A OTAN mantém a sua provocação militar nas fronteiras da Rússia, procurando conservar em urânio empobrecido a múmia de Saakachvili, grande e único monumento da respectiva política para o Cáucaso. Revolução Rosa, diziam eles. Coisa bastante negra, afinal. A Santa Rússia não se ilude quanto ao casus belli. Um óbvio suicídio da OTAN. Oficialmente apresentam-se “em socorro da Geórgia” que os não quer lá. Apresentam-se com a sua clamorosa inépcia militar (foram eles quem rufianizou os rapazes a quem Saakachvili chamava forças armadas, com tal treino os deixando em estado de debandada à frente dos escassos dez mil homens da Divisão Russa que ali foi para resolver o problema e o resolveu). A OTAN traduz-se em exércitos de funcionários, coisas de opereta e propaganda, especializadas no cobarde ataque a populações civis na escora das armas que teoricamente combateriam sem eles e teriam a inteligência que lhes falta. É o que sabem fazer bem. E o que se vê por todo o lado. Conseguem bombardear igrejas, hospitais e embaixadas, como demonstraram na Sérvia. Conseguem deixar tudo contaminado pelo urânio empobrecido. É quanto deles se conhece. E com isso se propõe aquela gente desencadear, em casa alheia, problemas que não conseguirá nunca resolver. A oposição georgiana mantém a exigência do enterro de Saakachvili, em manifestações de rua contínuas. Desde há um mês. A imprensa da UE diz que, hoje, ainda são vinte mil os manifestantes (serão portanto, presumivelmente, dez vezes mais). E as unidades militares que restam parecem à beira do motim. A U.E. oferece-se no papel de lubrificante, como”mediador”. A falida Ucrânia oferecerá à OTAN a existência da revolução laranja, mas corre o risco de perder a Crimeia – presumivelmente sem um tiro disparado por forças externas - e qualquer perspectiva de futuro das actuais fronteiras orientais. Os papistas da Polónia, com a moeda já a valer metade, talvez se candidatem a mais uma desvalorização em metade do que resta, para acabarem de arruinar os bancos que nela investiram (como o BCP). E se a Rússia comprar a Quimonda, passará a deter em permanência o controlo dos tugas na OTAN, porque passará a controlar directamente 5% do pib que estes não podem perder sem perderem a própria viabilidade a curtíssimo prazo. É bastante mais barato e muito mais eficaz que uma guerra. Lá para Outubro veremos melhor o significado disto.
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