Iulia Timochenko, como bem se sabe, tem o condão de fazer subir os preços do gás. Quando aquela encantadora figurinha sobe à chefia do governo, o preço do gás sobe logo com ela. Estava a Ucrânia a contar com o gás a USD 150 e o preço saltou logo para USD 179,5. A coisa suscita, desde sempre, apreciáveis comoções entre os da “revolução laranja” e um chorrilho de imputações à pretendida malevolência dos russos que, todavia, têm subvencionado a economia ucraniana em valores que rondam os quatro mil milhões de USD anuais. A Naftogaz, consórcio público ucraniano que procede às importações, já não conseguirá pagar as contas deste ano. Timochenko (que perdeu as eleições e preside a um governo de instável coligação) imputa a Ianukovitch a promessa de gás mais barato (os outros países, na verdade, pagam-no a USD 300 por mil m3 e portanto não se pode dizer que a Gazprom esteja a ser especialmente perversa). Mas Timochenko prepara-se para pressionar, jogando com as tarifas de circulação do gás exportado pela Rússia através de território ucraniano. E segundo tudo indica, não estará a ponderar do modo mais realista o limite de não poder praticar tarifas muito diversas daquelas que a Rússia cobra à Ucrânia pela circulação, em território russo, do gás centro-asiático (exportado pela Ucrânia). Se as coisas continuam assim, a encantadora figurinha de Iulia Timochenko vai deixar os alemães cozinhando a energia solar. A garota já passou dos quarenta e… não cresce mais. Há coisas cruelmente definitivas. Talvez – de iure constituendo - se deva dar posse aos governos da Ucrânia no princípio da Primavera. Crises destas no Inverno têm riscos excessivos e preços em vidas.
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