Foi inscrita no património cultural comum esta sequência (estiolada) de guinchos, uivos, silvos e roncos de velhas papistas com os esfinteres lassos. As narrativas são antigas e escabrosas: ele é a cornada metida no cavalo ruço, ele são as tranças pretas da vendedeira invejada pelas clientes, ele é a rua do capelão com a criatura a lamber as pedras do chão e que assim continua até a estátua do "senhor dos passos da graça" a mandar parar (e ainda não mandou). "A pessoa" (como diz o tuga médio) "a pessoa" apanha acidentalmente uma daquelas no rádio do carro e fica logo mal disposta para o dia todo. Pois que é "intangível". (Não é intangível de todo, que o digam o cura mais a cantadeira que com ele levou em pequenina e o fininho que esta pariu para o mesmo fado). Qué é belo o lamento das "piquenas" vítimas das grandes taras a sair dos tugúrios sem ar nem luz, dizem. (É o papismo, está visto). Que é património comum, pretendem. Era mesmo o que nos faltava. Se ao menos fosse o vira do Minho, enfim, lá nos conformaríamos. Agora, o faduncho? Haverá na UNESCO alguém que saiba o que está a fazer?
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment