País de opereta. Estado falhado. Terra de todas as indigências. Lugar horrível de todos os horrores. Aproxima-se enfim a miséria que há-de matar as indigências. A estupidez afinal tem custos letais. A estupidez, portanto, é o novo "subprime". E a estupidez, afinal, não tem aliados. A própria banca tem de ponderar se aceita pagar o preço da sua portugalidade, ou se prefere sediar-se noutro país que tenha destino além do descrédito. A banca vai migrar. Depois de décadas de parasitagem do país, a banca abandona-o. Bravo. Talvez o país pudesse responder - se fosse um país - metendo na cadeia as administrações bancárias e recuperando - por via de processos penais céleres - os milhares de milhões de euros que a corrupção lhe arrancou e se traduzem, afinal, nisto. Depois de trinta anos de despesas duplicadas nos fornecimentos públicos (é um dos aspectos da corrupção) depois de décadas de manipulação grosseira da produção legislativa, depois de décadas de perseguição à liberdade de palavra que propiciou tudo isto, chega enfim o momento da verdade. E eis a verdade: o dinheiro dissipado na corrupção é o preço da subsistência do país. O cretino Sócrates e o cretino Coelho reúnem. Pode a soma de duas criaturas anómalas aproximá-las da normalidade?
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