Thursday, December 31, 2009

Que coisas virão?

O governo tem um grave problema com a recuperação que não vem. (E não virá, a nossos modestos olhos). Nem se imagina com que cara anunciarão tais desgraçados que não há dinheiro para manter os cuidados de saúde universais e tendencialmente gratuitos. Mesmo os usurários da medicina privada estarão perdidos, porque, bem entendido, quem tiver dinheiro (ou seguros de cobertura suficiente) vai procurar melhores centros médicos e estes usurários vão redescobrir as delicias da sobrevivência pela medicina solidária, sendo certo que ninguém os acolherá noutras terras (com a excepção das de África e mesmo assim sem garantias). Vai ser interessante. Mas não obstante os sobressaltos antevisíveis e as mortes que se registarão entre os mais velhos como na primeira infância, não obstante isso, o tuga médio já tem o seu treino para a desgraça. Os camponeses experimentaram isso primeiro. Quando as agruras do mercado lhe apontavam a ruína certa, o camponês viu com serenidade o país a arder, seguro das maiores vantagens de tais incêndios face às exigências infernais do comércio onde a sua miséria se projectava. A terra queimada salvou alguns. E assim vai ser com a desgraça iminente. Só essa desgraça salvará alguém, porque a "estabilidade" a permitir (por exemplo) a canibalização "fiscal" do país pela corrupta burocracia de estado, liquidando, às dezenas, operadores económicos para varrer áreas de actividade inteiras em favor de alguns outros, essa estabilidade e essa ordem representam o colapso evidente. Celebremos pois a desgraça que vem. O estado que morre. Celebremos a desesperança desses ratinhos da beira de que tais burocracias são feitas. Nem duvidemos que no alarme de tais ratos é a verdade que se manifesta. Portugal, estado exíguo?... Nem isso restará, possivelmente. A vida social e económica seguirá talvez o que antes foram os movimentos militares nos conflitos ibéricos. A Extremadura quer a costa alentejana e entrará de algum modo e com amplitude por determinar. O Algarve (post ruína) pode funcionar como adjacência da Andalucía balnear. Minhotos e Transmontanos entrarão Galicia dentro e talvez sigam mais além até León, Astúrias e País Basco na procura humilde de sustento no trabalho ocasional. Os beirões procurarão acolhimento em Castela. Presas ao litoral, as populações de Lisboa e Setúbal encontrarão na gestão dos portos e caminhos de ferro por mãos capazes (porventura orientais) alguma possibilidade de sustento (se Huelva e Vigo deixarem ainda alguma oportunidade de negócio portuário e nem isso é seguro). Caso contrário,talvez se transformem em região de crise social permanente e isso sempre gerará empregos na segurança, se alguém quiser pagá-la, ou fará de tais populações o abastecimento dos bordeis da Europa (sendo certo que nem isso estará isento de concorrência). Alguns de entre os que foram acumulando notas acerca do processo de desagregação, por não poderem publicá-las aqui, farão fortuna na indústria das ideias da Eurásia e Américas. Outros, farão fortuna perseguindo, mundo fora, os cães locais do papismo pedoclasta. Isto, além do que a convulsão gerará no plano mais imediato. E pode ser muito violento, muito criativo, ou ambas as coisas. Os herdeiros das fortunas erguidas na corrupção - há outras?... pouco importa, não há justiça a esperar da revanche - podem ser assassinados em motins populares, por exemplo, e isso libertaria recursos financeiros apreciáveis (o estado é o herdeiro dos que não têm herdeiros e tais verbas poderiam, ao menos em parte, ser entregues à potência administrante do território, porque isto só serena com intervenção externa e nem isso é inédito)... O assassinato selectivo, a coberto dos motins do desespero, pode perfeitamente tornar-se matéria de "razão de estado" em lógica (inaceitável mas aparentemente eficaz) de movimentos "contra-gangs", capazes de assumirem como objectivo a anulação de todas as vantagens da corrupção. A espiral de violência tem sempre momentos completamente fora de controlo. Tanto quanto parece, nos estados de espírito colectivos, como nos individuais, é o cansaço que vence a crise. Haverá ira (tanto mais violenta quanto menos dirigida for) até que o cansaço chegue. Há muitas coisas que a convulsão pode trazer. E muitas coisas que fará seguramente desaparecer. Nem há modo de evitar isto. Está tudo perdido num estado que prostitui órfãos (é isso que oferece a quem se proponha morrer pelo "interesse colectivo"? a prostituição dos filhos que lhe sobrevivam?)... Está tudo perdido num estado onde os advogados são controlados por sopeirame eleito com subsídios das máfias (haja em vista o Rogério Alves que não apresentou, nem pode apresentar, parece, as contas da campanha para a Ordem dos Advogados). Está tudo perdido num estado onde o sindicato dos juízes tem direcção eleita com campanha paga por qualquer gang. Está tudo pedido num estado cujas forças armadas não têm atiradores (nem equipamento, nem homens). Está tudo perdido num estado onde, desde os banqueiros aos polícias, só há gangsters. Parece portanto que o dinheiro dos gangsters vai desaparecer tão depressa como apareceu. A qualquer momento. De qualquer modo. Não pode ser de outra forma. Estas coisas nunca acabaram senão assim. Porque, justamente, o Direito é condição de paz. E o abandono do Direito - i.e. de qualquer correspondência entre a lei e a sensibilidade comum no que à disciplina da existência comum diz respeito - esse abandono traz a morte. E ela aí está.

Tuesday, December 29, 2009

TEMPOS DE ADVENTO

Meridianamente o debate eternizado do tuga-médio opõe semi-ideias. A um lado a pretensa tese em cujos termos o passado foi óptimo, o presente nada tem que se lhe compare e se assim continuam as coisas o futuro não é dizível. É o Ramalho e mais os que lhe sucedem. Depois vêm os outros dizendo que o presente asqueroso é uma dejecção do passado e este não pode ter sido melhor do que aquilo que fez. É vagamente o Eça, apesar de nunca se ter abalançado a tanta clareza. (O Batalhão Sagrado é em todo o caso um belo texto e muito elucidativo). O futuro seria a única coisa com a qual contar, a estes olhos. E vem a história do modelo. Um futuro como o presente europeu. Um futuro como o passado da gloriosa navegação (simples movimento de fuga massiva, perfeitamente justificada e inteligentemente aproveitada pela coroa, à custa de coisas que pareciam pouco ou nada estimáveis com razão plausível). Falta a única corrente razoável. Ao mais rápido olhar, o passado foi coisa asquerosa com alguma gente notável. O presente é repulsivo, mas nem aqui faltam, na percentagem de sempre, homens e mulheres de fibra, gente normal, propriamente dita. Em boa medida impotente, como sempre. O que sempre ocorreu por um motivo ou por outro. O príncipe brilhante que nunca chegou a reinar, como nota Eduardo Lourenço. Mas também há a ordem na guerrilha. E a besta radical transmutada em conservador feroz, como o execrando Cabral. Ou o abominando Barroso. Ou o diabo por ele. (É por isso inútil discutir se é cherne ou amiba). Felizmente não há futuro. O futuro não existe. Eis um grande conforto. E o mais que pode acontecer é já não haver tempo para fazer grande coisa. É exactamente disso que precisamos. Há um sopro de liberdade na consumação das desgraças. Por algum estranho motivo, quando tudo estoira ninguém estoira por isso. Estamos fartos. Venha o estoiro. Não há outra forma de nos ser devolvido o significado das coisas. Programas ao esgoto. Modelos ao diabo. Caricaturas ao lixo. Barroso para Teerão. A Leite para Caracas. Portas para Guantanamo. Louçã para o Cabo. Cavaco para a Califórnia. Jusflausinas para os bordeis da Amazónia. Aí aprenderiam todos o significado de discutir. Ah, sim… E Nulicarpo à fogueira que traz na ialma. Nada para julgar. Tudo para eliminar. Por uma vez, nada de complicações. É outra das belezas da desgraça consumada. Tudo é simples. Ao menos por um instante. A que coisas aspirará o Ramalho de então? Que diagnósticos fará o Eça?... Dir-nos-ão, pela certa, que os camelos podem viver sem deserto. E os homens-sapo podem viver sem água estagnada. Podem viver em quase todas as condições. Já nas condições a que chamam suas, ou não se pode viver sem eles, ou não se consegue viver ali. Melhor ordem haverá na desgraça, seguramente.

