Karadzic, chefe político da guerra popular dos sérvios da Bósnia foi capturado e será entregue ao Tribunal ad hoc, sob cuja custódia já morreram Milosevic e o presidente da Kraína sob ocupação. "Poeta falhado", diz o Libération, cujo redactor seguramente nunca o leu. Moscovo faz notar que o Tribunal deve ser independente, sublinhando as excessivamente evidentes parcialidades entretanto exibidas. O presidente da fictícia Bósnia (ficção dispendiosa) veio dizer que a prisão e entrega de Karadzic não resolve o problema do projecto sérvio estar vivo e ter – praticamente inalterados – os seus apoios sociais e políticos (claro que sim). Assim se demonstra ser tal “paz” a continuação da guerra e nem sequer por outros meios. A Rússia, há três dias apenas, teve uma conferência de ministros dos negócios estrangeiros com a Sérvia. E a nota oficial é importante. Hoje, Karadzic, orgulhoso Tchetnic, filho de Tchetnic, começou a percorrer o calvário que, antes dele, percorreram seus pais. Não sabemos se sairá vivo dos cárceres de Haia, parecendo embora pouco provável. Não sabemos se quem o entrega hoje viverá também muito mais tempo. Não sabemos sequer se a Europa Ocidental não se deixará arrastar para a Guerra a breve prazo. Sabemos que os Sérvios serão Sérvios até ao fim da História. Sabemos que S. Lázaro estará sempre entre os seus. E que Stefan Lazarovic tinha razão quando alinhou pelo Sultão Bayazid contra os cruzados. “Antes o turbante turco que a mitra papista”. E faríamos bem em recordar um lema político do pan-eslavismo, de verdade bem demonstrada: “antes o chicote russo que a liberdade alemã”.
Tuesday, July 22, 2008
“Poeta falhado”, dizem eles
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