É preciso reflectir sobre a anomia trazida à Lei. O caso dos tugas é claramente marcado por disfunções próprias: a semi-alfabetização e os seus semi-doutores, o provincianismo como refúgio da alarvidade, as suas ambiguidades de sentimentos face a tudo o que seja "internacional" e lhes parece tão desejável como temível, enfim... Uma compilação de desgraças e inépcias com relativo interesse sociológico. Mas há outra dimensão da legal anomia. E essa tem sido objecto da reflecção de Jean-Claude Paye. Tais escritos bem podem ser trazidos à reflexão sobre as "coisas tugas". Assim sempre se deixam um pouco mais apavoradas as apalhaçadas "forças de segurança". E porventura também os juizes que - globalmente - em tudo lhes correspondem e em todos os escalões da hierarquia dos tribunais. Pensar que em Itália o Falcone foi assassinado pela máfia e estas criaturas declaram-se "sem condições de segurança" porque um homem procedeu à auto-mutilação de um dedo diante de uma rapariguinha judicante. Estes pavores são apenas má consciência. Estas invocações de segurança, são a conjuração da desgraça que os libertará. Porque não há segurança contra a desgraça que eles são. Não há segurança contra a desgraça que eles semeiam. Não há segurança contra a desgraça que eles vão colher. Mas há dimensões mais graves desta anomia. E é preciso examiná-las.
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