Tuesday, August 31, 2010

ESTAVA ESCRITO

Urosa não nos indignou apenas a nós. Vai daí - e retribuindo o aconchego do projecto educativo para a servidão - alguém lhe foi à cara. E foram-lhe à cara em grupo. Não aprovamos. Ir-lhe à cara está longe de ser suficiente, seja para calar a criatura, seja para a esclarecer. Entendemos a forma de expressão. Mas ele, provavelmente, não. Se isto assim continua, os Chavistas ficam todos à beira da instituição da Igreja Nacional. Seria aliás uma excelente ideia. Se Roma e Urosa amam a servidão, talvez se possa remete-los à gleba que amam. Aliás não se lhes vislumbra nobreza onde quer que seja. Uma das características da nobreza europeia, justamente, é ter promovido a liberdade (que era a única a conhecer) essa liberdade que havia de acolher, no plano político, a liberdade de espírito que nas universidades nascera, assim se fundando a Europa Moderna. É interessante ver os Santos, os Mendes, os Alves, os Vacas, os Relógio, entre outros fenómenos (de entre os quais sempre avultarão os Pires), a baterem-se pelo regresso da servidão da qual a Revolução os libertou, nem sequer há muito tempo. Não nos opomos a que se lhes aplique a servidão pela qual almejam. Mas só para si próprios. Se o Direito os impressiona, excluam-se dele, então, e vejam depois quanto lhes resta. Já nos opomos a que queiram isso para os outros. Alguns outros comungam desta nossa oposição. E por isso Urosa tem, desde Sábado, a cara metida dentro. Logo veremos que outras coisas lhe amolgarão nos tempos que hão-de vir. O homem é, a nossos olhos, irreconhecível como Homem de Deus. Deus é a luz da inteligência. E a estupidez o que será? Da violenta estupidez na cabeça de Urosa, resultou a violenta coisa que veio à cara de Urosa. O semelhante clama pelo semelhante. Mas ele pode sempre - se a tanto não obstar Chavez - fugir para o alojamento eclesiástico da Via della scrofa, em Roma (scrofa significa porca parideira).

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