Uma judicatura servil, assente em minutas salazaristas (que nem Salazar conseguiu ter tão operantes), corta textos, exerce a intimidação sobre a liberdade de expressão, espalha o constrangimento, inibe qualquer protesto, qualquer opinião, qualquer informação. Abalança-se mesmo a deixar sob pressão a produção literária e teatral. É servil, a judicatura, porque integrada por gente de mentalidade servil (só gente de mentalidade servil poderia desempenhar tal papel). A defesa das liberdades e da liberdade de palavra está entregue a gente cuja palavra nunca contou para nada, a não ser para isto. E isto é nocivo. A actividade é miserável. Sofia Pinto Coelho conseguiu nova condenação do Estado no Tribunal de Estrasburgo. De novo o Tribunal julgou imprestável a minuta condenatória da execranda tugária. O problema põe-se: pode o Tribunal Europeu estar sempre a resolver o mesmo problema? É razoável que se force o Tribunal Europeu a dizer sempre a mesma coisa? Não será mais prático demitir estes idiotas, reformar os cursos de Direito e rever os disparates "legislativos" que andaram a "cozinhar"? Por cerca de uma dezena e meia de vezes se lhes condenaram os nocivos textículos. Parece ter chegado a vez de mandar os salazaristas da judicatura para outro lado onde consigam, desta vez, trabalhar honestamente e cumprir as exigências normativas. Quanto aos cursos de Direito, é melhor mandar vir professores de Itália, França, Espanha e Alemanha. Não se pode estar a pagar uma fortuna por estabelecimentos de ensino público para reproduzirem a idiotia censórea dos papistas. Obstinadamente contra legem, para cúmulo. Quem os pariu que os ature. E lhes pague. Porque as retribuições deveriam ser devolvidas a partir da primeira decisão que viola a Convenção Europeia dos Direitos do Homem. A partir desse primeiro texto quem quer que o haja subscrito afirma-se disponível para decidir contra direito. E essa não pode ser a posição de um magistrado judicial. Tal figura deve recolher a casa (senão ao cárcere) e devolver o dinheiro que ilicitamente auferiu.
Wednesday, June 29, 2011
Sunday, June 26, 2011
A DEFESA DO BOM NOME DE SILVA PAIS E AS EXIGÊNCIAS POLÍTICAS DO DIREITO
Prossegue, como se fosse a coisa
mais normal deste mundo, o processo contra dois directores de teatro porque uma peça dramatiza (não sabemos se bem se mal, o que de resto é indiferente) a vida
aventurosa da filha de Silva Pais, que escolheu viver e viveu na Cuba de Fidel. Os
arguidos estão a ser perseguidos nos tribunais (!) por terem imputado (ou consentido a imputação) a Silva Pais, “patrão”
da PIDE-DGS, um envolvimento no assassinato de Humerto Delgado, figura estranha
da oposição portuguesa a Salazar que, estranha ou não, não podia ter morrido espancado até à morte pela escumalha da António Maria Cardoso que (tal como a
labregalhada da guarda-fiscal de Sacavém viria a dizer várias décadas depois)
tratou de inventar que o general teria morrido por disparo acidental. O
paralelo das situações serve para mostrar que as imaginações desculpantes se
eternizam e que a escumalha desta laia, tendo embora uns cérebros de galinha em
cabeçorras de burro, lá vai conseguindo aprender estas coisas e reproduzi-las.
Os protestos chovem. Os sobrinhos de Silva Pais que lhe representam o cadáver
prosseguem, em todo o caso. Pretendem a defesa da memória de pessoa falecida. O Fernando Silva Pais era pessoa. Mas a direcção-geral da PIDE era função. Aliás a organização foi declarada criminosa pelo Direito local e talvez não se possa responsabilizar o autor de uma peça de teatro sem vir discutir, também, a declaração juridica daquela organização "policial" como criminosa. Está (não estará?) um bocadinho prejudicada a defesa do bom nome do director geral de uma organização declarada criminosa por texto legal. Estão todos errados, portanto. E tudo errado. Todos os
protestos traduzem uma exigência de absolvição. Mas isso ignora o processo como
ultraje. Como pressão. Como ameaça de um arbítrio selvagem. Ignoram estes
protestos a humilhação da submissão de um autor teatral à escumalha da reinserção social, ignoram os absurdos de se ser interrogado quanto aos factos (estes factos, os da autoria de uma peça de teatro) sem defensor e por assistentes sociais asininas, ignoram o absurdo insultante de tudo (e de todos
os pontos de vista) que se traduz na transferência para debate e decisão
penal de uma tarefa que é da crítica literária. Ora nem Luís XIV consentia já
em tal coisa. E não pode conceder-se ao absolutismo do patego, do labrego, do
lumpen-funcionalismo, o que mesmo o absolutismo régio recusou assumir e conceder. Corneille,
Racine e Moliére não tiveram da Coroa razões de queixa análogas (e morderam
bastante, porque os reis não viram que devesse negar-se no seu século, o que
havia sido concedido aos romanos no tempo de Plauto, ou aos gregos no de
Menandro). A exigência da absolvição é disparatada se o próprio processo é – e nisso
não há dúvida nenhuma - delitual (como se diz em Português). Criminoso, como se diria em Francês. Os protestos são também disparatados porque
insistem na “liberdade de expressão”. Outro disparate quando o que está em
causa é mais intenso e é, no caso, a liberdade de criação. Falar da liberdade de expressão em vez da
liberdade de criação, da liberdade de investigação (também evidente, aqui), ou, até, do imperativo de
consciência (de que não pode abstrair-se), revela que nem os que protestam têm noções claras de quanto está
em causa. E não têm. É livre a criação cultural. É livre a investigação
científica e histórica. E ninguém pode calar a consciência do homem, porque a
consciência do homem é a vontade de Deus, diziam os românticos cheios de razão
nisto como em muitas outras coisas. O processo é ele próprio um delito. Ou um crime. Traduz nítida condução contra Direito, ao menos no plano indiciário. E portanto, desde logo no plano do debate político, os
magistrados que supervisionaram (procurador-coordenador e procurador-director) uma tal acusação e
o magistrado que a tenha subscrito (procurador adjunto), como o juiz que subscreveu
a pronúncia (se a tiver havido), como o juiz (de julgamento) que recebeu a pronúncia (ou a acusação, se não tiver havido pronúncia) e deixou
prosseguir o processo com o despacho (de minuta) no qual seguramente declara que
“não há nulidades e o tribunal é competente”, esses senhores ou senhoras (o
sexo só é relevante nos animais superiores e não nas funções de estado) devem
ser confrontados com a incompatibilidade radical entre a sua actividade
(nociva) e os pressupostos do sistema. O grande drama é que a esquerda que
protesta é igualmente inepta. E nos mesmos termos. E a imbecil direita que ri,
não sabe do que está rindo. Um tal processo traduz a tugária. A choldra. Asquerosa. Traduz também a
inviabilidade radical de, em qualquer nível, poder esperar-se o cumprimento das
tarefas mínimas da independência (ou até da mera autonomia) política, no quadro da
fidelidade mínima aos legados culturais (e jurídicos) que definem a civilização
europeia. Isto não é europeu. Isto não é um país. E parece-nos duvidoso que
isto seja gente. Este é o problema. E este processo é uma das suas
demonstrações. Nem sequer a mais grave, embora tão repugnante como qualquer das
outras. E ainda falta notar estes processos como pretexto de extorsão. A corja ganha com isto e não ganha mal. São as taxas
de justiça. (Mas não apenas as taxas de justiça). Um absurdo destes não pode custar menos de mil euros. Mais cinco
mil se alguém tiver a ingenuidade de imaginar que há tribunal constitucional.
