Ali Khamenei tomou a palavra sobre a situação política iraniana, na presidência da Oração desta Sexta-Feira. E ordenou, com o imenso peso da sua autoridade religiosa, diante da imensa multidão que o escutava, o fim das manifestações. Reafirmou - e bem - o resultado das urnas. Mas a oposição fez já saber que saírá à rua no Sábado. Os chefes políticos europeus apelam à moderação dos dirigentes do Estado. E as noticias (europeias) quanto aos pretensos indicios probatórios da fraude significam realmente muito pouco, além de uma história muito mal contada. Independentemente das razões do dissídio, estamos diante de um prenúncio de guerra, cuja primeira manobra é o desgaste da liderança do Irão, nitidamente em mira de ataque iminente. Tal ataque, face à penúria de meios do momento, poderia idealmente substituir-se pela sub-contratação assente nas minorias étnicas e ideológicas, exasperando as tensões até à Guerra Civil. O neto do coronel Reza Khan anda excitadíssimo com a perspectiva de poder haver (mais uma vez) um fantoche coroado. E dessa tremenda figura poder ser a dele. (Na verdade, um príncipe Kadjar seria posição bem mais digna do ponto de vista Monárquico e provavelmente mais aceitável do ponto de vista religioso, atento o martírio de Seyyed Hassan Modaress). Uma desgraça, isto. Uma desgraça a clamar pela desgraça. Estamos realmente perante um crime seriamente indiciado. E diante disto há muito pouca coisa a fazer. Ali Khamenei - homem de perenes silêncios - nunca se caracterizou pela hesitação em combate. Feliz ou infelizmente, assim continuará a ser. Possa Mohamad al Mustafa interceder pelos seus junto do Trono Eterno.
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