Friday, May 29, 2009

ROUCO, CAÑIZARES, A PEDOCLASTIA, A VIOLAÇÃO ABSOLVIDA E A TRANQUILIDADE E ORDEM PÚBLICAS

Para os papistas o prazer é ilícito em si mesmo e portanto, parece, tanto lhes dá o sexo fora do matrimónio, como a violação, ou, porventura, mesmo, o abuso sexual de menores. É o que vem dizer o pasquim do cardeal Rouco Varela de Madrid. Por isso, de resto, ao cardeal Cañizares parece pior haver quarenta milhões de abortos do que a padralhada papista andar a abusar de crianças pelo mundo inteiro. É um pouco como se dissessem que, se qualquer um pode ser livre, se qualquer um pode ter o que prefere, os laicistas heterexosexuais são piores do que os clérigos pedoclastas do papismo, porque gostam de “coisas piores”. E, pior, seria, justamente, a relação heterosexual entre adultos livres. Só essa “conduz” aos quarenta milhões de abortos aos quais os papistas gostariam de somar quarenta milhões de processos criminais, pelos vistos, para que nenhuma infelicidade deixasse de ser tragédia e para que nenhuma tragédia deixasse de ser ampliada. Vão ao ponto de dizer que, assim sendo as coisas, ou seja, não sendo o aborto punido e podendo o prazer ser coisa livre, deve ser descriminalizada a violação. Imagine-se. Eles confessam a matriz “doutrinária” do problema. Uma das vantagens da liberdade de palavra, como se vê, é que ela permite olhar sem impedimentos para estes anormais. A igreja papista oferece o espectáculo de um hospício psiquiátrico onde os internados tivessem entrado em autogestão. Quanto ao aborto, como ninguém aborta por gosto, importaria detectar e resolver o problema subjacente a tais números – realmente impressionantes – que vão sendo publicados. E o primeiro problema é a moral papista entranhada no tecido social. A ideia de bastardia – que não pode ter hoje qualquer relevância prática, ou qualquer importância social – a ideia de desonra na maternidade maritalmente desacompanhada, o condicionamento da vida humana à existência de recursos cuja obtenção seria exclusiva responsabilidade pessoal do(s) progenitor(es) e cuja falta seria tragédia inelutável (como se as coisas pudessem ser assim, nos casos em que assim continuem sendo). Tudo isso é lixo. Nada disso pode, sequer de longe, valer a dor moral do aborto. E na medida em que isso - pelo pavor ou pelo medo - determine o aborto, estaremos na presença de mecanismos de constrangimento inaceitáveis. Deviam ser criminalizados em muitos casos e, noutros, simplesmente removidos. A matermidade e a paternidade são valores socialmente eminentes em si mesmas. É portanto necessária uma protecção da respectiva honorabilidade, sobretudo em terras onde a pedoclastia papista anda à solta com a sua pretensa moral. Quanto a Rouco e Cañizares, já deviam estar sob internamento psiquiátrico compulsivo há muito tempo. Tudo isto revela a incompatibilidade da prática institucional do papismo com os princípios de ordem pública. E é preciso extrair daqui as consequências necessárias.

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