Não seremos nós quem discutirá o género ou a espécie da criatura. Pode ser camaleão (embora intuitivamente, antes nos inclinássemos para a ausência de esqueleto). Será o que for. Mas é hoje abertamente discutida. E cedo foi perfeitamente compreendida. À chegada, chamaram-lhe “ o sr. banalidades”, assim lhe julgando os dotes de oratória. Conhece-se também a sua (dele) profissão de fé quanto à ilimitada capacidade de obediência a quem lher der ordens. Antes era Bush e Blair. Agora é Merkel. Será quem for. Serviria com igual empenho o Presidente Chavez. Não fora a importância relativa de Cacilhas e da Cova da Piedade na caracterização da personagem e dir-se-ia um Fouché. Mas é apenas o esplendor do tuga médio na sua geração. Nasceu para servir (ainda que se permita andar informado do que fazem os senhores nos respectivos aposentos, interesse ansioso que lhe vem estampado no focinho). Surgirá sempre na posição onde o deixar o vento que sopra. A criatura conseguirá agarrar-se ao posto com alguma probabilidade. (Não traduz uma posição, mas ausência dela). Probabilidade alguma, portanto. Mas consideração nenhuma. De ninguém. Nem de quem o empregar. Mais cinco anos, talvez. E um regresso à parvónia que será doloroso. Coisa, de resto, indiferente a toda a gente.
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