Uma rápida passagem de olhos pela imprensa italiana dos últimos dias, revela um clima de aflição diante da possibilidade da insolvência do Estado Grego, que efectivamente já faliu (politicamente falando e essa primeira falência é decisiva). Os gregos não aceitam já nem o partido do governo, nem os da oposição. Impor-se-á uma solução islandesa pela rebelião popular?... Os estados europeus devem compreender o desvio extremo em que incorreram relativamente ao projecto normativo da democracia, mesmo face aos legados institucionais de Roma, a coisa exige medidas drásticas. Na verdade o regime democrático seria aquele onde não é necessário fazer nova revolução, porque seria (e isso deveria tê-la definido) a institucionalização suficiente dos meios de protesto e derrube de qualquer iniquidade sem convulsão social e política. Se a coisa não é assim é porque o sistema cedeu às tentações dos seus oligarcas. E cedeu. Mas há sempre um momento em que importa prestar contas dessas cedências. Esse momento chegou. Chegou em circunstâncias paralelas àquelas em que caiu o regime nesse evento fundador chamado Revolução Francesa. O Estado, último garante de tudo, tinha ele próprio contado com os recursos económicos de uma ilusão. Isso custou tudo, a todos. E não estamos longe disso, nos tempos que correm. A Islândia soube remeter toda essa tralha ao lugar onde ela deve ser analisada e decidida. Fez referendo para saber se se socorriam os bancos ou não e o referendo disse que não. Gestores bancários e Governo foram remetidos a tribunal. E a Islândia iniciou uma via de recuperação económica assinalável, politicamente livre de idiotas e de parasitas. Nos outros lugares, a coisa parece diferente. Tudo indica que as coisas devem ser impostas na rua, sob agressão das forças de segurança, com mortos entre os manifestantes e com os mesmos idiotas, os mesmos partidos e as mesmas máfias a defenderem o que lhes resta do negócio, da posição, do futuro que ainda lhes parece haver. Mas o alarme retira-lhes qualquer lucidez. Investem disparatadamente em forças de segurança cujos membros e comandos se fazem imediatamente e por isso só, réus em processo criminal (porque as forças de segurança são para proteger a comunidade e não para a atacar e o abuso funcional do poder torna-se aqui claríssimo e será tanto mais grave, quanto mais acobertado fôr pelas instâncias da vida judiciária). Investem em guerras externas de natureza colonial e que não podem ganhar. São completamente palermas. E ninguém das pessoas respeitáveis - ninguém de primeira linha - aceitará doravante e facilmente comprometer-se com tais governos. E parvagal as coisas são sempre piores, são sempre mais frágeis, quebram sempre mais facilmente que nos outros lados. É importante que ninguém se comprometa com o governo Coelho, as suas pêgas, as suas ânsias, as suas inépcias e as suas máfias. E importante manter as distâncias relativamente à corja papista cujo património no território deve reverter integralmente para pagamentos indemnizatórios (sendo previsível que não vai chegar para ressarcir metade das barbaridades que tal gentalha andou a fazer e é necessário portanto congelar os fundos que o vaticano tenha no exterior e penhorar as casas que tem em Roma e em todo o lado). A corja pretensamente maçónica deve ser trazida a tribunal do júri popular e aí responder por tudo quanto andou fazendo (e não foi pouco). O estatuto da função pública deve proibir, no futuro, o secretismo de qualquer filiação partidária, confessional ou associativa que não podem deixar de ser declaradas e registadas (que é para se ter uma noção das intrusões possíveis e das incompatibilidades de interesses plausíveis). Talvez não seja necessário proíbir (com exclusão das organizações que venham a ser declaradas criminosas, como é o pausível caso da ICAR e das "Grandes Lojas" à repugnante moda do repugnante lugar) mas é seguramente necessário saber. Não há solução da crise económica, sem a solução política da crise moral. E esta solução política - falhada clamorosamente a resposta instuitucional- deve ser insurreccional. Em todo o lado. E também em parvagal. A cujo território - caso se entenda que deve continuar a existir- deve mudar-se a asquerosa bandeira, o horrendo hino de meio fado e tudo o mais que lembre esta gentalha (talvez se possam até proibir apelidos como "Dias Loureiro", "Teixeira da Cruz" entre outros que igualmente sejam causa de repugnância do comum dos cidadãos). Mas só a Revolução salvará a Europa do Sul.
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