A Assembleia da República do tremendo tugastão bem podia aprender com o Parlamento Iraniano. Ali Kordan, ministro do interior, foi demitido pela Assembleia Parlamentar por ousar apresentar um certificado universitário falso, sob invocação da Universidade de Oxford. Oxford reagiu. E nem o Chefe do Estado valeu ao infeliz. (Embora não tenha sido vergastado em público, coisa para a qual ainda nos faltam as explicações). Kordan lá invocou uma “London Oxford University”. Uma (in)dependente de Chelas, está visto, se no Irão houvesse Chelas. Ainda não apareceram o Arouca nem o Verde do lugar, talvez também porque ali não haja disso. Segundo tudo indica, se alguém ali se lembrou de ser Arouca ou Verde, ou até Pinto Verde, morreu certamente com a ideia. Mas o que no Irão não pode haver é um Sócrates. Não sabemos se poderia haver um estupor de uma velha sequer parecida com o estupor da velha. Mas, no mínimo, eles tapar-lhe-iam as ventas, ou parte daquilo. E também isso nos parece conforto apreciável. Concluímos portanto pela nítida superioridade moral e estética do Irão. À beira das eleições do tugastão, devíamos deixar este sublinhado. Sim. Sublinhe-se ainda o genuíno desprezo dos parlamentares iranianos pelos erros de ortografia contidos no pretenso certificado. Em S. Bento, os erros de grafia e sintaxe são regra da existência quotidiana, como bem se sabe. Por tudo, a imprensa do tugastão passou pela coisa fazendo-se desentendida. (Que atrevimento). Mas, também por isso, aqui fica a coisa para a reflexão do Colégio Eleitoral e em prol da abstenção ou do voto de protesto. Só um insensato escolhe entre monstros.
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