Friday, December 18, 2009

QUE FAZER?

Que podemos nós fazer diante tão sinistro carnaval? Quatro coisas: viver de acordo com as convicções próprias, defender o direito de viver assim, preservar a liberdade de juízo e palavra (própria e alheia) e pedir a Deus a bravura onde a firmeza se sustenta. Nada complicado, como se vê.

Thursday, December 17, 2009

"Homosexuais", Casamento e Adopção

Foi aprovado o casamento “homossexual” na tugária. Em bom rigor, porém, só há uma “homo-sexualidade”: a do onanismo. Porque "o mesmo" é "o próprio". E não pode ser outro. Era bom que se procurasse outra designação. "Homosexual" é palavra com uma história carregada demais. Mas fazer da sodomia, do felatio e formas de masturbação recíproca o objecto específico de contrato matrimonial entre homens, (ou do cunnilingus e outras formas de masturbação o objecto de contrato matrimonial entre mulheres) traduz novidade. Os papistas deploram-na, é certo. Talvez por estragar parte importante do interesse de tais práticas nas suas coordenadas de existência: a ilicitude e a clandestinidade. Era um aspecto marcante da excitação nervosa que a coisa provocava, sobretudo no clero, segundo tudo indica. A sodomia pode, não obstante e ainda, integrar o objecto de queixa-crime por maus-tratos, ou violência doméstica, mas só no caso do chamado casamento “heterosexual”… Outro problema dos “heterosexuais” é que agora, quando disserem que são casados vão querer que conste uma qualquer especificação. Caso contrário, passam a ser suspeitos de terem em cima uma criatura do mesmo sexo. É um pouco como os licenciados em engenharia. Eles agora dizem “pelo ISEL”, ou pelo “IST”. Se assim não for, sentem-se suspeitos de compra do grau num Domingo e depois dos quarenta anos. Em vez do estado civil, o “heterosexual” vai querer dizer “casado com” a qualquer perpétua com quem haja casado. E, porventura, até, “divorciado da” megera que não podia aturar mais, pelo menos até o confrontarem com isto. E ninguém aceitará tais explicações. Vai ter que dar-se uma mexida na regulamentação da identificação obrigatória, se não mesmo no Código do Registo Civil. Outra coisa: o contencioso de divórcio entre “homossexuais” vai introduzir alguma animação nos Tribunais de Família. Estão a imaginar a bichona doida queixando-se em audiência pública pela quebra do “débito conjugal”? (“Débito conjugal” é uma expressão sórdida do sórdido canonismo papista e traduz “o dever” de submissão à solicitação imperativa de relações sexuais pelo outro cônjuge). Isso vai ser uma novidade de monta, sim. Outro aspecto da lei é que eles consentem este casamento. Mas a adopção não. Com isto, o Estado preserva sobretudo a possibilidade da indução protegida à sodomização violenta de menores nos seus asilos (enfim, nunca excluindo o Colégio Militar desde que se parece com a Casa Pia, nem os asilos e internatos da padralhada). Nisto não pode ver-se um progresso. Nem uma involução. O problema parece ser este: no caso dos homossexuais passarem a adoptar crianças, ainda se arriscava a rede de clientes da Casa Pia a ficar sem órfãos para o circuito de prostituição infantil. E deve ser apenas este o problema, porque ninguém pensou ainda em fazer da “homossexualidade” uma razão da inibição do poder paternal com específica referência legal. Ora nesta rede constam os nomes de quinhentas pessoas “com relevância política e financeira no território”, segundo o correspondente relatório da CIA. E estas pessoas (sem conceder) não podem ficar sem as suas ocupações preferidas em período de ócio. Já nós nos inclinamos para a solução oposta. Nenhuma possibilidade de celebrar “casamento civil” nos parece aceitável. O casamento é coisa das comunidades religiosas, eventualmente registável pelo Estado, mas o funcionário público não tem nada a celebrar nestes quadrantes e nessa qualidade. Quanto à adopção, o mais natural seria que não houvesse tais adopções. Ninguém tem o direito de apagar a identidade de outro substituindo-lhe, ou ocultando-lhe, a paternidade e a maternidade. Nem isso é necessário para ajudar uma criança. Não há nada mais fácil que amar. Nem há nada mais incondicional que o amor. Pode-se portanto amar, educar e proteger uma criança e faze-la crescer, sem a mentira (cruel) da ocultação das referências da sua identidade própria. Até se poderia (tanto quanto vemos) autorizar o uso dos apelidos do protector se isso fosse útil à inserção social da criança. E inibir, quando fosse caso, qualquer contacto dos pais biológicos até à maioridade. Mas destruir e ocultar as referências identitárias de qualquer garoto é impensável. Com este sentido, portanto, nenhuma adopção. Uma adopção como a que vem sendo praticada é a viabilização pelo Estado de um teatro malsão. Qualquer mulher tornada estéril - por abortos excessivos e excessivamente mal feitos, por exemplo - pode ser “mãe” à custa deste teatro, pelo qual quer apenas ser “igual às outras”. Qualquer homem estéril - por uma infecção venérea mal tratada, sempre por exemplo - poderia ser pai “igual aos outros”, graças à instrumentalização de uma criança. Sem moralizar, deploramos que haja gente em tais situações. Mas a vida e a dignidade humana não podem, porém, servir tais propósitos. Essa não pode ser a solução de nenhum dos problemas em presença. Quanto à entrega de uma criança de asilo à protecção de um “homossexual”, diremos apenas que nada há pior que um asilo tuga. Diante do destino de uma criança de asilo na tugária, não pode haver pruridos destes. Carecem completamente de sentido útil. E como estas bestas usam chamar "pragmatismo" à alarvidade própria, podiam ao menos tentar ser genuinamente pragmáticos por uma vez. Ainda que fosse uma vez sem exemplo.

