A ACED presidida pelo Prof. Doutor António Pedro Dores (professor de Sociologia e destacado militante dos Direitos Humanos em Portugal) publicou recentemente elementos documentais importantes.
O primeiro, no plano dos factos, dá conta de indícios suficientes de tortura de João Cipriano e Leonor Cipriano (familiares da Joana, criança desaparecida no Algarve e cujo rapto parece objectivamente protegido pela extorsão de confissão de homicídio sob tortura, pelos mesmos polícias que pretenderam hostilizar o casal MacCann e são arguidos em processo criminal por tortura e cumplicidade com a tortura). Marcos Aragão Correia e José Preto investigaram o caso e formalizaram relatório.
O segundo reporta-se ao tratamento dado a António Pedro Dores em razão das denúncias sobre a situação prisional e vem bem trabalhado na contestação criminal assinada por José Preto. O terceiro, reporta-se ao silêncio em torno da conferência de imprensa da ACED em Lagos (Algarve), tendo sido o tema da tortura ignorado pela imprensa portuguesa (só a TVE se interessou pelas questões de princípio).
Portugal, olhado do ponto de vista da prática institucional e da mentalidade dominante, está fora do espaço europeu de civilização.
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