A Secretária de Estado dos USA, subsistência da América clintoniana, anda a distribuir literatura de cordel à volta do mundo. Ele são os Guardas da revolução Islâmica do Irão na Nicarágua, ele são as armas da Coreira do Norte na Birmânia. A mulher é uma ficcionista. E não se cala com estas tolices. Tudo com um fundamento último: o ataque aos interesses dos USA. Como se os interesses dos USA precisassem de ser atacados. A Califórnia acaba de anunciar a sua falência pura e simples (é o Estado mais populoso dos USA). O Dólar não está a cair, mas a despenhar-se. A noite da crise vai terminando com a alvorada a oriente, porque a China lançou o apoio ao consumo interno para compensar a quebra do comércio internacional e, segundo tudo indica, a ideia resultou. Nada será como antes se o motor da economia do mundo for o novo bloco euroasiático. Talvez por isso os USA não parem de aborrecer os países do pacto de Shangai. É o Cáucaso. Xiangjinag. O Irão. Não há canto no mundo ao abrigo dos seus motins, revoltas, golpes, violências. Depois vem a fada Hilária e diz “eles odeiam-nos”. Mas quem é que os odeia? Os residentes nas cidades de lona nos USA, desapossados das suas casas, do seu trabalho, da sua vida, que vêm juntar-se aos trinta milhões de pessoas que já viviam nos esgotos? São esses que os odeiam? Ou são os chiitas do Iraque que foram atirados para um matadouro por promessas dos USA, incumpridas sem a menor noção da honra? Ou os infelizes de XiangJiang a quem acaba de acontecer o mesmo? Ou o idiota da Geórgia, pelos mesmos motivos? Ou os palermas de Kiev, pelas mesmas razões? E se a mulher se calasse um bocadinho?
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