Tuesday, December 15, 2009

"Jovem democracia"

Na sequência da posição da Fair Trials International e da intervenção do Governo do Reino Unido junto do Magalhães da (nunca concedendo) justiça tuga, a BBC fez um trabalho sobre o déficit da liberdade de expressão em Portugal. "Jovem democracia" nem sequer pidesca, governada pelas liberdades concebidas pelos filhos de meretrizes papistas e dos seus eunucos proxenetas (nunca discriminando os nascidos dos porteiros desses bordeis). A tugária é, portanto, governada entre silêncios, gritos e gemidos, que no faduncho se expressam em inesgotada licença que à rasquice aqui sempre se concede. Ora, nos diálogos do trabalho da BBC, não se sabe já que homúnculo entrevistado vem dizer que certamente na Europa haverá países com "especificidades parecidas com as da jovem democracia portuguesa". -" não", respondeu o entrevistador. -"Se houvesse, não se justificaria esta reportagem". Os homúncula acham-se "normais". É bem certo serem raros os doentes mentais com consciência do seu estado clínico. Os homúncula acham-se, portanto, uma "jovem democracia" com "especificidades", onde certamente incluem a viciação da tradução oficial da Convenção Europeia dos Direitos do Homem (atrevimento para o qual não há seguramente paralelo em nenhum país da Europa). Depois há um outro problema, grave problema, um crime em boa verdade... É que os homúncula tratam como crime qualquer emissão de juízos morais em qualquer protesto, qualquer lamento, qualquer reivindicação. Dizem as minutas acusatórias a uso, nessas circunstâncias e independentemente da verdade dos factos compreendidos pelo juízo, que "o arguido julga", ou "emitiu juízos" e, por consequência - não é assim imundos homúncula? - "livre e conscientemente, ofendeu o assistente, sabendo que essa conduta é proibida por lei". E com tão triste minuta os imundos homúncula acusadores, pedem aos imundos homúncula judicantes que apliquem a pena, em minuta pronta, apta a vingar o "ofendido", certo, mas cuja medida serve também os propósitos da "prevenção geral" (dizem os "penalistas" à moda do lugar). Ou seja, servem para que ninguém se atreva a julgar moralmente alguma coisa. Isto é servem para que ninguém se atreva a ter opinião. Ou pelo menos a enunciá-la. Não é assim criaturas execrandas? Estamos a ver mal, pedaços de merda? Nada vos assusta ou repugna tanto - não é?- como a evidenciada capacidade de alguém para formular uma frase inteira. Eis quanto vos dizemos, serventuários execrandos: rastejem e façam-no com afinco. Tratem de obedecer a quem manda. E nunca vos julgueis. Um só crime de emissão de juízos existe na terra que tornais imunda: a aquela onde se afirma a vossa normalidade. "Jovem democracia"? "Portuguesa"? "Especificidades"?... Ora, ora. O pagamento aos lesados poderia fazer-vos mudar rapidamente de opinião, não era? Tratemos então disso. E tratemos de fazer com que vos saia dos bolsos, por sentença de tribunal de qualquer país da Europa que é para termos a certeza que aqui ficais agarradinhos à merda, como sempre, mas sem a possibilidade de ir para mais lado nenhum sem um mandato de captura e uma penhora à espera.

Monday, December 14, 2009

Tudo se explica

Enquanto o Chefe do Estado Italiano apela ao controlo do desespero na luta política, ficámos sabendo que o instrumento da agressão a il cavalieri foi uma réplica em metal do Duomo di Milano. Os dois pináculos em miniatura terão tratado dos dentes do Chefe do Governo e os contrafortes do nariz. Deve ter sido assim. Estes lombardos... Estamos cada vez mais surpreendidos com a réplica do Duomo di Milano classificada como arma do terrorismo. Havemos de pensar nisso, fortes desta novíssima classificação, quando reponderarmos o papel histórico do cardeal Montini.

Il cavalieri e a loucura

Um homem com antecedentes psiquiátricos partiu o nariz e dois dentes d' il cavalieri usando uma estatueta. Houve, parece, uma preocupação de estilo na escolha do instrumento. Nem assim o juiz de instrução deixou de dar ordem de prisão ao homem. Acusam-no de terrorismo, porque, evidentemente, já nada significa coisa nenhuma. Nem os antecedentes psiquiátricos, nem os dentes (ou o nariz) d'il cavalieri, nem a acusação criminal, nem o juiz de instrução. Isto de a nada restar qualquer significado útil, não é uma loucura?

Sunday, December 13, 2009

CUMPLICIDADE E PRÉMIO

A tugária renova a aliança com o sórdido papismo fazendo incidir os holofotes em Manuel Clemente, único membro local daquela coisa cuja fisionomia parece a de um homem normal. Não obstante a aparente normalidade fisionómica, a criatura advoga, sem quebras, em prol das barbaridades decretadas, defendidas ou silenciadas pela colina vaticana. Prémio Pessoa. Imagine-se. Com dinheiro público misturado (o da Caixa Geral de Depósitos). A tugária é dos poucos lugares onde ainda não foi possível discutir a pedoclastia papista. Uma feroz organização judiciária (usando pressupostos contra direito) vela pela punição (criminosa) de qualquer protesto. As publicações clandestinas regressam ao território, como único modo de crítica política ou de militância em favor do direito. Todavia, tais crimes são imprescritíveis e insusceptíveis de amnistia. Politicamente, o sistema vem em socorro da mitificação papista. São bons amigos. E em largas margens têm os mesmos gostos e as mesmas práticas. Mas a nossos olhos as organizações em tais fenómenos implicadas devem ser declaradas criminosas, corrido o devido processo. Eles manterão as suas posições. E nós as nossas. Quanto ao humanismo alegado, não ouvimos uma palavra a Manuel Clemente sobre a sodomização forçada (e protegida pelo seu silêncio) de incontadas crianças neste território, nem quanto à exploração do trabalho infantil, de sol a sol, nos asilos da padralhada (da tugária, sim), acrescida pela privação da escolaridade. (É exactamente verdadeiro, infelizmente). Humanismo, dizem eles. Registado, dizemos nós. Um conselho: nunca nos peçam indulgência. Nem o perdão em matérias onde nos falta a legitimidade para perdoar. Diz o júri do prémio Pessoa que o hierarca papista é um bom contador de histórias. Numa terra sem escritores com menos de setenta anos, percebe-se a confusão que isso gera.

Friday, December 11, 2009

Significados e destinação

Um estado dominado por bandidos persegue o Direito como crime e faz do crime lei sua. Que significado podem aqui ter designações como "estrutura judiciária", "imprensa", "administração pública" e- mais interessante, ainda - "respeito devido às instituições", ou mesmo - esta então torna-se hilariante - "presunção de legalidade dos actos da administração"?... Que significado tem isto? Não devemos tratar como crime indelével tais expressões? Não devemos cortar os textículos onde tais coisas se mostrem e em termos tais que nunca mais sejam repetidas? E os minuteiros que papagueiam tais minutas, deverão ser remetidos ao asilo? ou à prisão?

Tuesday, December 8, 2009

Dia de não sei quê, feriado papista do Estado laico

Ó frustre tugária, que repugnante és. Que unânimes as aversões que suscitas. Tu que em tudo falhaste na tua nociva existência, acerta ao menos na oportunidade do teu fim.

Monday, December 7, 2009

OS ANTROPOCLASTAS

Para se ter uma noção de como os jovenzinhos são educados em quadrante papista e de como são delicadas as coisas que a padralhada lhes meteu recto acima, desde a mais tenra infância. Coisas que lá permanecem. Evidentemente. Serve também para se ter uma noção da verdade verdadinha quanto às disposições de alma. E àquilo a que acham graça. Ainda bem que falam.

