Friday, July 31, 2009

"Califórnia da Europa", Kavako dixit

O pib voltou a baixar nos USA, enquanto as cidades de lona se expandem. A Califórnia vai libertar 29000 presos por não ter como sustentá-los atrás das grades, embora se proponha aplicar a reclusão domiciliária a alguns deles, para que morram de fome nos vãos das pontes, únicas residências aparentemente disponíveis. Resta ver se eles aceitam tal destinação. O plano de redução de despesas debatido há dias está já ultrapassado. A queda de receitas não tem precedentes. Mas a besta policiesca continua um criminogenoma nos USA, bastando ver este vídeo para pensar como reagiríamos nós e era evidentemente a tiro. (Tal vídeo é uma das notícias da semana). Tais fenómenos são piores que o chui tuga, embora talvez não tão maus como um juiz tuga. Feliz ou infelizmente, os tribunais da Califórnia funcionam agora e apenas alguns dias por semana (aqueles que o Estado consegue pagar). E o deficit cresce 300 USD por minuto. É o momento de recordar Kavako e o seu orgulho de aqui ter feito “a Califórnia da Europa”. -“Lembram-se?”… Perguntava ele na campanha eleitoral. Claro que lembramos. Então havíamos de ter-nos esquecido? “Conan the Republican” e o seu cultor raquítico. Como poderíamos nós esquecer tão cómica coisa? Entretanto aquilo vai ardendo. Lá como cá. Deus seja louvado.

Saturday, July 25, 2009

Progride a Liberdade de Expressão

A Rússia a vai descriminalizar a Difamação e a Injúria como já o fizeram a Roménia, a Sérvia e como o anunciou Sarkozy para a França. Trata-se da resposta à influência (muito positiva) da jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem e da boa fé com que essas questões são olhadas. (Mesmo a Turquia faz um esforço sério). O Brasil, pela reforma constitucional, também procedeu a uma revogação implícita das respectivas disposições incriminadoras, tão frequentemente utilizadas para anular pura e simplesmente a mais banal liberdade da mais banal expressão. Já os labregos do tugastão se apegam muito às suas normas tão restritivas e à sua aplicação selvagem pela judicatura de esbirros. Este é um outro aspecto da agenda política do futuro próximo. Canalha que tenha decretado penas em contradição directa com a jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem deve ser varrido da função pública, com efeitos retroactivos à data da primeira violação cometida. Entretanto, em face da evolução da Europa e do mundo, o Tribunal Constitucional dos tugas já tratou de preparar o processo civil como um processo penal subsidiário. O texto é um insulto ao Direito. Mas se gostam de punir, havemos de ensinar-lhes o que isso é. Rosnem enquanto podem, que em breve hão-de ganir. Não tenham dúvidas. As próprias crias que lhes usam o apelido, se envergonharão dele... Quem legitimou alguma vez essa gentalha (processem lá... andem, mexam-se) para remeter os cidadãos à clandestinidade do debate político? Quem? Onde? Quem os autorizou a perseguir a liberdade de palavra e quem lhes consentiu o comprazimento nessa perseguição? Quem? Eis as perguntas para as quais teremos respostas de certeza. E talvez não demore tanto como se pensa.

Biden, o idiota

O Vice-Presidente dos USA declara que a Rússia vai ser forçada pela crise económica a transigir diante dos USA. Mais um cretino. Se aqueles imbecis fizessem da estupidez indústria, tinham uma recuperação fulminante. Bem ao contrário, não só a Rússia não será forçada a coisa nenhuma, como em todos os países da Europa Oriental a decepção perante a vacuidade das promessas de prosperidade e ante a mera instrumentalidade das vidas humanas faz correr sérios riscos aos interesses dos USA, também ali. Biden acha que a Rússia tem razões para temer a Pérsia e a Coreia do Norte (o que não está demonstrado) e que não terá população para manter os gastos do orçamento de defesa. Portanto, os USA serão "protectores" da Rússia que há-de ir pedir-lhes batatinhas. Atrasado mental. A crise demográfica russa está em recuperação, felizmente, e nada indica que essa recuperação se detenha. Aliás a demografia responde bem a uma estabilização mínima e à certeza da devoção dos dirigentes à coisa pública. Mesmo no tugastão, o simples discurso humanista do papista Guterres em 95, levou a malta à certa e em 96 houve um baby boom (jamais repetido, é claro, até porque o discurso humanista foi abandonado). Mas além da crise demográfica parecer ali próxima do controlo, a verdade é que a Rússia sempre manteve (historicamente falando) óptimas relações com o Irão (retomadas com a reconversão do poder soviético) e não tem nenhuma tensão com a Coreia do Norte, ao contrário do que se passa com os USA e com os seus fragilíssimos lacaios, em quem bastará soprar para que se desfaçam. Entretanto, os russos estão atentos à cretinice de Biden. É quanto basta. E logo veremos os efeitos demográficos da actual crise dos USA... É evidente que estão à beira do precipício. Evidente também que são guiados por cretinos como Biden e a Fada Hilária (capazes de em três declarações anularem qualquer serenamento resultante da visita de Obama a Moscovo). À beira do precipício, portanto, os USA darão, muito em breve e segundo tudo indica, um grande salto em frente.