Tudo isto está abaixo de qualquer classificação possível. E as críticas que o
ignorem, estão no mesmo nível.
Wednesday, June 22, 2011
LUTO DA RÚSSIA
É estranho e comovente o trágico desastre de avião na Karélia - um dos mais belos lugares da terra - nestes dias ali sem noite e na véspera da data do grande luto dos russos, onde se lembra o ataque hitleriano à Santa Terra Russa. 22 de Junho. Neste ano, esta data vem sublinhada pela decisão sábia de tornar públicos os documentos de arquivo sobre o início da 2ª Grande Guerra. E já foi sublinhado que o Governo da URSS estava perfeitamete ao corrente de todos os preparativos militares da invasão e bem assim se sublinhou a insistência do Marechal Jukov na urgência dos preparativos de defesa, insistência à qual Stalin acedeu na véspera da invasão. Não é inútil saber isto. Como não é inútil saber o resto. Temos mais uma razão de gratidão para com o governo russo.
O CENTRO DE ESTUDOS JUDICIÁRIOS: COMPILAÇÃO DE ABERRAÇÕES
Os auditores de justiça copiaram num teste. Como "punição" os directores quiseram atribuir a classificação de dez (a mais baixa nota positiva) a todos. E depois decidiram fazer outro teste, para ver melhor. Mas também aqui está tudo visto. Os auditores de justiça são remunerados. E não ganham mal, para o que fazem. Pede-se-lhes em contrapartida que se preparem para o exercício de funções no Ministério Público ou na Judicatura - embora com as limitações decorrentes da presença dos formadores que são perfeitos atrasados mentais semi-alfabetizados, como se nota pelos acórdãos que trazem as suas repulsivas assinaturas - mas, em todo o caso, pede-se-lhes que estudem e se preparem (embora não fosse indiferente ver exactamente o que "estudam" eles, atenta a desgraçada qualidade dos formadores). Ora há uma turma, um ano, um curso, onde a direcção de estudos detecta que uma percentagem dos auditores copiou pelos outros, que deixaram copiar, sendo certo que nenhum dos auditores solicitou, sponte sua, fosse a realização ou continuação do exame em condições de segurança, fosse a sua repetição. O curso inteiro, por consequência, é indigno de confiança. Aquilo não é uma escola onde os estudantes trabalham para si próprios (estudando), a expensas suas ou dos pais. E portanto resulta estranho que a direcção da instituição seja incapaz de proceder como o exigem as circunstâncias. Ocorre que uma tal verificação traduz radical incompatíbilidade com as funções e uma tal conduta consusbtancia a radical inviabilidade da confiança que neles se depositou, motivo pelo qual, por um motivo ou por outro, os meninos e as meninas, devem repor as retribuições recebidas e devem ir procurar trabalhar - agora honestamente - noutro lado. Isto parece reacção evidente. Parece até a única a tomar. Mas a direcção reage a medo. Timidamente. Hesitantemente. E também isso repugna. Têm medo de quê? Que salte de lá o pai merceeiro ou empreiteiro, a dizer que pagou a entrada da cria no Centro e não concorda com a exclusão? Que salte uma auditora (ou auditor) a dizer que foi admitida sob condição de fornicar com um formador ou examinador? Ou que alguém venha contar a verdadeira história de Isabel Verde?... Na execranda tugária as coisas estão, todas, é bem certo, à medida umas das outras. E portanto - não será?- um antro de delinquentes forma os juízes da tugária. É tão simplesmente isto. E isto vai continuar. Igualzinho. Até um dia. E se à aprovação basta fornicar com o formador não é preciso saber grande coisa a não ser isso que lhes peçam e talvez convenha saber mais exactamente o que é. Um dia o saberemos com a maior exactidão. Isso é seguro. E a memória deste evento basta para suscitar o inquérito a qualquer tempo. Porque o prolongamento dos silêncios e a omissão de conduta decisória devida traduzem ilicitos penalmente e disciplinarmente relevantes, com a demissão da função pública no horizonte sancionatório.Podem ocultar o que quiserem. A viabilidade da reacção futura não fica afectada porque por cada ano de silêncio haverá apenas um ano de conduta continuada. Não há prescrição, nestes termos e nesta perspectiva.
Tuesday, June 21, 2011
FOCINHO DE PORCO, OU TOMADA?
Vulgares anibalidades no palácio imperfeito da Ajuda. Cavaco debitou vulgares anibalidades. Coelho, vulgares
anibalidades. Cristas, a latere, vulgares anibalidades, Mota Soares vulgares
anibalidades a latere. A ideia em cujos termos o Chefe do Estado é o penúltimo
a falar foi outra anibalidade. Tudo bastante ordinário. Comum. Vulgar. Mas a observação
anibalesca em cujos termos o investimento se encontra caído em níveis
inferiores aos de há quinze anos, merece um sublinhado. Porque há quinze anos o
investimento público era quatro vezes inferior ao que poderia ter sido (sem deficit)
se o promotor, patrono e pai de todas as máfias não houvesse consentido a
dissipação de três quartos dos recursos em corrupção por cada quarto investido.
Foi quanto valeu (e custou) a dejecção deste fenómeno na vida pública pela scrofa
papista. Agora “o esforço” (o “grande
projecto”) é compensar essas dissipações ao abrigo do princípio do faz tu força
que eu gemo. A coisa teria graça, se não merecesse o garrote vil. E, não sendo
as coisas assim, dizem eles, com Cavaco, a situação torna-se “irreversível” e “socialmente
insustentável”. O melhor era já meter-lhe a insustentabilidade e a
irreversibilidade por algum sítio acima, ou abaixo. Isso feito, já há minuta
para a enunciação verbal correspondente. Dir-se-á “era inevitável”. Porque convém
tratá-los sempre de acordo com as minutas que trazem a uso. (Hoje ou no
futuro). É uma forma eficaz (diríamos mesmo irreversível) de cortar os
textículos a estes minuteiros. No fundo, é meter-lhes os texticulos pela boca
abaixo, pelos olhos dentro e gritar-lhos às orelhas até que os tímpanos se lhes
rasguem. Há que afogar os asquerosos minuteiros, nas suas asquerosas minutas. Há
que fazê-los sofrer as asquerosas minutas. Disso não se deve prescindir. Quanto
à tomada, parece-nos um vulgaríssimo focinho de porco.
NINGUÉM, COM TODOS
"Com todos (...)" dizia naquele ar misto de professora primária e assistente social dos serviços de reinserção, a nova ministra da justiça. "É assim" que se restrutura "os sector" (sic), acrescentava a criatura. É o raio da minuta, outra vez? Parece. Mas talvez não seja. Governo nenhum e de ninguém, como é o governo-Coelho, tem a gente como primeira necessidade. Toda a gente. Mas ainda assim a coisa não está diagnosticada. Há um outro detalhe. Um governo onde se conjugam as máfias (as polícias entregues à Opus hão de dar um belo resultado, não haja dúvida, talvez só excedido pela entregua dos serviços de informação à casa do sino, mais a medicina legal que é para ficar tudo em casa) um tal governo, exige -e vai exigir- o consentimento das vítimas. É o que esta tóxica criatura está a dizer. Com todos, significa que nem o silêncio se tenciona consentir. Com todos significa, com o comprometimento de todos no abuso de que todos sejam (e vão ser) vítimas. É isto. Não é exactamente uma minuta. É a recomendação dos manuais da scrofa papista que a largou. Este "com todos" vale um manifesto político. No papismo, este manifesto está em vigor desde Jaime II. Não é propriamente uma novidade. "Com todos", não é propriamente uma afirmação democrática. É uma utilização fraudulenta do léxico. Mas daqui a um mês a coisa estará mais clara.
PUBLICIDADE NÃO CONTRATADA
O licenciado Paulo Macedo, militante da Opus, Director Geral dos Impostos sob cuja direcção se evitou a busca ao seu Banco de origem na "operação furacão", Director Geral dos Impostos que mandava os seus funcionários à missinha, com ele presente, (isso tendo feito porque o Estado é laico), decidiu botar faladura em público no Tribunal de Contas. E a RTP, sempre fiel à sua função ali estava de câmara atenta. E da arenga com "power point" emerge o logotipo do BCP. Deixou de ser uma marca comercial o BCP? Foi já revogada a Lei da Publicidade? Cada um é pior que o outro. Espera-se que ninguém tenha nisto nenhuma dúvida. E da evidência de serem péssimos resulta que a situação não podia ser melhor. Temos em todo o caso a certeza que "a troika" não mandou fazer publicidade não contratada do BCP na RTP. Este desgraçado vai para a Administração Pública da Saúde. Resulta evidente que um imbecil com este alheamento dos critérios mais básicos de actuação só pode "governar" pelo abuso. Seja lá onde for. Faça ele o que fizer. Antes sequer do acto de posse, já a criatura deve indemnização ao Serviço Público de Televisão por determinar a emissão de publicidade não contratada ao banco que o emprega, que o promoveu e para onde tenciona voltar daqui a uns meses (se ainda houver bancos na tugária, o que está longe de ser certo).
TUDO VISTO
A esperança do labrego é a minuta. Desconfiado - Deus saberá porquê - que quanto tem a dizer não pode ser dito, o labrego encontra neste "pronto-a-dizer" um grande conforto. Feliz ou infelizmente acrescenta-lhe sempre aquilo a que a minuta chama "a mais valia", o cunhozinho pessoal que (Deus seja louvado) lhe "lixa" tudo. É o caso de Álvaro Santos Pereira. Genuíno Marcelino. Ministro da Economia. ("Ele há coisas"...). Vinha o pobre rapaz da RTP, solicito, desempenhar a sua tarefa de inventar um "estado de graça", de alimentar expectativas, enfim, de possibilitar à criatura dizer alguma coisa que "coisasse" alguma coisa, com alguma coisa, ou por alguma coisa e ele, pimba. Sem mais. A minuta. A concertação. O emprego. A competividade. Não parecia suficiente. E o rapaz da RTP propiciou então uma concretizaçãozinha. Nestas coisas - o rapaz tem razão - convém sempre largar umas generalidades com papel de particularidades. Perguntou então à criatura que coisas poderiam esperar-se em matéria de emprego. E a particularidade saltou: -"Vai-ça-vêr, vai-ça-vêr". Ora, "carago", como se diz no "nuorte". Está tudo visto. Venha o próximo. Uma palavra para o denodo do rapaz da RTP que, não obstante, logrou noticiar isto como se fosse uma enunciação de prioridades. Eis um homem que não desiste facilmente. O dia da tomada de posse nasceu com uma acentuada comicidade. Mais tarde virá Kavaco com aquela expressão de dor nas mandíbulas que ele sempre exibe quando (por assim dizer) decide falar.
Sunday, June 19, 2011
A CULPA É DO OCTÁVIO?
Se o garoto não tivesse insistido - só porque era mal educado, pacóvio, mesmo, e porque nunca tinha visto nada em tempo útil - se o garoto não tivesse insistido que a opção imperial haveria de ser ocidental e romana, ao invés de ser - naturalmente- oriental e grega, nada disto tinha acontecido. Agora desliza de novo para a ruina o (novo) império do ocidente e de novo emerge a evidência de sempre: o império será oriental e grego porque não pode haver império contra a Grécia e contra o Oriente. A culpa é do Octávio portanto. Mas o Octávio não fez a Opus, nem os legionários de Cristo. Tão pouco fez o BCP. E nem sequer fez a "nunciatura apostólica" (isso foi Mussolini). Nem a embaixada americana (essa parece ter sido de Luis XVI que, coitado, bem podia ter estado quieto e calado). E além do mais, Octávio, parece, pediu à hora da morte o aplauso de fim de peça. Afirmou-se actor. E rompeu a fronteira do seu poente envolvido numa salva de palmas. Sendo certo que no dia seguinte e como todos os dias a alvorada gritou, mais uma vez, sobre o mundo: "ex oriente lux". Já la dizia o outro, (não é?) "Was nützt es dem Menschen, wenn
er Lesen und Schreiben gelernt hat, aber das Denken anderen überläßt?"
Acto Falhado
"España vuelve a la calle" é a chamada de primeira página do jornal nacional-católico ABC para a sequência (impressionante) de reportagem fotográfica. Depois "põe-se na linha" e diz "15M vuelve a la calle". O acto falhado é significativo em si próprio. Se a primeira expressão de um conservador ao olhar o fenómeno é a que se registou, está tudo dito quanto à importância política do fenómeno e quanto ao seu impacto nos sistemas de convicções dos funcionários, dirigentes e demais serventuários da estrutura em queda.Gostamos do ABC por isto. Ele dá (mesmo) o estado de espírito da sua gente. Sem máscaras. E isso é formidável. Os nacional-católicos preparam em Espanha um governo que esperam ter nas próximas legislativas. Não sabemos se há "España" na data das próximas legislativas. Mas se houvesse uma coisa e outra, um eventual governo conservador teria morrido enquanto projecto e seria (será) um nado-morto. Exactamente como o é o governo de parvagal. (Só que os infras de parvagal são "muita estúpidos" e é preciso que lhes expliquem muito devagarinho que já morreram).
CLIMA DE ALARME
Uma rápida passagem de olhos pela imprensa italiana dos últimos dias, revela um clima de aflição diante da possibilidade da insolvência do Estado Grego, que efectivamente já faliu (politicamente falando e essa primeira falência é decisiva). Os gregos não aceitam já nem o partido do governo, nem os da oposição. Impor-se-á uma solução islandesa pela rebelião popular?... Os estados europeus devem compreender o desvio extremo em que incorreram relativamente ao projecto normativo da democracia, mesmo face aos legados institucionais de Roma, a coisa exige medidas drásticas. Na verdade o regime democrático seria aquele onde não é necessário fazer nova revolução, porque seria (e isso deveria tê-la definido) a institucionalização suficiente dos meios de protesto e derrube de qualquer iniquidade sem convulsão social e política. Se a coisa não é assim é porque o sistema cedeu às tentações dos seus oligarcas. E cedeu. Mas há sempre um momento em que importa prestar contas dessas cedências. Esse momento chegou. Chegou em circunstâncias paralelas àquelas em que caiu o regime nesse evento fundador chamado Revolução Francesa. O Estado, último garante de tudo, tinha ele próprio contado com os recursos económicos de uma ilusão. Isso custou tudo, a todos. E não estamos longe disso, nos tempos que correm. A Islândia soube remeter toda essa tralha ao lugar onde ela deve ser analisada e decidida. Fez referendo para saber se se socorriam os bancos ou não e o referendo disse que não. Gestores bancários e Governo foram remetidos a tribunal. E a Islândia iniciou uma via de recuperação económica assinalável, politicamente livre de idiotas e de parasitas. Nos outros lugares, a coisa parece diferente. Tudo indica que as coisas devem ser impostas na rua, sob agressão das forças de segurança, com mortos entre os manifestantes e com os mesmos idiotas, os mesmos partidos e as mesmas máfias a defenderem o que lhes resta do negócio, da posição, do futuro que ainda lhes parece haver. Mas o alarme retira-lhes qualquer lucidez. Investem disparatadamente em forças de segurança cujos membros e comandos se fazem imediatamente e por isso só, réus em processo criminal (porque as forças de segurança são para proteger a comunidade e não para a atacar e o abuso funcional do poder torna-se aqui claríssimo e será tanto mais grave, quanto mais acobertado fôr pelas instâncias da vida judiciária). Investem em guerras externas de natureza colonial e que não podem ganhar. São completamente palermas. E ninguém das pessoas respeitáveis - ninguém de primeira linha - aceitará doravante e facilmente comprometer-se com tais governos. E parvagal as coisas são sempre piores, são sempre mais frágeis, quebram sempre mais facilmente que nos outros lados. É importante que ninguém se comprometa com o governo Coelho, as suas pêgas, as suas ânsias, as suas inépcias e as suas máfias. E importante manter as distâncias relativamente à corja papista cujo património no território deve reverter integralmente para pagamentos indemnizatórios (sendo previsível que não vai chegar para ressarcir metade das barbaridades que tal gentalha andou a fazer e é necessário portanto congelar os fundos que o vaticano tenha no exterior e penhorar as casas que tem em Roma e em todo o lado). A corja pretensamente maçónica deve ser trazida a tribunal do júri popular e aí responder por tudo quanto andou fazendo (e não foi pouco). O estatuto da função pública deve proibir, no futuro, o secretismo de qualquer filiação partidária, confessional ou associativa que não podem deixar de ser declaradas e registadas (que é para se ter uma noção das intrusões possíveis e das incompatibilidades de interesses plausíveis). Talvez não seja necessário proíbir (com exclusão das organizações que venham a ser declaradas criminosas, como é o pausível caso da ICAR e das "Grandes Lojas" à repugnante moda do repugnante lugar) mas é seguramente necessário saber. Não há solução da crise económica, sem a solução política da crise moral. E esta solução política - falhada clamorosamente a resposta instuitucional- deve ser insurreccional. Em todo o lado. E também em parvagal. A cujo território - caso se entenda que deve continuar a existir- deve mudar-se a asquerosa bandeira, o horrendo hino de meio fado e tudo o mais que lembre esta gentalha (talvez se possam até proibir apelidos como "Dias Loureiro", "Teixeira da Cruz" entre outros que igualmente sejam causa de repugnância do comum dos cidadãos). Mas só a Revolução salvará a Europa do Sul.
Friday, June 17, 2011
CASA DO SINO À ITALIANA: PROSSEGUE O DESMANTELAMENTO
A rede envolve intrusões nos serviços secretos e nos serviços de finanças, cumplicidades no universo judiciário, na magistratura judicial e evidentemente nas direcções político-partidárias. Evidentemente. E salta tudo cá para fora. Naturalmente. É um caso importante para seguir com atenção. Nas terras parvaguesas as coisas são mais graves (porque eles são menos hábeis) e cada um deles mete a respectiva scrofa na coisa e depois reforma a scrofa, ou despede-a, e mistura os "mignons", mais os "homens de mão" (alguns deles sem braços), tudo se transformando numa lixarada onde felizmente todos se entreodeiam à excepção dos periodos de grande expectativa (como é o caso da formação do governo-Coelho, um governo deles para todos os efeitos práticos e teóricos, reais e imaginários). Mas estão em todo o lado. Nas polícias. Nas finanças. Nos serviços de informação. Nos tribunais superiores. Na banca. Em todo o lado. Nos jornais também, mas felizmente ninguém os lê. No foot, também. E nas corporações profissionais (lembram-se da corja da universidade independente a pagar a lista da corja do Rogério Alves, de acordo com o grito do Amadeu?)... E em nenhum lado falta dinheiro. Há é ladrões em excesso. Ao lado destes desgraçados ainda há a corja da Opus (convém não esquecer). E de tudo convém tratar a seu tempo. Naturalmente, a crise das estruturas italianas (destas estruturas italianas) gerará a repetição do fenómeno que será o refúgio da coisa (ou do que dela sobrar) na Peninsula Ibérica e sobretudo em parvagal, podendo embora haver um desvio para terras entretanto infectadas como a linda Roménia, a adorável Bulgária e a digna Sérvia (não falando já daquele reino de fantasia e paisagens irreais que é o Montenegro). Mas em todo o lado há gente capaz de os neutralizar em tempo útil. Em parvagal é que não.Pensam eles, pelo menos. (Porque em duas semanas esta gentalha põe-se toda no sítio que lhe é devido, bastando querer pô-la lá).