FIM DE SEMANA

O fim de semana prolongado vai correndo. Chega a boa notícia da reeleição de Evo Morales. E subsistem as más notícias dos impasses eleitorais na Roménia e na Moldávia. As duas coisas juntas resultam sugestivas. A primeira vez que o impasse eleitoral foi usado para a a tomada (fraudulenta) do poder foi com a eleição de Bush. O êxito fez com que a CIA (e os que a CIA formou) passassem a usar mais esta técnica, associando-a até a outras que já tinham resultado e já tinham falhado. A espiral resultou no Chile de Allende. As "revoluções" rosa e laranja resultaram na Geórgia e na Ucrânia mas a técnica falhou no Quirguizistão e até falhou a combinação de ambas na Venezuela. Na Bolívia, tais técnicas também não foram longe (q.e.d.) e felizmente. O impasse eleitoral veio então usado como "ignição" da revolução verde, no Irão. E falhou, também. Como infelizmente estas técnicas se "democratizam", as periferias das gentes da CIA vão usá-las em "autogestão". Isto demonstra que em matéria de princípios não se deve fazer transigências. Porque os truques eternizam-se e até passa a haver uma geração formada em truques que como todas as gerações terá uns quarenta anos de vida activa (no caso, nociva). É como o Ben Gurion dizia (embora o não tenha feito): a opção moral é sempre a mais inteligente. Por falar em moral e em truques, o fim de semana não deve fazer-nos esquecer a importante revelação de Amadeu Lima de Carvalho em cujos termos um gang - o da "maçonaria" da independente - ousou querer e logrou pagar as campanhas eleitorais das listas de Rogério Alves para a Ordem dos Advogados e, tão importante como isso, a lista da Direcção (eleita) da Associação Sindical de Juízes. Por acaso, esta associação sindical de juízes é hoje presidida pelo adjunto do Fernando Negrão na Polícia Judiciária. Os juízes estariam portanto "defendidos" por esta independência e os advogados que lutam pelo Direito estariam a ser controlados por gente a soldo da máfia. Perceba-se agora o significado do que Garcia Pereira notava já há três anos: a "ordem dos advogados" persegue os advogados mais corajosos (Marinho Pinto não apresentou listas para aqueles órgãos e eles são, portanto, a mesma gente). Percebe-se também o que diz a Fair Trial International: não há (na imunda tugária) regulação efectiva das profissões forenses. Antes de se contar com um advogado para resolver seja o que for, convém ver a que pressões ele pode ser sujeito (são inesperadas, como se vê) e antes de se contar com a judicatura para resolver as questões da corrupção (desde a venda de órfãos para exploração sexual, até à venda não registada de sucatas das empresas públicas) convém não esquecer este detalhe trazido pelas declarações de Lima de Carvalho. Já agora, convém não esquecer que Margarida Blasco foi quem libertou Rui Verde (do gang da Independente) e não queria libertar Lima de Carvalho. Margarida Blasco também foi quem "ilibou" Fernando Negrão que havia prevenido os da Moderna da busca judicial que ia ter lugar. (Também foi directora do Serviço de Informações nomeada pelo PSD partido de Fernando Negrão depois do escândalo). Por acaso é casada com criatura da grande loja, ou seja da casa do sino, quer dizer da P2 à portuguesa (q.e.d.). Isto não pode ser esquecido. Porque tem de ser resolvido. Talvez à grega. Se não for este ano será para o próximo. Mas esta gentalha não pode safar-se e não vai safar-se.

Sunday, December 6, 2009

ALEXIS GRIGOROPOULOS

O 16º aniversário de Alexis Grigoropoulos, assassinado há um ano pelas bestas da polícia, está a ser celebrado com nova insurreição estudantil em Atenas. Deus guarde os inssurectos. Possam todas as alarvidades destas ( e as parecidas) ter uma resposta assim.

DUBAI: MORAL E CRISE

Os financeiros muçulmanos guiam-se por parâmetros morais próprios: a recusa da legitimidade do juro e a aceitação do lucro moralmente legítimo. Temos hesitações quanto à legitimidade do lucro assente na exploração de mão de obra quase escrava, (sobretudo - e para cúmulo - composta por irmãos de fé) excluída de qualquer participação nos frutos do trabalho feito e, até, expulsa do território sempre que perde utilidade. Mas, enfim, todos os homens (e todos os poderes) têm dificuldade em acomodar a prática decisória ao projecto moral que os guia e ao qual querem manter-se fiéis. E assim será, também aqui. Esta posição moral dos financeiros muçulmanos parece aliás te-los afastado dos piores cenários de crise. Mas, não obstante, o Dubai corre risco iminente de falência. O Abu Dhabi atravessou-se, por razões políticas - e também morais - e isso bastará para travar o descalabro estritamente financeiro. As últimas informações dão conta de uma estabilização. Resta o preço político. O Dubai será comandado doravante a partir do Abu Dhabi. Resta ver o que os novos contextos reservam ao emir e à sua família e bem assim como serão tratadas pela nova direcção política as liberdades atingidas no Dubai, a começar pelas liberdades concedidas às mulheres. Mas talvez não aconteça nada. Talvez os juristas do emir consigam impor a distinção entre o emirato e as empresas do emirato. Isso resolveria algumas coisas. Resta ver se basta à viabilidade política. Talvez sim, mas só vendo. Entretanto, mesmo em frente, os iranianos acabam de receber mais uma pressão relativa ao seu projecto nuclear e, a noroeste da península arábica, ouviu-se já a voz de Bashar al Assad, trazendo a solidariedade da Síria ao Irão, onde Rafsanjani apelou à unidade em torno do programa nuclear. A idiotia americana continua a significar uma ameaça objectiva do abrasamento da inteira região. Os demais povos deviam exigir aos candidatos às funções governativas dos USA um seguro contra a imbecilidade.

Roménia: as coisas complicam-se

Geoana e Basescu estão a proclamar vitória e isso significa simplesmente (e no mínimo) a impugnação dos resultados eleitorais. As eleições transformar-se-ão, por consequência, num período de vazio de direcção política do Estado. (Era mesmo o que faltava). Quando a impaciência se junta à decepção, tende a emergir (não é assim?) a exasperação. Temos dois elementos assentes: a Igreja e as FF.AA são (por esta ordem) as instituições mais prestigiadas na Roménia. E com isso podem fazer-se - com relativa certeza - muitas coisas. Entretanto, as declarações dos dois candidatos que enunciam a reivindicação contraditória, estão a deixar os ânimos num ponto de exaltação preocupante. Talvez ainda voltem o juízo e a calma. Vamos continuar a olhar. Bem entendido, ao lado, na República da Moldova, as eleições estão em impasse com efeitos próximos. E essa infeliz República está em posição bem mais frágil.