Friday, July 24, 2009

RESISTÊNCIA

Os heresiarcas da colina vaticana têm obtido assinalável êxito na construção do silêncio em torno da sua imunda perversidade. Trabalhos da comunicação social – até de origem anglo-saxónica - têm sido retirados de circulação, vendo vedada a sua difusão. Mesmo do ponto de vista jurídico, a perfídia dos hereges tem tido êxito revoltante, evitando até agora a perseguição pela justiça penal internacional. E resulta evidente o êxito de fazer falir as dioceses, frustrando os créditos indemnizatórios e mantendo longe da obrigação de ressarcimento a cidadela da colina vaticana que todavia intervém activamente no acolhimento e fuga de alguns dos criminosos. Sem que ninguém leve ao cárcere o execrando príncipe da cidadela e a repulsiva corja que o serve e da qual ele se serve. Pode consentir-se uma tal organização? Dos “países católicos” elevam-se vozes (clandestinas embora e ainda) de resistência extremada. É o caso do Brasil de onde foram reconduzidos ao YouTube os vídeos dali retirados. Parabéns ao hipocrisiavaticana.blogspot.com/. Com interessante fascinação pela espiritualidade oriental. E uma intensa determinação anti-papista. Parabéns. Chegará o momento da América Latina ser chamada a intervir em conexão de esforços, nesta matéria como noutras. Este não é um aspecto irrelevante da agenda política do futuro próximo.

Ambrósio de Genebra

Pedro Cantacuzeno, descendente de longa linhagem de príncipes bizantinos, coroado Príncipe da Igreja do Cristo e que adoptou Ambrósio por Nome de Fé, Bispo resignatário da Cidade Guardada de Deus de Genebra, membro do Santo Sínodo da Igreja Ortodoxa Russa Fora das Fronteiras, em comunhão plena com o Patriarcado de Moscovo, nasceu para os céus. Preserve Deus entre os homens a memória de tão nobre homem e que as suas orações por nós junto do Trono Eterno não cessem jamais.

Thursday, July 23, 2009

NOVIDADES SOBRE O HIV: POLÍTICA DE GENOCÍDIO

No primeiro mundo a profilaxia vem resultando menos mal. No tugastão, território do segundo mundo e meio, a profilaxia não funciona, tratando-se do território mais perigoso da Europa Ocidental, mas ainda há – por ora - acesso à dispendiosa farmacologia, permitindo manter a doença em situação crónica. (Acessibilidade que pode cessaar a qualquer momento). No primeiro mundo, um contagiado aos 20 anos, disciplinadamente tratado, tem uma esperança de vida de 69 anos. Não no Tugastão, bem entendido, onde a tuberculose multi-resistente, ou a extensivamente resistente, pode dar cabo dele em três tempos. Mas pronto. No primeiro mundo o panorama é suficiente para a indústria farmacêutica ter estável o seu negócio e não se vê necessidade de investir mais na pesquisa. Essa é a grande novidade do Congresso da Cidade do Cabo. O desinvestimento. E a morte (naturalmente). Para África, bem entendido. E para alguns países da América Latina. Os pobres podem morrer, desde que os recursos das suas terras subsistam. É a bomba de neutrões transferida para a clínica. Não traduz isto uma situação de legítima defesa desses povos?.... Mais não havendo - e parece que não - a resposta é afirmativa. Há lugar à legítima defesa, sim.

OS CONTOS DA FADA HILÁRIA

A Secretária de Estado dos USA, subsistência da América clintoniana, anda a distribuir literatura de cordel à volta do mundo. Ele são os Guardas da revolução Islâmica do Irão na Nicarágua, ele são as armas da Coreira do Norte na Birmânia. A mulher é uma ficcionista. E não se cala com estas tolices. Tudo com um fundamento último: o ataque aos interesses dos USA. Como se os interesses dos USA precisassem de ser atacados. A Califórnia acaba de anunciar a sua falência pura e simples (é o Estado mais populoso dos USA). O Dólar não está a cair, mas a despenhar-se. A noite da crise vai terminando com a alvorada a oriente, porque a China lançou o apoio ao consumo interno para compensar a quebra do comércio internacional e, segundo tudo indica, a ideia resultou. Nada será como antes se o motor da economia do mundo for o novo bloco euroasiático. Talvez por isso os USA não parem de aborrecer os países do pacto de Shangai. É o Cáucaso. Xiangjinag. O Irão. Não há canto no mundo ao abrigo dos seus motins, revoltas, golpes, violências. Depois vem a fada Hilária e diz “eles odeiam-nos”. Mas quem é que os odeia? Os residentes nas cidades de lona nos USA, desapossados das suas casas, do seu trabalho, da sua vida, que vêm juntar-se aos trinta milhões de pessoas que já viviam nos esgotos? São esses que os odeiam? Ou são os chiitas do Iraque que foram atirados para um matadouro por promessas dos USA, incumpridas sem a menor noção da honra? Ou os infelizes de XiangJiang a quem acaba de acontecer o mesmo? Ou o idiota da Geórgia, pelos mesmos motivos? Ou os palermas de Kiev, pelas mesmas razões? E se a mulher se calasse um bocadinho?

