Treze pólos turísticos mundialmente reputados. Cinco realizadores de cinema com reputação planetária. Um grande escritor (Tchinguiz Aïtmatov, morto em 2008 ) com a honra de ser traduzido em Francês por Aragon. País das quarenta tribos, com passado nómada ainda não esquecido. Onde o chamanismo não se silenciou ainda, parecendo fundir-se com o misticismo islâmico dos sufis. País paupérrimo, restringido à agricultura, não obstante a admirável gente que nele habita e os níveis de alfabetização da população (que fariam empalidecer a bárbara tugária com as suas multidões de semi-alfabetizados e broncas prostitutas de todos os sexos e profissões). As suas gentes admiram e cultivam a maestria na arte equestre. Como admiram a melodia das palavras e cultivam a poesia. Mantêm o artesanato em níveis de qualidade artística que assombram. Este país é a Kirghizia e está a beira da guerra civil, com laivos de violência inter-étnica. A Rússia acabou de rejeitar o apelo à intervenção militar, remetendo-a para decisão do Conselho de Segurança da ONU. O governo decretou, parece, a mobilização dos soldados na reserva (mobilização parcial) declarando a situação fora de controlo. Porque não poderá viver em paz esta pobre e admirável gente?
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