O Athos foi profanado pelo papismo que difundiu o “trabalho” feito a expensas suas e para benefício seu. A República Monástica protestou. Sem êxito que se conheça. Bertorello, agente secreto do Vaticano, ter-se-á acolhido com a sua gente junto da comunidade do Mosteiro d’Esphigménou a quem provavelmente ludibriou (a comunidade vétero-calendarista fecha-se sobre si própria e sofre a consequência da falta de informação correspondente). Como se sabe os vétero-calendaristas recusam o “calendário juliano rectificado” (neste, mantem-se a Páscoa em comunhão com toda a Ortodoxia, mas celebra-se o Natal de acordo com o gregoriano). E os vétero-calendaristas andam francamente zangados com o facto de alguém ter ousado alterar o ritmo da oração da Igreja. Esta zanga teve preços para toda a gente e para estes monges também. Um aspecto do preço é serem chamados “zelotas”. E o outro é não receberem a tempo informações das quais deviam dispor mais cedo. Três vezes tentou o diabo papista entrar na Montanha Sagrada. E três vezes lhe disseram que não. Então meteu-se em Esphigménou e daí filmou quanto pôde, colhendo algumas imagens da majestade da Santa Montanha e da beleza do Mosteiro, uma vez que não pôde entrar em nenhum dos outros dezanove. Os santos rebeldes de Esphigménou, a quem Deus dotou de gloriosa teimosia para Glória Sua, como a todos os santos, terão falado abundantemente, suscitando a fraterna impaciência e apreensão dos prudentes abades, a quem o Cristo deu a lucidez necessária à protecção da Igreja. E os papistas terão ficado – coisa sobre todas deplorável – com imagens dos tesouros da iconografia e paramentos de Esphigménou, bem como das preciosas alfaias litúrgicas. Filmaram também os santos monges tradicionalistas, o que é terrível e justifica todas as inquietações quanto à segurança destes. É como dar um inventário de bens à máfia. Com o ficheiro dos defensores. Confiemos no facto da Santa Montanha estar entregue à guarda das gloriosas forças armadas gregas. Mas os Santos Monges comungam todos da aversão ao papismo repugnante e, a seus olhos, não pode ser bom que pervertidos desta natureza (organização intercontinental de hereges pedoclastas, homicidas, pornófilos, prostituídos e ladrões) tenham pisado o chão declarado livre de todos os poderes mundanos até ao fim do mundo. Isso é irritante. Queira a Virgem, Abade dos abades e Defensora Invencível, apagar depressa os registos de tão belas imagens, furtadas pelo papismo execrando, e que Deus reservara para corações fieis e ortodoxos. Às imagens – sempre magníficas, porque por mais que se quisesse não se conseguiria pô-las de outro modo - o filme junta os estigmas do barbarismo e falta de cultura teológica do papismo. A vocação monástica é chamada “renúncia” (como se os Santos Monges tivessem perdido alguma coisa e experimentassem alguma dor por isso) o universo monástico da península do Athos é chamado “ancrónico”. E o Legado Bizantino é referido como se fosse coisa estranhíssima. Os excomungados apresentam os Santos Monges como "cortados do mundo" como se alguém os tivesse ferido pelo anátema. E confessam os agentes papistas que ali não podem entrar câmaras (o que é verdade) nem mulheres, o que é exactíssimo. E também não podem entrar crianças, deviam ter acrescentado. Nem outros imberbes. É um mundo de homens propriamente ditos. Santos, claro. Ou esforçando-se por o serem tanto quanto possam. Mas homens. E livres. Deus é o Mistério Revelado à sua Igreja. E o homem, feito à Sua imagem é coisa misteriosa, de virilidade e liberdade insuportáveis para o barbarismo papista. Como em tudo se nota e outra vez se demonstra.
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