A Fitch decidiu aquecer a Grã Bretanha deitando gasolina na fogueira. A BP foi desqualificada. Mas a Inglaterra também. As agências de notação financeira, como bem se vê, assumiram poderes de condenação de estados e povos inteiros. Mas também poderes de condutores. Há aqui duas soluções: ou se desacreditam as agências - designadamente responsabilizando-as pela conivência com a loucura que conduziu à crise do sub prime e às crises subsequentes - e a sede natural desse desfecho seria um tribunal, ou se regulam tais actividades de modo mais apertado. Ou ambas as coisas. Afinal de contas, as dívidas soberanas hão-de ser soberanas. Ou não? Portanto os meninos das notações ou são cautelosos, ou pagam os transtornos que causam mais caros do que podem pagar-lhes os interesses que servem. Isto parece razoável. Porque motivo são estas agências mais credíveis agora do que o foram antes? E porque não haveriam estas agências de pagar as recomendações que emitiram em favor de instituições financeiras em afundamento e que faliram pouco depois? Que raio de poderes oraculares seriam estes e que imunidades são estas? Parece ter chegado o momento de baixarmos a notação às agências de notação. Entretanto os ingleses vão suar. A dívida deles é bem maior que a espanhola. Mas já era no mês passado. E no ano passado. Só agora é que a Fitch reparou?
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