Thursday, July 2, 2009

ϕοδαζ

Crise, crise, crise. Inépcia, inépcia, inépcia. Os economistas, Europa fora, têm dificuldade em enfrentar a quebra de respeitabilidade, mesmo no plano das suas relações sociais. No Tugastão não é assim. Mas isto é uma adjacência. Um apêndice. Um depósito. Um asilo, no mais humano quadrante. Imagem do asilo é o Medina Carreira fulminando tudo, pensa ele – contorcendo a focinheira nos trejeitos de ajustamento da dentadura – e anunciando o “seu” segundo livro que, pela segunda vez, teve de ser outro a escrever (!) – porra!... Como nós os gregos costumamos dizer – deu-lhe a artrite dentro, ou fora da cabeça? Interessante empenho, o deste antigo professor da escola comercial elevado a um fugaz ministério por Mário Soares. Insiste hoje em dizer-nos quanto ciclicamente temos ouvido e havemos de ouvir de novo ao estupor da velha. Porque não farão eles um par? Tudo vem conforme às características do tugastão. O moralismo dos delinquentes. O rilhar de dentes dos desdentados. A agilidade das artroses. A verdade dos imbecis. A cólera dos raquíticos. A fanfarronada dos cobardes. A fé dos hipócritas. A altivez do servilismo. Mas há uma avassaladora reacção teórica, milimetricamente rigorosa, formulada por um grande sociólogo e professor português (que muito prezamos) e que tudo diz, numa palavra e essa palavra é - ϕοδαζ, expressiva noção que, aqui elevada ao estatuto científico, traduz o “quantum satis” exigível ao veredicto face à respeitabilidade local sem qualquer relevo público. E ao relevo público local sem respeitabilidade possível. Basílio II de Constantinopla – inspirador de várias generosidades – entendeu resolver a seu modo uns ímpetos alheios com análoga teleologia. E próxima origem. Uns ceguinhos. Primeiro por uns motivos, depois por outros. ϕοδαζ, terá intuído o Basileus embora sejam omissas as crónicas quanto à respectiva verbalização. Tzepes, voivoda de imortal memória e preciosa flor de aço, de entre as várias que na Valáquia floriram, teve também umas intuições para a solução em matéria claramente conexa que, de resto, aplicou sem cerimónia. ϕοδαζ, com efeito. Vale bem um manifesto político, a sucinta fórmula. A crise económica, em todo o caso, acompanha-se de outra crise que curiosamente a precedeu: o embotamento do entendimento e da sensibilidade sob a forma de especialização estéril e o funcionalismo esterilizante na pretensa investigação. Uma burla gigantesca, outra vez. Mais discreta, embora. De repente – imagine-se – descobrem estes especialistas não apenas a obrigação de ter pensado e de ter visto, mas a necessidade de compreender ainda. Nunca lhes tinha ocorrido que ao estatuto correspondesse uma função. Faltava-lhes entender que à função cabia ainda uma utilidade. Tremenda situação. E recusam-lhes mesmo qualquer repouso no fracasso. Continuam a pedir-lhes soluções. Terror indizível. Os tugas, longamente habituados à imbecilidade de quem governa, à vacuidade de quem diz pensar, à alarvidade de quem pede estatuto, ao plágio dos que publicam e à inutilidade de qualquer publicação, os tugas, vítimas dóceis de todos os que vivem da coisa e não para a coisa, estarão talvez – ironia do destino - mais bem preparados para isto do que o podem estar os outros. Em todo o caso (Deus seja louvado) o mais exacto veredicto científico, coincidindo no essencial com a mais exacta conclusão diagnóstica, está já formulado pelo (venerando) Professor de Sociologia acima mencionado (e cujo nome não referimos para não lhe turvar a modéstia dos homens de rigor). ϕοδαζ , naturalmente. Teme-se que a terapia possa ser encontrada por alguém entre as soluções de Basílio II e Vlad Tzepes. Ainda vamos ter que defender a vida destes abortos. (Era o que nos faltava). Não terão fim as provações consentidas pela Providência?