Parvagal preferiu um desgraçado de classe média baixa urbana a um chico esperto de classe alta rural: José Sócrates Pinto de Sousa vai à vida (e parece que a tem). O programa de governo está feito. E é externo. O desgraçado Coelho apresenta-se à posição de feitor. E como todos os desgraçados de classe baixa exercerá as funções com brutalidade que é quanto entende da "aut'ridade". A "direita" que os cerca traz a revanche já expressa nas intervenções de Pires de Lima filho e da enjeitada Paula Teixeira da Cruz. Da Opus à Grande Loja sobram as razões de aumento da promiscuidade, seja no Estado, seja nas corporações profissionais. É interessante que a revanche é sobretudo pessoal. Não perdoam ao Pinto de Sousa a suficiência. A "boa figura". A fluência. (São alérgicos à fluência, porque para eles a fluência traduz o estatuto na estratificação social e a fluência é "deles", para eles e "ilegítima" noutros, senão perigosa) Será um periodo de chumbo. Mas talvez não chegue a anos. Periodo comandado pelo "cabrão de boliqueime" (como bem o designa o blog das mães de bragança). Periodo de infestação dos aparelhos pela corja papista, pela gente oligofrénica das imundas faculdades de direito locais. E, em síntese, não poderiam ser piores as coisas. É de antever o regresso a taxas de mortalidade infantil espantosas. E uma regressão significativa na esperança de vida, porque a direita nunca perdoou o sistema nacional de saúde que olha como um esbulho de oportunidades de negócio seu. Querem que os caminhos de ferro tenham lucros, como todos os transportes públicos e portanto a malta vai passar a andar a pé. Nada deixará de ser pior do que se imagina. E isso não é tão mau como parece. Porque isso empurrará uma terra de poltrões, de castrados, de paneleirice endémica, de indigência intelectual, de papismo (do mais imundo papismo) empurrará esta terra de gente abaixo de qualquer qualificação possível à necessidade imperiosa da revolta. Isso não é mau. É até relativamente interessante. Houve mais de quarenta por cento de abstenção. Essa abstenção parece corresponder a uma radicalização à esquerda, da esquerda que abandonou o Bloco e o PS. O número total da abstenção corresponde à margem de pessoas que aceitam a inclusão das regiões do território sob a tutela directa da coroa espanhola. Isso também não é mau. Aliás já vai ter-se um primeiro ministro que não fala exactamente português.
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