Tuesday, October 5, 2010

Cinco de Outubro: a República do Papismo

Cinco de Outubro. Centenário de um regime de falhanços múltiplos. Num estado falhado em tudo. A direita – sempre papista e por isso acéfala e incardinada - divide-se entre as necessidades oficiais do Cavaco e o que imagina ser a sua nostalgia monárquica, basicamente salazarista, ou seja, o contrário do que era a monarquia.(Necessidades do Cavaco: há coisas que parecem um palavrão e porventura o serão). A direita é aqui sempre papista porque o papismo a educou para não pensar e aliás, imagina ela, a dispensa de pensar. Muito embora o papismo já não seja o que foi. O papismo aparece hoje com autenticidade e genuínidade únicas. Surgindo como federação de velhos pederastas, homicidas e burlões, crudelíssimos nos projectos, histéricos nas ânsias, desmedidos na avidez – tão própria das regressões de fixação à fase anal, como diria o Dr. Freud -  mas que sempre lograram replicar-se e multiplicar-se neste infeliz território abandonado por Deus. Impondo a ignorância. Multiplicando os doentes mentais iguais a si próprios. Fazendo até com que se pareçam com eles os que deveriam ser seus antídotos. Os maçons que aqui ostentam as mesmas trombas disformes – como as de Ferro Rodrigues – e os mesmos gostos fatais. Dizendo as mesmas coisas, ou coisas muito próximas, como Vera Jardim. Organizando as mesmas associações de malfeitores, como a imunda corja da pretensa universidade moderna, ou a da não menos pretensa universidade independente, não falando da lusófona igualzinha às outras duas, mas com mais sorte. É bem certo, todavia, que nesta asquerosa terra – e pelo menos nas Humanidades, disciplinas que gente tão pouco humana suporta pouco - nenhuma universidade há digna desse nome. Nos bancos convergem todos. BCP, BPI, BPN iguaizinhos, no essencial. Terra de merda. Gente de merda. Regime de merda.

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