Victator vem reerguendo o estado nacional-católico que a tugária preservou, embora associando-lhe uma direcção de estranhos maçons. Na tugária, cento e oitenta deputados são comandados por uma criatura da Grande Loja Legal e um homem do Grande Oriente Lusitano. E os organismos "independentes" como a "Ordem dos advogados", bem como órgãos de soberania como o Tribunal Constitucional, os tribunais administrativos e o Tribunal de Contas não estão em situação muito diversa. A Opus pode negociar com uns e outros e, por aí, tentar uns e outros, como a própria igreja dos pederastas que a uns e outros pode cantar a velha cantilena do "só nós dois é que sabemos". Realmente, o que eles sabem uns dos outros prenuncia um fim horrível de uns e outros. Isto é a tugária. Mas Victator é um magyar. Nada de paneleirices, portanto. E está com os nervos em franja. O país foi presa dos pornógrafos até agora. Duzentas e cinquenta mil mulheres de Budapeste trabalharam ou trabalham na indústria da pornografia (este número deve ultrapassar o da população feminina jovem da cidade). -"Ora porra", terá ele dito em Húngaro. Foi-se à constituição e desfez aquilo. E rebentou com o Tribunal de Contas. Os contabilistas não devem pronunciar-se "além da sandália". Mais com o Banco Central. Demitiu o presidente do Supremo Tribunal. Uma razia. O audiovisiual está sob o controlo directo dele. E os jornais e revistas interessam-no tanto como a pornografia de que se alimentam. Isto ou vai ou racha. E parece que racha. Claro. O problema são os quinze mil milhões de euros de que aquilo precisa com urgência e que a Comissão Europeia talvez dê, se as coisas regressarem a uma ordem possível. Victator, porém, não pára. Empresas estrangeiras?... terras que as pariram. Vão mamar para outro lado. Aquilo, tudo ponderado, não são reformas. É o chorrilho de palavrões de um tipo de cabeça perdida (a justo título). Mas com os bolsos furados. E agora?... Ninguém sabe o que dizer, ao certo. Mas Victator não desarma. E a nova constituição consagra que a Hungria está sob a benção de Deus (embora ninguém o note). A igreja da pederastia é chamada a fazer eco da exaltação patriótica nos altares. Má aposta, também. Victator errou todas as referências. Perdeu o Norte. E o Oriente. E se é certo que "quem tem boca vai a Moscovo" (como diz um velho ditado tuga), parece que quem lhe poderia indicar o caminho não fala Húngaro. Pobre Hungria. A barraca mais alegre do campo soviético não gostou (compreensivelmente) do destino de bordel do eixo-atlãntico. Dar-lhe-ão os quinze mil milhões de euros para que a Itália não se...? - Nem isso se sabe. Mas a Hungria quer recuar (e muito). É perseguida por todos os demónios de todas as vidas recentes que lhe deram. Mas recuando tanto, vai atingir infernos já esquecidos. Mas que nem por isso deixam de lá estar. É impossivel não simpatizar com Victator. Mas nada do que Victator quer, ou faz, vale um tostão furado. Os estandartes com o A E I O U estão nos museus dos infernos passados. A Hungria está condenada à ruína. E à liberdade. Só a inteligência poderia salvá-la. Mas esse não é o ponto forte de Victator. (Dos tugas, também não).
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