Shangai publicou a sua classificação das 100 universidades melhores do mundo. As norte-americanas reinam entre as primeiras cinquenta posições. Não é de estranhar, porque aparentemente a China tomou por modelo as universidades americanas e não espanta que estas lhe pareçam melhores, ou seja, mais conformes ao modelo adoptado. Outro tanto ocorre com o The Economist. Aparte o jeitinho dado à Opus e prestada sentida homenagem à Suiça, a revista americana acha melhores os MBAs americanos. Não há aqui motivo de escândalo. O Finantial Times acha as escolas Francesas muito boas e estas ocupam as posições cimeiras da sua lista. Já os franceses entendem que é importante fazer um “ranking” europeu. Com critérios europeus. Como guia para as opções estudantis. Estamos de acordo. Mas quanto à tugária o resultado será o de sempre. Não precisamos de tal “ranking” para concluir que é melhor fechar as escolas locais e mandar os miúdos para um qualquer sítio de gente normal. (Mais os professores normais que nestas escolas andam completamente bloqueados). Rememoremos os problemas. 1º - só 30% dos diplomados estão a exercer na área da sua formação (isso significando que ela foi inútil em 70% dos casos), coisa que parece dever-se à distorção que estas bestas provocaram, por décadas a fio, forçando a malta que queria ir para História a cursar Sociologia, a malta que queria ir para Medicina a ir para Enfermagem, a malta que queria ir para Biologia a ir para Línguas e Literaturas Modernas. 2º - os diplomados estão a sair por não encontrarem, nem assim, colocação possível na tugária (e isso explica-se plausivelmente pelo facto de 90% dos empresários terem habilitações até ao 9º ano e não entenderem sequer para que lhe servirão os emproados miúdos, quanto a alguns dos quais – e em boa verdade - se pode dizer que a licenciatura precedeu a alfabetização) e a indigência intelectual do país também não lhes abre quaisquer postos de trabalho porque as indústrias da cultura são aqui, todas, inviáveis. 3º- o número estatisticamente desprezível de diplomados entre os empresários e, até, entre os profissionais liberais estabelecidos com sede própria, traduz que a formação superior não habilita para a independência, nem para a livre iniciativa, mas apenas para o funcionalismo, como regra público, embora não baste sequer para sustentar uma judicatura passível de respeito mínimo (há juízes que dizem “vestoria” por vistoria, “instência” por instância, “sigilio” por sigilo e se essas coisas não fossem achadas aceitáveis eles não teriam sido sequer providos em concurso). A conclusão é a de sempre. E nada pode melhorar porque nem sequer há tempo (nem gente) para tanto. Não vale a pena desesperar. Basta desistir, i.e. empregar melhor o tempo que nos resta.
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