ANARQUIA MONÁRQUICA CONSTITUCIONALIZÁVEL
Os belgas passaram a barreira de um ano sem governo. Nunca ninguém os
viu tão distendidos. Nunca as coisas funcionaram tão bem. Nunca as
diferentes comunidades se trataram com tanta cerimónia. Nunca a
prepotência foi tão inviável. Se isto continua assim fica realizada a
improvável utopia da arnarquia monárquica. Ensaiemos o que poderia ser
uma constituição de coisa assim: artº 1º não há constituição; artº 2º
ninguém fica incumbido de executar o artº precedente; artº 3º não há
governo, podendo em todo o caso contratar-se uma gente para fazer as
contas e pagá-las; 4º há porém rei, porque é giro, em monarquia católica
porque sempre assim foi, devendo o vaticano estar sob processo judicial
permanente. Perfeito. Isto basta para tornar habitável a horrivel cidade de
Bruxelas. Só falta transferir as montras de pegas velhas do Congo (ali
diante da Gare du Nord) para qualquer residência eclesiástica em Roma
(sugerindo nós a da via della scrofa, por ser a rua com o nome mais
apropriado). E podíamos mandar já para lá o Coelho, também.
ANIBALIDADE CONSUMADA
Num riso alvar em boca sem lábios, o néscio ingeria a hora para que tinha nascido. Consumou-se a anibalidade do governo-Coelho em parvagal. E mais valera que não tivesse nascido. Isso é nítido.
Wednesday, June 15, 2011
ARRESTATO
Ora aqui está o tratamento necessário ao fenómeno. Bisignani da Loggia P4 está no cárcere. Tivémos a P due. Agora temos as P3 e P4. Mas na cadeia há lugar para todas. Não tem nenhum problema. A coisa assegurava "protecção judiciária" (imagine-se) e não cobrava mal por isso. As corjas da Grande Loja da independente que direccionem para aqui as ventas, apesar da tugária estar com algum atraso e de na tugária tudo ser p2, p3 e p4 (embora à portuguesa). Já lá dizia o Nandim de Carualho, grão mestre, que aquilo era uma p2. Mas há mais que p2. Trata-se dos filhos das p, pelos vistos. São muitos, parece. Tantos quantos os da padralhada pederasta e mantêm aliás estranhos negócios entre si, "ad merdae gloriam". Mas qualquer mangueirada resolve a coisa. Na tugária estão em transe porque ganharam as eleições. Mas logo se verá o que ganharam e que coisas hão-de perder.
Monday, June 13, 2011
TRAVADA A DINÂMICA DE VITÓRIA DA DIREITA (QUE HÁ) NA EUROPA DO SUL
Em Itália o bom velho Sílvio perdeu as três consultas referendárias. Nada mal. E a ideia da imunidade do primeiro ministro sempre seria uma tremenda ideia quando estão em causa suspeitas como a prostituição de menores. Ainda que a opção possa não ter sido ditada por ele, ele tem obrigações e não pode, não em casos destes, furtar-se ao debate judicial de tal coisa. Foi justamente o que entendeu o povo italiano. E entendeu muito bem. Falta agora discutir a P2, o Gládio e os tráficos vários que isto envolve. Essa discussão deveria ser judicial. Magistrados para isso, existem lá. (Na imunda tugária ainda é preciso fazê-los). E povo para isso, também há em Itália. Ciau Sílvio, dopo ti parlo.
A OPÇÃO DE CHIRAC
O hexágono discute. Mas discute mal. No "humor" de Chirac não é a senilidade do homem, mas a senilidade da direita conservadora que explica a posição. Esta direita francesa é herdeira da Resistência e do General de Gaule. Viveu e superou grandes perplexidades.Co-existiu, em debate, com grandes vultos do pensamento da sua época. Conhece o valor da liberdade intelectual e aprendeu a respeitá-lo como destinatária das maiores provocações intelectuais e políticas do século anterior. Mas quando esta gente olha o cretino magiar, estremece. Evidentemente. E examinado o espectro político não se vê quem possa representar a liberalidade política que representa este conservadorismo francês. Só o "inimigo" tradicional se parece ainda com eles (deste ponto de vista, cuja importância não é, como bem se vê, negligenciável) . Não é a primeira vez que isso ocorre. Supreendente é que os franceses tenham perdido a capacidade de o perceber. Dizem que é humor. Talvez seja. E sardónico, porventura. Morrem sorrindo, então.(E está muito bem). Mas não morrem de riso. Morrem porque chegou a hora de morrer, para eles e para muitas outras coisas. Vamos ter saudades destes. Já tínhamos, aliás, saudades deles.
PREPARAR A DESGRAÇA
Nisto não pode haver grande novidade. É preciso um sinédrio, onde a reforma legal se pondere no plano dos legados institucionais caracterizadores da civilização, desde as leis contra a usura da velha Roma aos legados do filantropismo do séc. XIX. É precisa uma nova escola que permita a análise consciente da corrupção intelectual e da vacuidade de convicções que a gerou e geriu. É precisa outra forma de comunicação com as massas populares. É precisa outra Igreja, onde a beleza encontre a unidade vivida com a justiça, de modo a que novas comunidades venham dar corpo ao projecto de transfiguração do mundo, ao qual uma nova espiritualidade de velhos mestres conferirá energia (ou seja e à letra, actividade) e dinamismo (i.e. poder). A Igreja é o mais velho, o mais belo e o mais consistente projecto de transfiguração do mundo. Eliminado o execrado papismo que se sumirá na falência (e só o dinheiro o sustenta hoje) a nobreza da Ortodoxia da Fé impor-se-á por si própria, no diálogo natural com as demais religiões (à excepção do papismo, que isso é organização multinacional de pederastas, traficantes e homicidas, cujo primaz confessou já o corte de todos os elos com a Tradição ao deitar fora o uso do título de Patriarca do Ocidente, Patriarcado que, evidentemente, importa restabelecer no contexto de Fé que é o seu). Nada de novo no que há a fazer. Resolvidos organizacionalmente os embriões destas estruturas, o novo exército e a nova judicatura são fáceis de erguer. E as nacionalidades históricas da Península coexistirão em criativa paz, numa Europa tão nova como tal paz, cujo limite oriental é Vladivostok e há-de erguer-se sem estados vassalos, sem povos de servos, banindo o homicidio e a pilhagem como política de estado. Não é dificil que seja assim. Muito embora, evidentemente, os filhos das trevas sejam sempre mais diligentes que os filhos da luz.
RADICALIDADES
Neste fim de semana uma bomba explodiu numa sede galega do PP. Parece excessivamente estúpido pôr bombas em sedes de partidos que se não mostram descredibilizados, bem pelo contrário. Parece portanto tão estúpido que o mais natural é que tenham sido os próprios a fazê-lo (única forma de aqui se encontrar alguma inteligência e alguma utilidade). E isso assim olhado poderia servir não apenas a dinâmica de vitória do PP, mas também se mostra um pretexto magnífico para uma radicalização securitária. Em todo o caso, a Espanha radicaliza-se. Isso é seguro. E o PP mostra-se apto a dispensar qualquer "nacionalismo espanhol", qualuqer direita radicalizada além de si próprio. Organização que envolve a herança material e humana do franquismo, o PP pode conduzir ele próprio ( e ser ele próprio) qualquer radicalização de "direita". Mas além das terras dos cruzados e da cruzada, a Turquia deu uma lição magnífica na confirmação da estratégia política do governo. Foi uma leeição onde todos os grandes partidos subiram. Uma eleição onde ninguém (que ali conte) perdeu fosse o que fosse. A Turquia recupera a sua importância na cena política internacional. E vamos ter mais algumas surpresas nesta matéria. O Kemalismo perde terreno e se não se maleabilizar, quebrar-se-á. Este crescimento de importância da Turquia pode ser um instrumento importante (um catalizador, porventura) do declíneo da "Europa" que ousara imaginar-se "até aos Urais". Se assim for ( e parece ser), ainda bem.