Presidenciais Romenas

De acordo com os resultados provisórios, o presidente Basescu teria sido vencido pelo antigo ministro dos negócios estrangeiros do presidente Iliescu. Interessante. Mas vamos esperar. A Roménia foi deixada numa situação impossível pelo "capitalismo de casino" e a decepção política da população - compreendendo a que regressou da migração e perdeu quanto pelo seu trabalho no exterior havia ganho - tem certamente um preço que não pode ser visto imediatamente. Oito por cento de quebra do pib, é uma catástrofe num país que mantinha o crescimento de nove por cento. Estas presidenciais são uma verificação dos efeitos políticos da decepção política e económica e podem ser um modelo de estudo abarcando os demais países da Europa Oriental. Felizmente a corja da "opus tugae" (BCP) foi excluída da Banca Comerciala Romana (na sequência de um escândalo de corrupção, claro). Se assim não tivesse sido, as coisas estariam pela certa muito piores.

Saturday, December 5, 2009

P2: SOMBRAS E EFICÁCIAS

O pitoresco Berlusconi está em choque. Uma manifestação espontânea de 350 000 pessoas – sem organização partidária – exige-lhe a demissão. Não está mal. Isso é, evidentemente, importante. Mas não pode ser decisivo, institucionalmente falando. Berlusconi mantém ainda, segundo parece, popularidade (desgastada, é certo) mas suficiente para resistir nas urnas. Levar umas pegas adultas para casa e fazer eleger umas outras, não é suficiente para eliminar o agrado popular diante de algumas medidas sensatas, designadamente do ponto de vista fiscal. O que deixa o pitoresco Berlusconi em choque é o regresso ao passado. Spatuzza fez, também agora, tremer a Itália com as referências ao final dos anos oitenta e ao papel do primeiro-ministro. Questionado pela defesa, que lhe perguntou porque decidiu falar tão tarde, respondeu alguma coisa que, infelizmente, parece perfeitamente razoável Este regresso às mais negras eras da P2 é que faz tremer.:I timori di parlare del presidente del Consiglio Berlusconi erano e sono tanti. Quando cominciano i primi colloqui c’era come primo ministro Berlusconi”. Este regresso às mais negras eras da P2 é que faz tremer. Belusconi considerou isto um disparate. E enquanto esperamos o que diz a Itália, diremos ao peculiar Berlusconi o que dissemos ao ordinaríssimo Alves (destas P2 à moda da tugária). Não basta a negativa genérica. Porque, justamente, a comunidade não julga nem decide, em política, com fundamento no Direito Penal ou na disciplina do correspondente processo. A comunidade não tem outro instrumento de decisão que não seja a ponderação do estado da sua relação de confiança à luz das valorações morais que são consensuais. O processo penal não pode operar uma desmoralização da política, sob pena de um sobressalto político pôr em causa a disciplina do processo penal. Manter as correctas referências de debate, na Itália ou em Portugal, é – definitivamente - matéria de interesse e ordem pública (como se diz em Direito, justamente). A corrupção tem portanto dois planos de debate. Necessariamente. E dois planos de decisão. Que não se chocam nem se atropelam. Fernado Negrão, por exemplo, pode ter sido absolvido criminalmente (pela mulher de um confrade da Grande Loja, magistrada que o Barroso levou à Direcção do serviço de informações) e o fundamento disso pode ser, perfeitamente, a nulidade daquela prova em processo penal. Infelizmente, porém, estava demonstrado que o Director-Geral da PJ avisou por telefone o gang da "moderna" (1ª linha da "independente") que uma busca ia realizar-se. E com isso salvou não se sabe bem quem, nem o quê. É um insulto à comunidade que o tenham recompensado com uma pasta ministerial. E é deplorável que o conselho superior da magistratura não o tenha irradiado. Há coisas que não podem acontecer. E mesmo que o juiz penal não possa conhecer isso (e não pode), o facto é que, isso publicamente conhecido, fora do processo penal, não pode deixar de se concluir pela inidoneidade da criatura, por razões evidentes - e publicamente reconhecidas- de ordem moral.

Friday, December 4, 2009

ORDEM DOS ADVOGADOS: CONFIRMAÇÃO DA BANDALHEIRA

Ora aí está. Os amigos são para as ocasiões. Lima de Carvalho dixit. Uma lista a soldo do gang da “universidade independente” e liderada por Rogério Alves (qui ex opus merdae procedit) foi eleita no mandato anterior para a Ordem dos Advogados. O gang da independente pagou-lhe boa parte da campanha. E ele apresentou listas para tudo. Para os ”conselhos de deontologia também”, portanto os advogados andaram a ser “fiscalizados” por gente de uma lista paga por um gang, se há razão nas razões do Carvalho e diríamos que sim. (Por algo mais que simples intuição). Num desses conselhos está o execrando Luís Paulo Relógio da Federação Portuguesa de Futebol. Nem isso deixa de ser interessante quando se sabe que o Alves é presidente da assembleia do Sporting, clube aliás muito católico por ser o clube do próprio cardeal de Lisboa e, talvez por isso, alvo de uma denúncia de terrorismo interno pelo próprio presidente da direcção. Faz sentido. Onde está o papismo não anda longe o terrorismo. O que ainda não se sabia é que havia papistas a receber subsídios (assentes em desvio de fundos) da pretensa maçonaria da “independente”. Será esse o único gang?... Carvalho queixa-se que o banco da opus também "roubou" o gang que lhe pagava os agentes. É natural. Eles roubam-se uns aos outros, perseguem-se uns aos outros, denunciam-se uns aos outros e tendem a tramar-se uns aos outros, antes de conseguirem tramar os outros que tinham decidido perseguir. Ainda bem. Mas convinha saber se foi a opus quem fez aquela maçonaria. Ou se essa maçonaria também pagava coisas à opus. O Alves veio negar. Bem entendido. Mas que haveria ele de fazer? confessar? Ir trabalhar para a estiva? entregar-se aos beatíssimos assassinos do Calvi, ou aos do padre Max ?... O Alves nega, em todo o caso. Ora nos domínios onde a moral tem de intervir - e este é um desses casos - não basta nunca a negativa genérica. É necessária, como se diz em processo civil, a impugnação especificada, ou seja, é preciso explicar o que aconteceu, ponto por ponto. A moral deve intervir sempre que num posto de direção, onde se polariza a confiança da comunidade, alguém se proponha decidir da vida alheia. Porque a comunidade só pode usar os parâmetros de juízo que são os seus e a esses parâmetros, com essa relevância, chama-se moral. Não é moralmente lícito, perante uma tal imputação, circunscrever a resposta a uma negativa genérica. Isso é o que faria qualquer delinquente. Mas o grau de êxito que isso pode revestir em processo penal - onde é a acusação que se prova e não a defesa que se demonstra - não pode aplicar-se nesta esfera de debate, sobretudo quando a honorabilidade própria é tão frágil que admite a perfeita plausibilidade do depoimento exautorante (e aqui há bem mais do que isso, há a imunda prática adoptada no inteiro exercício, no inteiro mandato e ainda há as imundas gentes que ali apareciam e que... iam buscar, cobrar, fazer o quê, já agora e ao certo? O que estava aquela gente da "independente" - e que gente, não era? - a fazer, por exemplo, nos júris de agregação?)... Ora a relação de confiança, a admiração, o reconhecimento do mérito além de quaisquer discordâncias, são exigências de algumas actividades, de alguns papéis, de algumas posições ocupadas. Por isso o Alves é muito provavelmente a mentira de que tomou a iniciativa de nos falar. Até agora impune, disse ele. Mas com a perna curta. É precisamente o que pensamos. E é o que pensamos do próprio Alves. Venham, portanto, as contas da execranda campanha eleitoral, alegadamente (mas mais que plausivelmente) paga com subsídios da corja, do gang, da escumalha, em síntese: da "independente". Há circunstâncias e matérias quanto às quais devemos relativizar a moral, em nome da Ética e da Liberdade, em nome do Direito, às vezes, até, em terreno muitíssimo escorregadio, por imperativo da Razão de Estado. Mas receber dinheiro de um gang e ficar necessariamente refém disso não é nenhuma dessas situações. O Alves era um rapazola, sem curriculum e sem méritos conhecidos, projectado para um lugar de chefia. A experiência ensina que essas coisas só acontecem a figuras instrumentais. O Alves é pois um "factotum". Um fantoche, sim. Uma fabricação, em todo o caso. E chegou o momento de fazer incidir a luz sobre quem o fez e quem o tem feito mexer. Porque o "para quê" já temos. São nítidos os propósitos que o Alves tem servido.

O REGRESSO DOS SAPATOS VERMELHOS

Ratzinger tenciona visitar o território Português em Maio de 2010. Apressam-se por isso as obras do Terreiro do Paço que está a afundar. Talvez isso apresse o afundamento. O torreão a nascente já afundou um metro e meio e, assim, surge a imensa esperança que nos enche o peito de que possa afundar tudo de uma vez, de preferência em horário de funcionamento, já que há pressa. Que o lodo desapareça no lodo, é um fim perfeitamente conforme aos critérios discerníveis da Criação Divina. Quanto à visita ela é uma ameaça. É certo que as visitas do antecessor (J-P2) precederam sempre e de perto os maiores desaires da vida local. Assim, parecendo consubstanciar o anúncio da era ibérica das máfias, ocorreu a visita em 1982, (ano do assassinato de Roberto Calvi, incompreendido benemérito do apoio aos Somozistas na Nicarágua e ao Solidariedade na Polónia o que não bastou para a corja a quem servia lhe poupar a vida). J-P2 deixa ostensivamente em Fátima, nessa sua aparição, a bala que não o matou. Em 1985 emerge o BCP na tugária com estranha preponderância da Opus, tudo consabidamente impoluto como o futebol autóctone. É impossível tratar isto - entre outras coisas - como coincidência. Há quem pense que os mais sórdidos dinheiros de Itália encontraram aqui um refúgio "natural". Depois, vem a celebração e supervisão do enraizamento local das máfias (visita em 1991, sendo certo que a limpeza em Itália prosseguia e, logo no ano seguinte, Carlo De Benedetti é metido na cadeia, seguindo-se, em 1996, a condenação de mais cabeças da P2 - Gelly, Craxi e Martelly). Uma belíssima razia, infelizmente insuficiente. Espanha resistiu também. Uma revoada de gente "importante" descobriu-se, a justíssimo título, no cárcere. Mas a tugária revelava-se mais sólida, contra todas as probabilidades. Imperava aqui a anibalidade e a imprensa subsistente chamava a isto o kavaquistão. E, por tudo, nada obstou ao festejo do controlo total deste território pelas máfias (visita de J-P2 em 2000, ano no qual, quase completamente podre, reviu em Fátima a bala que ali deixara em melhores dias seus). Recorde-se que, entretanto, em 1987, J-P2 abençoara e condecorara Pinochet que assassinou o Comandante em Chefe a quem devia obediência e lealdade, homem honrado e sensato, para quem as FF.AA. serviam o país pela defesa contra ameaças externas e não podiam substituir, em intervenção armada contra concidadãos, o processo jurisdicional próprio de destituição do Chefe do Estado. J-P2 chamou a Pinochet o “último grande cavaleiro da cristandade” (de J-P2). E tal conduta consubstancia - a nosso olhar - louvor, senão apologia, de crime com lesão de direitos instituídos pelo Direito Internacional Comum. E não foi a única conduta de J-P2 com este objectivo sentido, alcance e natureza. Aqui chegados, dez anos depois da última cena na tugária, surge a ameaça do regresso dos sapatos vermelhos ao território. Não pode ser bom prenúncio. As criaturas da colina vaticana decidiram – é ao menos o que parece - manter o território sob assédio e de dez em dez anos o “sumo pontífice” (de acordo com o título pagão que prefere e se lhe não recusa), sai do cemitério fora de portas onde vive ( o Vaticano é um cemitério romano) e vem avaliar directamente os estragos causados e os nichos de negócio locais. Mas Maio ainda vem longe. Não se alarmem antes de tempo as pessoas normais. Em bom rigor não sabemos, sequer, se Ratzinger e o país institucional (a tugária) aguentam vivos até Maio. Nada o demonstra, por ora. Em Maio pode perfeitamente já não haver tal visitante. E, se assim não for, pode porventura já não haver coisa que ele possa, ou queira, visitar. Conceda Deus, Clemente e Misericordioso, a constância do seu olhar sobre nós. Mas a população local bem poderia – caso o tremendo evento ocorra, de acordo com as ameaças em circulação - pedir ao Papa e Patriarca da Cidade Guardada por Deus de Alexandria e toda a África, Juiz Universal, único Papa, porque fiel à Tradição, as orações litúrgicas por esta terra onde os diabos reinam e pelos justos que nela resistem, de acordo com a fórmula das Sagradas Escrituras onde o Salmista pede que “seja exterminada a iniquidade”.

Thursday, December 3, 2009

ORDEM DOS ADVOGADOS: PORTUGAL COM ESCÂNDALO ALÉM FRONTEIRAS

A Organização Fair Trials International tomou posição quanto à perseguição de uma Inglesa em Portugal por um advogado de quem se queixou à Ordem e que a Ordem rapidamente absolveu propiciando a perseguição criminal da inglesa. A conduta do advogado, filho de juiz do Supremo Tribunal segundo a FTI, resulta escandalosa. Conduta de homem sem escrúpulos, diz a FTI. Deve pois lembrar-se a posição do Prof. Garcia Pereira quanto a estas questões: a Ordem persegue os advogados mais corajosos. Larga-lhes às canelas uma matilha de servos desaçaimados, mas, aparentemente e à parte essas perseguições, protege coisas destas. A conclusão da Fair Trials International não podia ser mais severa: “The type of criminal action taken against Miss Wylde has the effect of placing the legal profession in Portugal above reproach and outside of any effective regulation.” Estamos de acordo. Resta ver que represálias sofrerá o advogado Francisco Teixeira da Mota por ter prestado as declarações que prestou. É realmente imprescindível a protecção de um Estado Soberano para viver na tugária. Straw falou com José Magalhães. E bem. Pobres autóctones por quem Straw nunca pedirá satisfações.

Tuesday, December 1, 2009

UM DETALHE DA ASSEMBLEIA GERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS PORTUGUESES

Quedou-se tal gente por duas horas a discutir se autorizava ou não as televisões a gravar imagens em directo. Estranha-se a paciência das televisões. Mas é de registar que tal gente começa a ter vergonha da própria cara. Nada mais compreensível. E a coisa é tanto mais trágica quanto as pessoas nascem com uma cara e não podem ter duas, por mais que queiram. Imagina-se que a discussão correu entre os que estão já conscientes de serem vulgaríssimos abortos (ostentando nas ventas, como um escarro, aquilo que se consentem) e as criaturas que coincidindo quanto à (pretendida) elegância com os critérios das pêgas e os gostos do cliente, ainda revelam radical ausência de noção do espectáculo oferecido quando se exibem.

ASSEMBLEIA GERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS PORTUGUESES

António Marinho Pinto tem o colégio eleitoral paralisado. Os advogados não lhe aparecem nas Assembleias Gerais onde vem apenas a corja parasitária, que se entende no direito de viver a expensas do trabalho dos advogados. O bastonário deixou claro que a maioria dos advogados não pode votar nas Assembleias-Gerais. Discretamente não disse porquê. Nós dizemos: na Assembleia-Geral estão os esbirros dos conselhos de disciplina. Estes esbirros foram “eleitos” por muito menos de metade do colégio eleitoral que simplesmente teve nojo de votar naquilo. Mas ninguém impugnou a eleição, com medo das consequências e até porque isso comportava o risco de manter o execrando Rogério Alves em funções. Rogério Alves era um especialista em Assembleias-Gerais de “mais de cento e cinquenta pessoas”, num corpo profissional de perto de trinta mil. (Treinaram-no bem lá na Opus Merdae). Mas então porque é que os advogados não podem ir às assembleias-gerais e votar? Porque os esbirros dos “conselhos de deontologia”, são “advogapides” que podem retaliar - e têm retaliado - sobre quaisquer posições gerais, tomadas por qualquer advogado, em congresso ou em assembleia-geral. São, desde logo, o contrário da independência dos colégios de disciplina. Estão todos em situação de evidente incompatibilidade, porque todos os advogados têm de ser iguais em todos os processos e se aparece um tipo daqueles, ou um amigo de um tipo daqueles, as pressões que se podem desencadear sobre o advogado da parte que se lhe opõe são indizíveis. Depois, as criaturas reservam-se o direito de se considerarem ofendidos por tudo e por nada, o que seria o menos – gente desprovida de honra não a pode afirmar lesada - mas o problema é que eles se arrogam, também contra direito, o papel de juízes em processos onde são queixosos (depois de se terem arrogado o papel de acusadores e instrutores) e até se arrogam o direito de “julgar” as suspeições ou recusas que com esse fundamento sejam interpostas. E estão-se “nas tintas” para o facto de tal prática ser especificamente considerada pela Lei como infracção disciplinar grave. De modo que um advogado que viva do seu trabalho (o que não é definitivamente o caso deles) teria aqui uma guerra para sete ou oito anos, por cada dossier e os dossiers são multiplicáveis, porque eles podem abrir um processo pela defesa disciplinar deduzida noutro processo. É portanto por isto que os advogados eleitores não podem aparecer nas assembleias-gerais e votar. Isto traduz uma situação de constrangimento aflitiva que é o contrário do Estado de Direito. Só num Estado parasitado por todas as máfias isto seria possível. Mas aí está o impossível. Especialmente interessante é que continua “on line” a posição do advogado José Preto quanto às anomalias estatutárias (MRA e ACED preservam a memória desse texto “on line”, sendo certo que a “ordem” não teve outro remédio senão deixá-lo “on line” durante o período da assembleia geral à qual se destinava, estes sites tiraram-no dali). Ora o que aconteceu com esse texto? Primeiro não o discutiram. Depois, porque o texto punha o dedo na incompatibilidade de funções entre o exercício da advocacia e a actividade de “advogapide”, alteraram, à socapa, o regime de incompatibilidades para puderem fazer o que faziam. Estes sicários herdaram da conformação servil das suas alminhas (papistas, que ali até missa oficial existe) herdaram, dizíamos, esta vacuidade moral do lumpen que acha tudo ao seu alcance. Tratam de mudar a lei, para que a monstruosidade caiba nela. Esquecem-se, evidentemente, que o Direito Comunitário tem primado e eficácia directa na ordem interna e que uma violação das condições de normal concorrência, com este alcance, está proibida pelo Direito Comunitário. Felizmente. Hoje, aliás, entrou em vigor o Tratado de Lisboa e as coisas estão até um pouco mais afinadas do que estavam antes. Perguntar-se-á o que aconteceu ao advogado José Preto depois de mais essa tomada de posição (ele tomou várias). Infelizmente este advogado não presta declarações em tais matérias. Sabe-se do que vai acontecendo por comentários daqui e dali. (Não há nada tão aberto, como as estruturas fechadas da tugária). Mas é pena que José Preto não preste declarações. O que não se percebe é que um homem decente como Magalhães e Silva alinhe, como chefe de fila, neste monumento de ignomínia. No período eleitoral não quis comprometer-se com tais condutas. Falou em "exageros". Agora, porém, não se nota nenhuma distância. Até porque boa parte dessa gente (por assim dizer) vem das listas dele. Um problema estritamente dele, claro. A seu tempo explicar-se-á. Supõe-se.

