As armas russas, integradas nas forças de paz,
libertaram completamente Tskhinvali sob ocupação parcial congeminada por Saakachvili. A Rússia declarou que não está em guerra com a Geórgia – ou já não haveria guerra, ou Geórgia – e a China apelou a um cessar-fogo imediato. As Forças da Abkásia desencadearam, em segunda frente, uma operação militar no vale do Kodori, da qual não há ainda informações precisas.
Saakachvili pretendeu a declaração da lei marcial. Mas anunciou a retirada da Ossétia. E levantam-se vozes na Rússia apelando à instituição de um Tribunal Internacional capaz de julgar os responsáveis por esta ignomínia. A situação permanece calma na Adzharia. Projecta-se já a reconstrução da Ossétia. Tivessem Bush e o seu o Saakachvili logrado a integração da “revolução rosa” na OTAN (sob a capa da Geórgia) e o mundo estaria hoje, plausivelmente,
em guerra. Ou a Geórgia em guerra civil. Ou a OTAN
em desmembramento. Duas destas coisas podem ocorrer ainda. E até
em paralelo. Mas a provocação falhou clamorosamente. Só um heterodoxo como
Saakachvili, completamente
descristianizado, poderia desencadear tal coisa na Festa da Transfiguração. O
Santo Patriarca Elias II fez celebrar em todos os altares um ofício pela Paz e o Santo Patriarca Alexei II reafirmou a unidade de Espírito com a Igreja da Geórgia (ambos na foto). Uma menção devida à “imprensa portuguesa” que fez só hoje as primeiras publicações sobre os confrontos. Uma semana de atraso, quanto aos factos. A fatigante cretinice e o alinhamento de sempre quanto à linguagem e às opiniões escusadas. “Guerra entre a Rússia e a Geórgia”, por exemplo, no DN. Na RTP-n, apareceu uma criatura comentadeira (morfologicamente e em primeira análise, um cro-magnon) chamando a Stalin "o grande pai da Revolução Russa". Enfim, perspectivas. A conduta da
Imprensa Brasileira é – mais uma vez - muito diversa. E o
El Pais afirma-se, de novo, o natural jornal peninsular para portugueses.
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