Um jornalista-proxeneta mantinha em carteira uns contactos “confidenciais” de juízes e políticos (não se sabendo se como clientes se como profissionais das mesmas artes). Isto no-lo vem dizer com grande excitação o polícia-voyeur. O último caso de voyeurismo relevante não veio aos noticiários e foi usado para a promoção dos pardos polícias da “descoberta”. Eurico de Melo deixara nas mãos de um prostituto-travesti uma pasta do Ministro da Defesa e rapidamente apresentou a demissão por “motivos pessoais”. (Pessoalíssimos, dir-se-ia). Os polícias foram promovidos. E tudo isto correu, sem nunca ser trazido à imprensa. Todavia quem o alegar em público pode sempre indicar os testemunhos destes polícias, do primeiro ministro da época e do dr. Fernando Nogueira. Em última análise há sempre o testemunho do travesti que se deve lembrar bem das lambadas que lhe deram em interrogatório informal. Tudo isto se soube. (É impossível haver um segredo na tugária). Mas nada foi publicado. A infelicidade destes juízes e políticos, parece, terá sido a sua heterosexualidade sugerida pela notícia. Em terra de gente completamente apanascada, “ir às putas” é um crime? Eventualmente. Passou, parece, a era do lema “toiros, putas e vinho verde”. Isso era mais o contraponto do alegado (e ficcionado) lirismo da tugária salazarista. Agora é mais “Fado, Futebol e, condicionalmente, Fátima”. Frequentar aquelas pequenas é um crime, talvez e portanto. Mas não suficientemente grave para justificar a promoção do polícia. Em todo o caso, a coisa é interessante de vários pontos de vista. Um deles é o dos critérios de emprego no canal público de televisão. (Nada que não se intuísse olhando os critérios de elegância da Judite de Sousa, em bom rigor). E também é interessante por permitir agora uma linha de investigação mais acurada para a demência de alguns textos jurisprudenciais… Eventualmente andam tais cérebros a ser comidos pelas espiroquetas. (Seria socialmente mais económico que as leptospiras lhes comessem o fígado e talvez uns mergulhos ali no bugio pudessem ter resolvido melhor o problema). Mas pronto. Se lhes resolvermos isto, retoma-se a normalidade? Vale a pena o esforço da investigação. Eventualmente, a “crise da justiça” é um surto de sífilis. Isto é interessante, também, porque confirma uma intuição sociológica ao alcance do homem comum: as formas de organização naturais na tugária são o asilo, o bordel e a pide (sucedâneo pobre da inquisição papista). Tudo se transforma numa destas três coisas. Quase tudo se organiza sob uma destas três formas. (As outras são coisas de "radicais", expressão quie contém o anátema dos bordeis e dos asilos, mas não necessariamente o da polícia política mais atenta aos "intelectuais"). E uma só coisa parece universalmente presente nestas três formas de organização: a ansiedade histérica diante da sexualidade alheia e própria. Atrás de não raros itens orçamentais estará apenas isto. Uma terra de doentes mentais, em síntese. E isto aplica-se igualmente ao Correio da Manhã, o jornal mais lido da terra.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment