Enquanto nova rebelião popular desce às ruas das nossas cidades do Cairo e Alexandria exigindo o fim do regime militar, a pressão sobe também nos emiratos, no Iémen e na Tunísia. Porventura mesmo em Marrocos a pressão subirá, porque a coroa está no limiar do grande teste às suas reformas nas próximas eleições, onde a vitória islamita se anuncia de modo mais ou menos evidente. (Logo veremos em que posição fica o monarca). Enquanto isto corre, corre en sentido inverso a pressão sobre o Irão e sobre a Síria. Sobre a Rússia até. O Irão testou publicamente (e com grande satisfação) os novos misseis russos de defesa anti-aérea. E a besta americana veio enunciar ameaças de sanções económicas contra quem colaborar com o Irão (!)... Descaramento não lhes falta. Talvez se a Rússia atirar aos mercados, pelo valor real, os titulos de divida americana esse bando de bestas possa ficar no seu lugar, não?... Ou se cortar o gás à Alemanha. O problçema destes cretinos é que não têm ideia das proporções e ainda não terão percebido completamente qual é o seui lugar no novo mundo. E esse lugar é o de uma periferia sem brilho nem glória. Sem função útil e com um passivo que lhe resulta do passado de pilhagem desenfreada cujos danos devem ser pagos. Enquanto não percebe o seu papel no mundo, o "eixo atlântico" aumenta a pressão sobre o Irão e sobre a Síria. Nesta pressão, a Coroa Jordana está a fazer um jogo perigoso. É bem certo que a Casa Hachmita sempre se olhou como a legítima soberana da Síria, Palestina, Iraque e Arábia (e com óptimos motivos). Mas os melhores objectivos podem perder-se em maus passos. Pacientemente, a Rússia faz notar que a pacificação Síria é imprescindível e declara inaceitáveis as sanções contra o Irão. Por via das dúvidas, sem nenhum toque de clarins, vasos de guerra russos chegam ao largo da costa Síria (onde são muito bem vindos). A escumalha otanasca ainda não percebeu completamente o problema: desde o afogamento dos teutões diante de Aleksander Iaroslavich que a Rússia não tem inimigos. E manda a prudência não tentar descobrir porquê. Quanto à zona europeia do "eixo atlântico", se o objectivo for deixar o salário médio atingir o nível de um dólar por dia, este - e precisamente este - é o caminho adequado a tal objectivo.
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