Seis meses depois, nem o litoral da Líbia se mostra dominado pelas forças otanascas ao ponto de fazer possível qualquer actividade económica regular. A violência mostra-se impressionante. Meyssan, (do Voltairenet. org) foi ameaçado de morte em
Tripoli por “jornalistas” da CIA. Tentaram prendê-lo na “evacuação” e isso só
não ocorreu por oposição da Cruz Vermelha Internacional. Mas os jornalistas da Telesur e da PressTV também estavam em risco de vida e acabam de chegar a Malta. Todos. Alivia que não tenham podido abatê-los ou “prendê-los” ( o que seria o
mesmo). No Qatar filmaram-se “cenas de
guerra” e de “vitória” dos rebeldes na Praça Verde de Tripoli que as estações
“mainstreem” difundiram como se fossem verdadeiras. (Tendo a Russia Today
desmontado essas imagens por comparação com os edifícios da Praça Verde,
mostrando detalhes em falta nas imagens falsas). O próprio TPI anunciou (com
júbilo) a prisão de Saif al Islam que manifestamente não tinha sido, nunca,
capturado pelos “rebeldes”. E como se nada disto fosse suficiente, a escumalha
otanasca lança caças a homens (ao abrigo de uma protecção militar humanitária
visando impor uma zona de exclusão aérea como o determinara a resolução do
Conselho de Segurança). Visou matar por bombardeamentos (mais de sessenta
bombardeamentos) o raïs de Tripoli em sua casa. E lança um prémio pecuniário
pelo seu homicídio, ao mesmo tempo que envolve soldados seus (que oficialmente
nunca ali estiveram) nessa caça. SAS ingleses e a legião estrangeira francesa
estão comprovadamente no terreno. Alguns depósitos de armas caíram em patas dos
“rebeldes” e é muito pedagógico ver as imagens teledifundidas daquela escumalha
a mexer nas munições. O bairro dos funcionários administrativos foi tomado de
assalto e os funcionários estão a ser abatidos. Terrível. Mas expectável. Um
funcionário é imprestável para qualquer resistência armada porque se habituou a
temer. Incapaz de resistir é abatido com a atitude bovina de qualquer
funcionário. Isso talvez devesse ter sido previsto. Mas havia certamente outras
coisas para fazer…a Coroa de Àfrica, como os libios gostavam de chamar à sua Capital, está sem abastecimentos, sem hospitais, sem água, sem luz. É uma imagem muito tranquilizadora da "guerra humanitária". Entretanto, na Tripoli “completamente conquistada pelos
rebeldes” (já há uma semana), continuam os combates. E o
raïs “em fuga”, mostra-se afinal no comando da resistência. Com
determinação heróica. E a eficácia possível. Se a escumalha otanasca não
recua, o que não parece poder já fazer, esta guerra será a sepultura politico-económica
do projecto da “Europa até aos Urais”. Nenhum estadista em seu perfeito juízo
pode razoavelmente ter tal gentalha em qualquer parceria de qualquer negócio.
Nenhum acordo económico é possível com piratas. E se algum preço lhes parecer
escusado eles assaltam o país. Qualquer país. Não pode ser. Essa gente que vá morrer
longe. Nenhum estadista em seu juízo perfeito pode entender que tal gentalha
mereça outra coisa senão o desaparecimento súbito e definitivo de qualquer
cena. Putin tem razão. Como Chavez. Como a China. Tal escumalha perderá
qualquer credibilidade ou qualquer viabilidade de controlo em África, como perdeu na América Latina
(sub-continente já em relação económica e diplomática directa e evidentemente desejável com a
Ásia). À verdadeira bestialidade dos “políticos do eixo atlântico” não pode
senão responder a morte e o cerco que tão clamorosamente merece. Interessante
que nestas circunstâncias o território norte-americano seja devastado por um furacão
chamado Paz. (Irene significa Paz em grego). A paz é realmente a morte deles. A Mathaba deu por isso. Os prostituídos jornalistas, mais os prostituídos comentadores, mais
os prostituídos “dirigentes políticos” subverteram e contornaram completamente
qualquer disciplina legal de controlo democrático e parlamentar de qualquer
guerra. Instrumentalizaram completamente magistraturas (como a do TPI) que
nunca poderiam deixar-se instrumentalizar como arma de guerra e transformaram a
ONU numa fantochada incapaz de impor os termos das suas próprias decisões a
comandos militares de terroristas, conduzidos por gangs de ladrões, numa
descarada campanha militar de subjugação e apropriação coloniais dos recursos
de um país. Isto é de gravidade terminal. Por ser objectiva ameaça a todos os
estados da terra com recursos naturais passíveis de utilidade para os ladrões. O isolamento internacional é apesar de tudo surpreendente. Quarenta países reconhecem o pseudo-CNT. É quanto resta, entre cúmplices e estados vassalos, à escumalha otanasca. Longa
vida ao raïs de Tripoli, ou à sua gloriosa memória se vier a morrer em combate.
Entretanto deve ver-se o longo percurso dos horrendos vícios da escumalha
otanasca. E isso deve ver-se, aqui. Porque é” a guerra que você não vê”. Os
comentadeiros presstitutos que vejam o modo como serão olhados daqui a dez
anos. Não se pode confundir jornalismo e propaganda de guerra. Nem Justiça Internacional e propaganda de guerra. Isto são crimes. E em sentido exacto.
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