NOVA ESQUERDA, NOVA REPÚBLICA

Prosseguem as tentativas de refundação portuguesa. À esquerda e à direita. Estará em formação um novo leque político? Volta a haver pessoas com projectos políticos e não apenas personagens com projectos pessoais, geradas por partidos que outras entidades parasitam através de tais personagens? Logo veremos. Mas em bom rigor não basta apenas discutir o Estado, a sua subsistência e a sua viabilidade política. É preciso discutir tudo. A Nação também. Nunca o sentimento de unidade nacional esteve tão claramente em causa. Nunca como hoje um movimento de opinião advoga a protecção tutelar da soberania espanhola como solução preferível a todas as outras. Numa percentagem coincidente com a estável margem de abstenção eleitoral. E nunca estiveram tão claras questões do problema Saramago, porque há um problema Saramago. Há um só Nobel da Língua Portuguesa, em todo o espaço desta Língua. Isso tem de fazer meditar sobre a mediocridade profunda que a esta Língua vem ligada. A Língua espalhou-se pelo mundo, mas que coisas espalhou esta Língua pelo mundo, que ninguém lhes vê mérito bastante? Língua franca do comércio no extremo oriente, língua dos tráficos de escravos, oiro e açúcar no Brasil. Língua de muitos navegadores e admiráveis corsários ainda que poucos. Língua cujo primeiro documento escrito é a notícia de torto. Uma queixa-crime. (Predestinação colectiva?) … Saramago é o único Nobel da Língua Portuguesa. E não consegue sequer viver em nenhum lugar onde esta Língua se fale e escreva. E dos mais infectos e recônditos tugúrios da tugária, ainda há homens-rato que imaginam rosnar-lhe, e homens-sapo que, em delírio, exibem as próteses de cornos para marrar nele. Quase todos estes fenómenos vêm dos charcos da antropoclastia papista. Mas a antropoclastia papista reivindica o país como coisa sua. “País católico” diz tal canalha. Terá razão esta execranda corja?... É preciso ver. Não podemos avançar sem esclarecer isso. À direita ou à esquerda. O leque político a constituir tem de pôr o papismo entre os parênteses de uma (estrita) admissibilidade política e social de conduta. Diríamos mesmo que, indemnizações pagas, pela pedoclastia e maus-tratos (maus tratos que não são apenas a menores, é preciso ir ver os asilos de velhos), o papismo que sobrar há-de ficar vinculado a um juizinho muito claro na conduta. O Estado e a Nação nada devem ao papismo e às suas taras, cujas traduções estéticas são o faduncho berrante e o rasteirinho canto-chão. No primeiro caso é a notícia de torto em gemidos e grunhidos arrancados às mais profundas entranhas da tolhidinha a quem só a rasquice sobra na exibição gritada da dor. Porque rasca significa, justamente, gritante. (Não há léxico para descrever a repulsa que o fenómeno nos suscita). O papismo também devia pagar indemnização por isso. Mas tudo quanto o papismo aqui tem foi o Estado quem lho deu ou permitiu que lho dessem. E tudo isso o papismo há-de pôr em hasta pública para pagar indemnizações (e não vai chegar), à excepção dos bens que, sendo património da comunidade nacional pelo seu interesse histórico e cultural, o Estado (se concluirmos pela desejabilidade de uma tal continuidade) deve simplesmente chamar a si. Os papistas que conseguirem resistir à ausência de benesses, de empregos, à impotência quanto à perseguição de homens e mulheres livres, esses, assim circunscritos à estrita normalidade de vida de homens de mulheres livres quanto às decisões pessoais e iguais em todos os debates, esses logo veremos se bastam à reabilitação. Talvez sim. Mas se não, não. É simples. Mas num estado entregue a gangs entre os quais pontificam os proxenetas de órfãos e seus clientes, parece tremendo que os militantes da nova esquerda, como aliás os da nova direita ofereçam a sua identidade como alvos sacrificiais ao sobressalto dos canalhas. Há uma “rede bombista de direita” intocada e impune e cujas cumplicidades coincidem com os laços que fundam um conluio parlamentar maioritário, do “centro democrático e social” de Portas ao “partido revolucionário institucional” de Sócrates. Coincidem, mas superam-nos. Há homicidas desta rede na hierarquia papista local. Maior discrição destes militantes deixar-nos-ia mais tranquilos, portanto. Depois, os objectivos da nova esquerda, parecem condicionados. Porque se a nova esquerda é necessária, a verdade é que todo o Direito se tornou fundamento de revolta no estado de todos os arbítrios. Uma nova esquerda só pode afirmar-se no quadro de uma Nova República. É precisa uma refundação do Estado. E não vemos motivo para que as perspectivas assentes no Direito violado e que, à partida, seriam classificáveis como direita - devam ser excluídas de uma tal refundação. É preciso estabelecer pontes. Cindir os partidos onde os proxenetas de órfãos se acoitam. Separá-los dos seus “sponsors”. Reafirmar os consensos em torno dos valores comuns e deixar claros os pontos de divergência. Todas as reuniões preparatórias deveriam ser feitas fora do território. La Guardia, seria um bom sítio. A polícia espanhola tem unidades bem adestradas no combate ao terrorismo. Mas pode ser em França o lugar de discussão. Na tugária é que não. E quando todos estiverem preparados para devolver ao Direito o seu império sobre o Estado, é preciso consolidar uma frente comum e deixar esta corja a nú diante da opinião pública. Duas comissões parlamentares de inquérito na Nova República limpam tudo em seis meses. No máximo. Depois é entregar as coisas a uma judicatura reformada para julgamento criminal, por tribunal de júri popular, em processos urgentes. Bem entendido, as verbas da corrupção nos últimos anos rondarão os quinhentos mil milhões de euros, em contas rápidas. Uma das tarefas da Nova República é recuperar essas verbas. Evidentemente.

OS MINARETES DA SUIÇA

A democrática Suiça pronunciou-se soberanamente em referendum e proibiu a construção de novos minaretes nas mesquitas. O liberalismo político e religioso dos europeus está em choque. E o Vaticano tratou de se solidarizar com os muçulmanos, sendo certo que os verdes da Suiça ameaçam interpor queixa em Estrasburgo contra o resultado do referendum e isso parece único. O Tribunal Europeu seria chamado a decidir uma questão contra posição do eleitorado. Não põe isso em causa os fundamentos da democracia helvética? Poderá isso dar bom resultado? Os minaretes são equiparáveis a faróis. Esse é o seu simbolismo primeiro. São faróis da fé. Cilíndricos ou quadrados, de acordo com as tradições (na África do Norte são quadrados e cilíndricos no Médio Oriente) também se registando uma tradição, mais antiga, aliás, que não aprova os minaretes. São, de todos os pontos de vista, uma afirmação menos religiosa que política. No mínimo, um sublinhado da importância do templo e portanto da respectiva comunidade. Ora este sublinhado (político) pode, ou não, ter uma resposta política por parte de uma comunidade soberana em referendum? O Vaticano acha que não. Nós sempre acharíamos que sim. O que é religioso pode não ter uma resposta politico-institucional. Mas não é o caso. Na interdição dos minaretes jamais esteve em causa a liberdade religiosa. Ninguém proibiu a prática religiosa. O que está em causa é menos e (de certo ponto de vista), mais do que isso. No caso de um garboso árabe desfraldar a Bandeira da Casa de Saud em Genebra também lhe ordenariam que a retirasse se não estivesse à esquerda da bandeira da Confederação Helvética. O árabe diria que não pode confessionalmente subalternizar a bandeira verde, com a proclamação de Fé, à bandeira vermelha da cruz grega de prata. Mas dificilmente isso poderia ser aceite como questão religiosa. Os suíços fizeram uma leitura estrita da simbologia supremacista em contexto islâmico face às suas (deles) tradições – designadamente arquitectónicas – locais. Disseram que não querem mais minaretes. Os liberais arrepiam-se. A imprensa suíça iniciou um ciclo de auto-flagelação e censura moral ao eleitorado. Os muçulmanos vão começar a gritar. O Vaticano aproveitou a oportunidade porque tem uma pedra no sapato contra a Suiça desde sempre (a Suiça só pode existir porque os papistas foram militarmente vencidos e compelidos à aceitação das regras da democracia helvética). Todavia, os suíços não votaram a destruição dos minaretes existentes. Proibiram a construção de novos. Porque ocorre que os simpáticos muçulmanos tendem a construir uma mesquita entre cada duas. Recordamos até que no litoral do Sinai, às horas canónicas de S. Jorge de El Tur, mosteiro ortodoxo cercado de mesquitas, os apelos à oração em Árabe, amplificados por altifalantes, são ouvidos dentro do sobor monástico e sobre os coros. É incómodo. E para deserto, bastante surpreendente. Não é boa ideia ter isso em Genebra, ou Zurique. Foi quanto disseram os suíços. Sendo mauzinhos, quando a Casa de Saud autorizar o toque dos sinos de dez catedrais em Ryad, voltaremos a falar da construção de novos minaretes em Genebra e Zurique. Até lá, diremos apenas que a Suíça não é a tugária. Ali a Sharia não representaria um progresso porque os suíços respeitaram perfeitamente bem o pacto com os Céus que é o significado vétero-testamentário do governo humano das coisas humanas. Eles sabem bem que o Direito dos homens é um compromisso de todos com todos. E que nada subsistirá de pé se os critérios assentes nesse compromisso forem quebrados. Quanto ao Vaticano, isso são coisas do diabo e, por consequência, coisas que devemos mandar para o diabo. Manu militari, se necessário. Como os suíços fizeram, aliás.