, os iraquianos... curiosamente
ninguém pensou nos sérvios da Dalmácia, da Kraína, da Bósnia, do Kosovo). Mas há
mais inimigos – os inimigos vivem connosco – e estes podem ser (e são) o pederasta
papista e o heresiarca que o protege, o proxeneta e o polícia da casa do sino,
o burlão do partido de kavako ou de qualquer outro. Ou o juiz que aceita
encomendas de qualquer desses. E qualquer outro que pague a todos ou a alguns
deles. Ou o que recebe pagamentos deles. E todos estão aí. Ao nosso lado.
Passando pelas mesmas ruas. Mas também estão aí os que podem matá-los e de um
momento para o outro. Isso é o que eles esquecem. E também estes estão ao nosso
lado. E se não estivessem aqui, não poderiam estar longe. Só há um planeta
habitado neste sistema solar.
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