O assassinato é um vício e não uma arma política. Não é admissível. Como os bombardeamentos de fósforo não o são na guerra. E o assassinato de um militante palestiniano e dirigente do Hamas enche de justa fúria o Emir que o havia acolhido (e não deve ser o único príncipe enfurecido, não falando já do Sultanato do Omã e demais reinos e repúblicas árabes). O Hamas será um inimigo. Ainda incapaz de proteger a população que se lhe confiou, mas já capaz de fazer com que Israel tenha precipitadamente posto fim a uma ofensiva militar no território. Todavia a “guerrilha de Estado”, consubstanciada em assassinato (terrorismo de estado seria dizer melhor), não tem legitimidade para se queixar da “guerrilha militante” que se olha - digam o que disserem os outros - como resistência e reage no atentado. O terrorismo de estado jamais será legítimo. A Interpol tem agora o rude trabalho de enfrentar a política externa americana. E nas relações internacionais, os árabes têm o rude trabalho de impor o Direito. Trata-se de saber se um homicídio é um homicídio, ou não. Havendo a registar, evidentemente, a protecção que um Príncipe Muçulmano deve outorgar àqueles a quem acolhe. Onze agentes da Mossad foram identificados pela polícia do Dubai. Que também responsabiliza o próprio Estado de Israel. O Chefe do Governo está indiciado. Esperará que a tempestade passe. Mas estas tempestades não passam. E os USA têm de rever a sua terminologia. Onde escrevem “constância”, deve ler-se “burrice”. Essa gralha tem de ser corrigida.
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