Os “especialistas” puseram-se a pensar. E pretendem que a paralisação dos industriais e trabalhadores dos transportes rodoviários, não traduzindo embora “tecnicamente” um “lockout”, corresponderia materialmente a este (!?) e portanto “poderia” (!?) caber na proibição constitucional desta conduta. É comovente o esforço que ocasionalmente fazem para pensar, embora em regra o façam pelos piores motivos. Mas quando estes infelizes se põem a pensar, dá nisto. Querem uma desculpa para a intervenção violenta (policial, designadamente) mas não sabem qual haja de ser. Embora também se não veja que utilidade teria a intervenção violenta. Contra ordem não vê exactamente como haveria de forçar-se (materialmente falando) alguém a por em circulação os seus veículos de transporte. Podem arranjar-se soluções várias (desde a requisição, até à tipificação de novos ilícitos penais), mas mandar uma força de polícia forçar alguém a mandar conduzir os camiões, ou a conduzi-los… É, à partida, um fiasco grotesco. Aliás as cadeias já estão sobrelotadas. Vão prendê-los nos estádios, ou nas praças de toiros? De resto, há um detalhe elementar chamado liberdade contratual. Ninguém é obrigado a contratar. Nem nos transportes. É difícil resolver esta coisa, sim. Evidentemente não é impossível (esta coisa podia até nem ter começado). Mas Contra Ordem não tem responsabilidades formativas da corja. E fica-se a observar. Por ora.
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