Sunday, June 12, 2011
O DESCALABRO
Os alemães manifestam-se na rua contra o apoio à Grécia. E os gregos manifestam-se contra o aumento da austeridade e as novas medidas. Merkel essa demo-cristã que cresceu comunista - e é portanto mulher cheia de convicções e princípios - veio dizer a público que desta vez ainda se paga aos gregos, mas para a próxima veremos. O governo da Hélade já começou a vender (ao desbarato) património público. E toda a gente diz já que é preciso restruturar a dívida, sendo certo que toda a gente diz que isso seria o reconhecimento da insolvência do Estado e essa insolvência do Estado acarretaria a insolvência dos credores do Estado grego. Mas a execranda tugária entra agora no cenário. E nesta gente, nesta coisa, ninguém percebeu ainda o perigo que transporta. Vai ser a primeira a quebrar. O primeiro ministro nem para chefe de sala de um restaurante serviria. E "a europa" vai pagar caro o sopeiro cujo alçamento consentiu. E arrastará tudo o mais. Sarkozy, enfiado numa guerra de desespero pela água e petróleo da Líbia, quer restabelecer as fronteiras. A Itália começa a querer deixar o Euro (enquanto é tempo). A Alemanha, Inglaterra e França estão ameaçadas directamente pela situação debitória da Europa do Sul, cuja ruína determinaram. A América do Norte perdeu já completamente a viabilidade económica de qualquer nova guerra sua. E perdeu o controlo do "seu hemisfério". Se Kadafy aguentar um ano de guerra, ganha-a. Aumenta portanto o desespero da "política" de homicídio. Querem matá-lo. E à família toda. Mas Kadafy pode bem ser mais sólido que o sarcoma húngaro. E a UE desagrega-se, deixando um ressentimento sem precedentes na Europa oriental. A Sérvia terá quatro estados. E a Rússia reinará como senhora das estradas da vida para a Europa que nada significará mais além da História e algumas patentes industriais. Uma vasta multidão de dirigentes menos que mediocres convencerão os respectivos povos que "é inevitável" a hegemonia asiática. E os homens da tese do "choque das civilizações" revelam-se eficazes. Conseguem milimetricamente provocar tudo o que temem. E perder tudo o que prezam.
Saturday, June 11, 2011
1O DE JUNHO NA TUGÁRIA
A tugária faz festa no dia da grande vitória de Saladino sobre o cruzado leproso Balduíno em Marj Ayun. Para a historiografia militar do papismo a derrota terá ficado a dever-se à histérica conduta do Grão Mestre do Templo que furtou ao leproso a disponibilidade da cavalaria. Na verdade a derrota deve-se ao facto do papismo ser coisa imunda e de ter sido posto no mundo para que os povos possam encontrar facilmente o motivo de rebelião contra o pecado, a doença mental, a dor, a injustiça e a morte. Por isso tem Deus consentido na presença dos execrandos papistas. Os imundos papistas são - servos de satã - uma presença agressiva e corrosiva que os filhos de Deus devem eliminar de suas vidas, das suas terras, de todos os seus horizontes, com excepção do da memória. Pois foi esta feliz data que a tugária escolheu para festa de um poeta interessante que na tugária morreu de miséria e desespero, como aliás tudo o que de interessante tenha vivido neste execrando lugar. O caracter repulsivo do sítio (que o papismo engendrou) está patente no fenómeno do inteiro povo a querer e (boa parte dele) a conseguir fugir de lá. A tal fuga (uma das maiores que a história registou) se chamou "expansão", "descobertas" e até "império português". Embora, na verdade, quanto isso ensina é que a imunda tugária papista só é suportável à distância para quem lá viveu. E disso se tem servido a imunda tugária para sobreviver no seu papismo pedoclasta e imundo (consegue contrapartidas pelo horror que infunde e lucra com a fuga das gentes). Neste 10 de Junho, enquanto celebrávamos a queda e a infelicidade do papista leproso e a liberdade da Terra Santa, alcançada pela graça dada a Saladino, os doentes mentais da tugária reuniram-se em Castelo Branco para falarem da saúde e da cura. Mas a saúde e a cura são simples. Basta atirá-los ao mar (talvez do penhasco de Sagres). Na tugária a liberdade (e a saúde política) está em cada penhasco, em cada ramada de árvore, em cada pedra. (Já Séneca nos tinha dito isso, embora quanto a outros lugares e com outro alcance). Basta estender a mão. Basta decidir.
SÓCRATES EM PERCURSO CONTRA-PLATÓNICO
Quinze anos de estudo, quinze anos de serviço nas fileiras. Era depois disso que o estudo da Filosofia deveria vir na utopia platónica. Mas o Pinto vai pensar melhor nisso. E mais vale tarde que nunca. Com um pouco de sorte, lá para os setenta estará operacional. É inegável que diante de um anormal como cavaco - que desmaiou quando lhe deram os resultados das eleições que o varriam - o Pinto Sócrates está muito perto da normalidade. E é talvez esse o problema. Eles detestam tudo o que -mesmo remotamente- lhes lembre qualquer normalidade. O Pinto Sócrates levará um dos putos com ele. E faz bem. Deveria aliá ser proibido crescer numa terra de merda. Cesteiro que faz um cento, faz um cesto. A merderie não será nunca diferente de si mesma.
Monday, June 6, 2011
O ASPECTO DAS COISAS
Le Monde mostra hoje, para horror da Europa, o sorriso da boca sem lábios de Passos Coelho (boca de lagarto) e a boca de orca aberta do respectivo contrapeso. Tremendo. Não há dúvida. As coisas que se aturam nesta execranda terra... A eleição foi anunciada por uma carga de polícia no Rossio. Claro. Os próximos seis meses são de brutalidade. Daqui a seis meses não se sabe se há país. À cautela (isto foi programado?) A França pretende pôr termo à livre circulação e restaurar as fronteiras. Os conservadores andam doidos, porque não sabem exactamente o que fazer. Mas a tugária e a África terão de haver-se com um cordão sanitário que lhes veda o acesso à Europa, isso parece certo. E nada disto tem bom aspecto. É até muito parecido com a prefiguração de um colapso institucional. Mas Sarkozy vai cair. Merkel também. Resta ver que outras coisas caírão com eles.
