Entre os assombros da abstenção nas eleições para o Parlamento Europeu, deve sublinhar-se o caso das antigas Democracias Populares. A Hungria, bordel e pornódromo, aliás falido, parece que não está grata ao "mundo livre" pela posição com que nele se descobre. Na Polónia, nem o papismo se aguenta aos olhos dos decepcionados (Deus seja louvado). Entre Romenos, esta Europa talvez entusiasme o básico Basescu, mas, talvez por isso, arrepiará os demais. A Bulgária não se sente entusiasmada ante a corrupção doada pela "restauração da democracia", sempre arrastando humilhações sobre humilhações à sua gente e ao país. (Isto não falando já do facto do Tribunal de Estrasburgo ter decidido entrar em guerra com toda a Ortodoxia, intrometendo-se no Direito Canónico e impondo um cisma - sem qualquer relevância social ou prática - como se igreja canónica fosse). As repúblicas baltas afundam na mais evidente desmotivação. Esta Europa é para todos eles (como para os portugueses), um negócio de muito poucos a expensas dos demais. Não obstante as generosas contas, generosamente pagas pela Alemanha. (Sempre transbordando de boa vontade, mas pouco exigente com os capatazes locais, uns Barrosos, ou coisas mais pardacentas ainda). O fenómeno está bem detectado no olhar algo mais do que crítico da Suécia. O eleitorado sueco reagiu em conformidade. Que andamos nós a pagar, ao certo? Expliquem-nos isso, pensa o sueco. (Mesmo aquele sueco com arzinho de tição que chegou do Quénia há uma geração atrás, foi bem educado, como toda a gente e, em conformidade, é gente como os demais). Eis o que, tudo ponderado e tudo junto, pode bem ser o princípio do fim de muitas coisas. Assim Deus o permita. (Sem quebra de estima pelos voluntariosos alemães).
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