Sunday, March 7, 2010

PORTUGAL E GRÉCIA

êxitos de Papandreou no plano externo. De França obteve a disponibilidade para o apoio à “garantia europeia”. Merkel compromete-se com a ponderação de uma imposição politica (de travão? paragem?) aos especuladores capaz de lhes vedar a canibalização do Estado Grego. A Rússia oferece a manifestação de boa vontade esperada de uma velha simpatia e negociações satisfatórias quanto aos novos gazeodutos. Dos amigos árabes vem o anúncio de um investimento significativo do Abu Dabi na construção naval grega (e a indústria naval é a mais importante do país). Os USA - a Grécia é um campeão do anti-americanismo – acrescentarão pela certa alguma coisa a esta teia de apoios à política de verdade que Papandreou decidiu empreender. Recorda-se que foi iniciativa política sua a revelação da fraude no tratamento dos números (responsabilidade do governo anterior) que ocultava a real proporção do deficit. Esta iniciativa traduziu-se no enorme desafio que o governo tem pela frente e traduzirá no futuro próximo a indesculpabilidade da manutenção dos truques de dissimulação da fraude em Portugal. Portugal não pode deixar de estoirar. A Grécia pode recuperar. A subalternidade política portuguesa, o servilismo no plano externo, acompanhado da imprestabilidade tuga para o que quer que seja – Açores à parte - deixam o país completamente desarmado no que respeita aos recursos politicamente mobilizáveis no plano externo ou interno. Merkel fez notar a necessidade de modernização do estado administração, onde os funcionários patrimonializam os limites à liberdade de empreender, convertendo as proibições em corrupção. Isso vai acabar, portanto. Em Portugal não acabará jamais. À Grécia foi sugerido que vendesse algumas ilhas para pagar a crise. E a esse insulto, o governo reagiu bem. Na tugária eles estarão dispostos a vender a própria mãe, não sendo todavia certo que alguém pretenda comprá-la. (Todavia a corja papista pode estar interessada em comprar-lhes os filhos). Comparar Portugal à Grécia é realmente má-fé. Bem entendido, os dissentimentos crescem rapidamente entre o helenos e a situação é politicamente explosiva, muito embora o Chefe do Governo Grego tenha, por ora, apoio eleitoral inequívoco e suficiente, mantendo bom apoio na opinião pública, nunca tendo estado em causa a sua credibilidade pessoal aos olhos da sua gente. (Nem teve de comprar a licenciatura depois do quarenta na independente, nem foi promovido pela pedoclastia papista). Na Grécia, a juventude universitária não adere em parte significativa nem ao presente, nem ao projecto. Pode portanto exponenciar a contestação operária de rua e ultrapassar o PASOK. A Grécia tem alternativas políticas no plano global como no regional. Em Portugal a juventude universitária está com os olhos na gamela, vive na mais óbvia indigência intelectual e moral e é globalmente incapaz do que quer que seja. A única alternativa regional à tugária é dissolução na Península Ibérica. E essa alternativa asseguraria, por si, vida mais digna e mais livre à infeliz população

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