Sunday, June 5, 2011
CONSUMATUM EST
Parvagal preferiu um desgraçado de classe média baixa urbana a um chico esperto de classe alta rural: José Sócrates Pinto de Sousa vai à vida (e parece que a tem). O programa de governo está feito. E é externo. O desgraçado Coelho apresenta-se à posição de feitor. E como todos os desgraçados de classe baixa exercerá as funções com brutalidade que é quanto entende da "aut'ridade". A "direita" que os cerca traz a revanche já expressa nas intervenções de Pires de Lima filho e da enjeitada Paula Teixeira da Cruz. Da Opus à Grande Loja sobram as razões de aumento da promiscuidade, seja no Estado, seja nas corporações profissionais. É interessante que a revanche é sobretudo pessoal. Não perdoam ao Pinto de Sousa a suficiência. A "boa figura". A fluência. (São alérgicos à fluência, porque para eles a fluência traduz o estatuto na estratificação social e a fluência é "deles", para eles e "ilegítima" noutros, senão perigosa) Será um periodo de chumbo. Mas talvez não chegue a anos. Periodo comandado pelo "cabrão de boliqueime" (como bem o designa o blog das mães de bragança). Periodo de infestação dos aparelhos pela corja papista, pela gente oligofrénica das imundas faculdades de direito locais. E, em síntese, não poderiam ser piores as coisas. É de antever o regresso a taxas de mortalidade infantil espantosas. E uma regressão significativa na esperança de vida, porque a direita nunca perdoou o sistema nacional de saúde que olha como um esbulho de oportunidades de negócio seu. Querem que os caminhos de ferro tenham lucros, como todos os transportes públicos e portanto a malta vai passar a andar a pé. Nada deixará de ser pior do que se imagina. E isso não é tão mau como parece. Porque isso empurrará uma terra de poltrões, de castrados, de paneleirice endémica, de indigência intelectual, de papismo (do mais imundo papismo) empurrará esta terra de gente abaixo de qualquer qualificação possível à necessidade imperiosa da revolta. Isso não é mau. É até relativamente interessante. Houve mais de quarenta por cento de abstenção. Essa abstenção parece corresponder a uma radicalização à esquerda, da esquerda que abandonou o Bloco e o PS. O número total da abstenção corresponde à margem de pessoas que aceitam a inclusão das regiões do território sob a tutela directa da coroa espanhola. Isso também não é mau. Aliás já vai ter-se um primeiro ministro que não fala exactamente português.
TUDO NA FORMA HABITUAL
Prosseguem as eleições na tugária infecta. O afluxo às urnas não é grande, nota a imprensa internacional. Mas ainda há quem ali vá exercer (criminosamente?) o seu "poder de anuência". Prestar o seu consentimento de vítima aos canastrões (papistas, por sinal) que conjuram a ruina. Não estão os colégios de pedrastas papistas cheios de crianças ali são postas pelos próprios pais?... Para eles a normalidade é o Coelho e o Pinto Sócrates e a isso chamam "centro "ou "centrão". Só a consumação da ruína libertará esta terra. E só isso permitirá mandar esta gente servir para o Afeganistão, ou para a Líbia. Ou em alternativa (plausivel) teremos ainda a indisposição de os vêr pendurados nos candeeiros ao longo das avenidas como há-de querer a rebelião das exasperações. Ainda teremos, para cúmulo, que aturar tal espectáculo? Eles não serão menos repugnantes mortos do que vivos.
TUDO NA FORMA HABITUAL
O general Mladic compareceu perante o pseudo-julgamento dos inimigos num tribunal insusceptível de reconhecimento. O tribunal que protegeu (e protege) os albaneses do "governo do Kossovo", vendedores de órgãos retirados a prisioneiros sérvios assassinados para tal comércio. Mas enquanto Mladic encarava os algozes mascarados de juízes, o execrando Ratzinger, acabada a campanha da burla de Fátima à qual o papismo dedica o mês de Maio, foi arengar à Croácia. Não se sabe se o execrando velho espera ainda -como diz a burla de Fátima- a conversão da Rússia pelo indigente tuga. Mas parece esperar que o modelo de catolicismo croata venha influenciar a Europa. O modelo de Stepinac. E de Jasenovac. O modelo do comandante de Jasenovac, Fr. Filipovic. Um asqueroso franciscano. (Nunca conhecemos um franciscano que não fosse asqueroso). Mas se os papistas franciscanos são homicidas potenciais, este Filipovic foi efectivamente um genocida. Mas talvez satã leve Ratzinger, ou talvez lho expeça um seminarista sodomizado dos legionários de Cristo. Não se pode olhar para esta corja sem um impulso de vómito. Dá-nos, batuska Bogdan Khmelnitsky, a tua shashka vitoriosa. Empresta-nos o teu ímpeto batuska Simeon Boudyony. Possam os mastins otanascas sumir-se nos infernos de onde vieram. E que nisso se sumam também as impiedades com que insultam o Cristo nos altares onde servem satã.
Friday, June 3, 2011
ASQUEROSO
É completamente falsa a ideia em cujos termos um alarve é alguém a quem falta educação. Não falta educação a ninguém. É impossivel a falta de educação porque o comportamto não tem inverso. Ao alarve não falta educação. Foi é educado para alarve. Por alarves. E isso fica-lhe colado à pele. Integra a identidade pessoal. Pode-se acumular sobre o alarve, ou dentro da respectiva cabeçorra, quanta formação técnica se pretenda. Isso constituírá apenas protecção da e para a alarvidade. Acreditação da alarvidade. Pode-se promover um alarve. Mas isso não corresponde a uma "desalarvização". Haverá então um alarve promovido. E não mais. Não há uma nobilitação. Seja qual for o quadrante. Aqui vem um bom exemplo. É a educação das casernas. Na maior parte das reacções só vem focada a violência inútil e a cobardia intrínsica, a ausência de qualquer regra de confronto viril. E isso é verdade nestas imagens, claro. A outra verdade é que estas imagens tresandam a panasquice de caserna. (Panasquice, sim e não "homossexualidade"). Esta é a imagem de "poder" na baixa classe média autóctone. E até a de normalidade. A "metafísica" das "instituições" cobre isto como (em sentido estricto) um conto de vigário. Pode ser, no estricto caso, um comandante de companhia, de batalhão, ou de regimento. É indiferente o que digam. (Nem devemos ouvi-los). A crua verdade é que, corridos os doze primeiros anos de vida, as características fundamentais estão fixadas. Podem ser enquadradas. Silenciadas. Reprimidas. Disfarçadas. Mas não serão alteradas. A velhice trará mais vileza a esta gente já tão vil. E morrerão como viveram. É simplesmente assim. Importante era impedir qualquer possibilidade de interferência desta gente nas vidas alheias. Isso não é fácil. Mesmo que seja possível. No limite, era olhar-lhes as ventas, ouvir-lhes as vozes, vê-los à mesa e mandá-los regressar ao buraco de onde saíram. (Ou a instituição equivalente). Sem mais. Nós não precisamos de saber mais que isso. E eles sabem tudo o mais que precisam de saber.
ÚLTIMOS DIAS
Prostrai os corpanzis no chão do arrependimento. Vem aí o Coelho. Mas também a Teixeira da Cruz e o Teixeira Pinto e o Teixeira e Melo. Mais a Orca negra do Coelho. E o Sarnento. E a ruína. Mais o Hades. E a padralhada toda. Quanto ocorrerá é que nos explicarão detalhadamente porque "interviu" a polícia tantas vezes à moda da Bela Vista, à moda de Setúbal, à moda de Sacavém. Explicando que é assim que tem de ser, por via da "autridade do Estado". A padralhada dirá que é assim que as coisas são, que não se pode ter o paraíso na terra. Que quem quer construir o paraíso na terra só terá o inferno, motivo pelo qual se sentem aqui (e são) imunes pela sodomização e prostituição de crianças órfãs. E pelo trabalho escravo de crianças. É preciso aceitar o inferno neste mundo para ter depois disso o paraíso, dizem. E há para isso tantas respostas que a cólera dá (e a História das Instituições e do Direito registam): a forca, o impalamento, o fuzilamento, o garrote vil, a morte na fogueira, a lapidação (como o ordena a Lei Divina). E a colera é a revelação primeira dos ditames da Justiça que a reflexão hé-de matizar, se o conseguir, se a deixarem existir. Pois é. Quem não pensa a tempo, terá de pensar fora de tempo nas coisas em que devia ter pensado antes. Para matizar a cólera das vítimas, eles vão exigir o consentimento visível delas. Como o proxeneta faz à meretriz. Como o burlão faz ao burlado. É o discurso das "melhores intenções". Eles querem "ajudar". "Dar a mão". A contrapartida é o "dever" da adesão, Da aprovação. Da cumplicidade clara na desgraça própria. E até irão à "elevação" e ao "amor". Amor e "platónico" dirão mesmo alguns, que assim "darão provas" de eruditos. O amor platónico é uma boa confissão, sim. Nele cabe (se acaso não for isso que aquilo é) a violação de uma indigente por um bêbado. (Eles não são necessariamente fruto disto, podem vir apenas da união que se imaginou útil entre um labrego e uma indigente). E o amor platónico, este amor platónico, é o que resulta desses casos da sexualidade infeliz. É como vos dizemos. Prostrai os corpanzis no chão do arrependimento. E quando se ouvir um "houverão" nas bandas do Coelho, parece-nos justificar-se perfeitamente levar a mão ao revólver. E é preciso ficar de sobreaviso para o que der e vier. Porque não é bom o que vem. Logo depois do Coelho virá a rebelião. (Porque Deus não dorme). Levará mais do que trará, mas pelo menos há-de levar algumas coisas destas. Coisas como a orca, o Coelho e muitos teixos que, como bem se sabe, são tóxicos. Com sorte, alguns Alves ir-se-ão igualmente onde for mister mandá-los. ( Para dar a vénia a Coimbra). Quanto a tudo o mais, alea jacta. Pode-se sempre ir pensando à medida que a desgraça vai chegando. O pânico é uma desorganização de conduta pelo terror. Não existe em quem não se deixar desorganizar.O medo existe, claro. Mas também existe o treino que permite fazer o que há a fazer, apesar do medo.Uma recomendação subsiste integralmente justificada: prostrai os corpanzis no chão do arrependimento. Na terra das bestas, as bestas vão consumar - agora mesmo - umas coisas memoráveis. É preciso recordar que à direita e à esquerda (a direita e a esquerda que merecem ser ouvidas) a solução para o colapso do Estado passa sempre pelo despotismo inteligente (singular ou colectivo). Porque será?... Em alternativa há sempre os anarquistas, claro, e esses duvidam de qualquer inteligência atendível em qualquer Estado. E são tão aristiocraticamente provocatórios na sua democracia de base que é tão diificil ouvi-los, como ignorá-los. Mas porque é que havia de ser fácil, não é?... Em todo o caso, difícil, difícil, é o Coelho. Sem esquecer o Hades. (Bem entendido).
Thursday, June 2, 2011
LEONARD COHEN PREMIADO PELO PRÍNCIPE DAS ASTÚRIAS
Sofreu como quem imagina a dôr. Percorreu a vida cantando paisagens e factos que
se encadeavam como imagens nos sonhos de quem dorme. Amou como se sonhasse o amor. Entre os paradoxos que encontrou,
o homem da tribo de Levi terá talvez descoberto o mestre que compreendeu a dor do
mundo e sobre ela derramou a benção de uma lágrima de compaixão. Deu então a si mesmo o nome do
silêncio e seguiu as estradas do Shakyamuni para a luz. Deus saberá em
quantos redis vivem as suas ovelhas. Mas nós temos a certeza íntima que a
inteligência revelada na inteligibilidade do mundo ensinará ao levita a identidade
própria e nisso lhe revelará o que em nenhuma palavra conhecida pode dizer-se.
Há percursos pessoais com significado universal. É belo que um príncipe ligue
ao seu título a tarefa de apontar alguns deles, pese embora a imodéstia
aparente de atribuir prémios a quem está já além de todos os prémios. Não sabemos
se com tão gratas tarefas o presuntivo Filipe VI se fará aceitar como Rei das Hespanhas.
Mas é verdade que assim atraiu sobre si os olhares dos mais despertos dos
homens. Deus o guarde, seja qual for o veredicto que a História Política do
futuro ditar à Coroa Espanhola.
Wednesday, June 1, 2011
CRISTINE LAGARDE
Atlética (e com alguma graça) Lagarde devolve-nos à reflexão sobre a estranha consistência de alguns humanismos naturistas. Não come carne. Mas devora populações. É um pouco como os judeus ortodoxos. Não caçam animais porque a Torah o proíbe. Só matam animais para comer e só os comem se forem ritualmente mortos. Mas veja-se a facilidade e a crueza com que caçam homens na mais radical dispensa de qualquer rito...
A EUROPA DE MERKEL E LAGARDE
Está sob ataque dos colibacilos da tripa de vaca. Raramente vimos antagonistas tão bem calibrados na consistência recíproca. E os pepinos espanhóis disseminam a infecção. Como são sábios os arcontes que governam tais esferas... Que humor. Cesse tudo o que a literatura antiga canta. Cidades atacadas por ratos, era o que conhecíamos antes. Mas isso, ainda assim, é intensamente dramático. (E há sempre um flautista que tudo salva). Escolheu-se agora uma coisa mais rasteira. Nenhuma narrativa comporta alguém a tocar flauta diante das bactérias... Para que a história fosse perfeita, a sede vacante do FMI deveria preencher-se no quadro de uma diarreia sanguinolenta e severa da vegetariana Cristine Lagarde. O abdómen deve cumprir a sua função de garantia de humanidade. Parece ter sido feito para impedir os homens de se considerarem facilmente deuses. O bom velho Nietzsche bem avisou. E não foi o único.
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