As posições sérvias unificam-se com o voto ontem expresso no Parlamento,
bem além do que os próprios sérvios imaginavam possível. Estão prontos a renunciar à integração europeia e a rever posições quanto às relações a manter perante os estados que apoiem a secessão albanesa no Kossovo. Presumivelmente os sérvios deixarão o território sem energia eléctrica e desencadearão um bloqueio económico. Embora não se antevejam quaisquer acções de guerra. Mas os albaneses preparam claramente incursões militares (pelo menos) tendo sido apreendido um importante
carregamento de armas. Em Tirana fala-se de um referendum que dá à pretensa independência as cores de uma
anexação. A Bulgária juntou-se à comum posição da Grécia, Roménia e Chipre. E na ONU sobram inquietações, embora as forças no terreno já se tenham declarado impotentes para defender "cada casa" sérvia, significando isto, evidentemente, que nada protegerão. No Montenegro foi detectado um grupo islâmico com presumível intenção agressiva e com expressivo material informativo sobre as acções da Al Kaeda. E a Macedónia bem pode preparar-se para nova crise. A Rússia mantém inabalável a posição já tomada, a cuja luz as fronteiras actuais dos estados europeus não podem alterar-se, em nenhum caso e sob pena de crise incontrolável. Num contexto de guerra - que a Albânia fará tudo para provocar, q.e.d. - o Estado Europeu que pode produzir soldados mais baratos é Portugal. Sendo também o Estado politicamente mais frágil, é previsível que os dirigentes locais se conformem com a venda de soldados baratos (depois da mão-de obra barata oferecida pelo Ministro da Economia). Não deixa de ser significativo que a única promessa política do 25 de Abril de 74 esteja à beira do colapso. (Só a paz não tinha sido traída). Pode a oligarquia local manter-se, no contexto internacional de crise da Europa cujo esboço está a gizar-se ?
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