Tuesday, August 31, 2010

ESTAVA ESCRITO

Urosa não nos indignou apenas a nós. Vai daí - e retribuindo o aconchego do projecto educativo para a servidão - alguém lhe foi à cara. E foram-lhe à cara em grupo. Não aprovamos. Ir-lhe à cara está longe de ser suficiente, seja para calar a criatura, seja para a esclarecer. Entendemos a forma de expressão. Mas ele, provavelmente, não. Se isto assim continua, os Chavistas ficam todos à beira da instituição da Igreja Nacional. Seria aliás uma excelente ideia. Se Roma e Urosa amam a servidão, talvez se possa remete-los à gleba que amam. Aliás não se lhes vislumbra nobreza onde quer que seja. Uma das características da nobreza europeia, justamente, é ter promovido a liberdade (que era a única a conhecer) essa liberdade que havia de acolher, no plano político, a liberdade de espírito que nas universidades nascera, assim se fundando a Europa Moderna. É interessante ver os Santos, os Mendes, os Alves, os Vacas, os Relógio, entre outros fenómenos (de entre os quais sempre avultarão os Pires), a baterem-se pelo regresso da servidão da qual a Revolução os libertou, nem sequer há muito tempo. Não nos opomos a que se lhes aplique a servidão pela qual almejam. Mas só para si próprios. Se o Direito os impressiona, excluam-se dele, então, e vejam depois quanto lhes resta. Já nos opomos a que queiram isso para os outros. Alguns outros comungam desta nossa oposição. E por isso Urosa tem, desde Sábado, a cara metida dentro. Logo veremos que outras coisas lhe amolgarão nos tempos que hão-de vir. O homem é, a nossos olhos, irreconhecível como Homem de Deus. Deus é a luz da inteligência. E a estupidez o que será? Da violenta estupidez na cabeça de Urosa, resultou a violenta coisa que veio à cara de Urosa. O semelhante clama pelo semelhante. Mas ele pode sempre - se a tanto não obstar Chavez - fugir para o alojamento eclesiástico da Via della scrofa, em Roma (scrofa significa porca parideira).

IMAGENS DE ANTHONY BLOOM

Depois de termos encontrado "on line" a presença de Eugraph Kovalevsky, procurámos outra grande figura de entre os seus contemporâneos que foi (é) o Metropolita Anthony. Médico e herói da resistência em França, este imigrado percorreu meio mundo - e às vezes a pé - para vir da Pérsia (onde seu pai era embaixador do Tzar junto do Trono do Pavão) a Paris. Ali se fez homem e ali travou os primeiros combates (em sentido estrito). Sempre fiel ao Patriarcado de Moscovo não obstante a evidente origem tzarista, o Metropolita Anthony foi Exarca do Patriarcado para a Europa Ocidental. Durante esse periodo também ele se interessou pela Ortodoxia Ocidental (i.e. pelas Igrejas da Igreja indivisa, igrejas anteriores ao cisma e ao esmagamento papista) também ele esteve atento aos seus legados. Há até uma fotografia (ou várias) do Metropolita a celebrar ritos ocidentais reconstituídos pela investigação histórica. Nestas imagens vemo-lo amadurecido e sereno. Ainda não era o ancião luminoso que alguns de nós tiveram o privilégio de conhecer. Como Jean de Saint-Denis a "técnica da oração" mereceu a sua melhor pedagogia. Mas aqui vemo-lo a falar sobre a dôr. A leitura das expressões fisionómicas do Metropolita e do jornalista revela um diálogo paralelo e não menos interessante. Recomendamos que depois de ouvir o Metropolita se leia o escrito que Jünger dedicou ao mesmo tema. "Sobre a dôr" tem uma edição catalã e fácil de encontrar. Não é descnecessário ver o que falta a uma e a outra abordagem. Descontando evidentemente o peso da formação política e militar de Jünger que não deve ser esquecido nessa leitura... Não deixando de ser seguro que a um jovem imigrado russo dos anos vinte e trinta não faltou seguramente a proximidade com o testemunho militar de oficiais cuja presença não poderia nunca ter sido indiferente (a começar por Anton Ivanovitch Denikin). A própria experiência do Metropolita na Segunda Guerra também não pode ser indiferente ao que diz sobre a dôr. E o que diz é notável. Não sabemos mesmo se alguma vez o Santo Metropolita terá dito alguma coisa que não fosse notável, (mas esse já é outro tema). A notabilidade desta geração projecta a uma dimensão sobre-humana a presença do Metropolita Sérgio, homem habitado pela mais fascinante genialidade profética e que consegue - com a naturalidade de um Grande Pedagogo - agregar e conduzir grandes poetas, evidentes cientistas e extraordinários teólogos, chamando-os à disciplina demonstrada com indescritível sedução, sem nada ocultar da sua própria fascinação perante a manifestação do Espírito que lhes iluminava as inteligências excepcionais e os guiava nos seus excepcionais destinos. Se as estas gerações incumbir dar um passo que seja além dos caminhos que aqueles abriram - e parece ser essa uma incumbência natural - isso é um motivo de grande preocupação. Parecem inultrapassáveis. E todavia incumbe-nos ir mais além. É preciso portanto começar a subir a montanha. As coisas serão mais fáceis se subirmos simplesmente. "Sobe e não penses nisso", dizia Nietzsche, (completamente alérgico ao que conhecia destes universos). Mas é ir subindo, sim. Sem pensar no significado teórico de tal coisa.

Monday, August 30, 2010

EUGRAPH KOVALEVSKY

Descobrimos imagens muito interessantes para quem se interessa por estas coisas. Trazem-nos a voz e a presença de Eugraph Kovalevsky (bispo Jean de Saint-Denis, sagrado sob a presidência de S. João Maximovitch, Bispo de S. Francisco da Igreja Russa Fora das Fronteiras). Eugraph Kovalevsky era um homem admirável e admirado. Teólogo de vivacidade única, liturgista, historiador da Igreja e – porque não dizê-lo? - Chefe de Escola, senão de Igreja como lhe chamou Justino, Santo Patriarca da Roménia. A seu lado esteve seu irmão Máximo Kovalevsky, também ele uma presença notável, daquelas que iluminam um século. Lossky disse de Máximo que era (como compositor) o maior vulto da música sacra do Séc. XX. Estamos de acordo. Os franceses que permaneceram fieis ao cânone ainda celebram com os seus cânticos no seio da Santa Metrópole Romena da Europa Ocidental e Meridional. Ao lado de Eugraph esteve também Vladimir Lossky. Como Ouspensky. E juntos fizeram grandes coisas. Grandes coisas pelas quais foram admirados. Grandes coisas que uma grande inquietação de grandes almas animava. Essa inquietação afastou muitos outros. Jean de Saint-Denis caminhava depressa demais e isso era incompatível com a prudência necessária a vários Chefes de Igreja que quiseram apoiá-lo, sem todavia o conseguirem acompanhar. Para desgosto deles e nosso. O Eminentíssimo e Beatíssimo Arcebispo Jean de Saint-Denis nasceu para os céus (para usar a expressão ortodoxa) como Bispo Canónico do Patriarcado da Roménia. Já o seu sucessor não logrou permanecer em horizonte canónico. Embora não raros clérigos tenham permanecido fiéis ao Patriarcado Romeno. E, por tudo isto, estas grandes coisas foram e são grandes coisas mas devem ser concluídas e esperam o seu continuador. É difícil o equilíbrio entre o amor à beleza e os limites do cânone. E nem sempre a beleza, a justiça e a bondade iluminam os canonistas, por bons homens que sejam. Mas é uma emoção encontrar as imagens de Monsenhor Jean de Saint-Denis que, como todas as chamas muito vivas, se extinguiu cedo demais. E posto que não conseguimos acompanhar-te nos dias da tua presença entre nós, Pai e Bispo João, acompanha-nos tu agora e guia-nos o olhar. http://www.dailymotion.com/video/x73akx_eugraph-kovalesky-a-la-television-s_webcam

Início do ano lectivo

O Ano lectivo da tugária está prestes a começar. As editoras colhem já os frutos da sua capacidade de sedução dos professores do secundário para a adopção de manuais escolares. Num país que não lê, o livro escolar é a salvação das editoras. A negociata é de tal ordem importante que as editoras espanholas já entraram nele. Por piores que sejam os manuais, eles são adoptados com autonomia, escola a escola. As editoras seduzem os professores com técnicas próximas às dos delegados de propaganda médica face aos clínicos do serviço nacional de saúde. Devia haver uma agência de acreditação para os manuais escolares. Mas não há gente de confiança para estabelecer qualquer agência de acreditação. Vigora o princípio em cujos termos os funcionários patrimonializam quaisquer competências que se lhes entreguem sempre que o puderem fazer. Uma desgraça. Boa parte das famílias está, em fim de férias, a contar os tostões para gastar uns 250 euros em material escolar para cada criança. Num país onde o salário mínimo não atinge os 500 euros disponíveis. Para ensino público universal e gratuito isto é um absurdo gritante. E boa parte desse esforço destina-se a remunerar a corrupção. Como de costume. Como em todos os quadrantes. Maldito seja o estado das máfias.

Sunday, August 29, 2010

O Canalha Urosa e a "Educação Católica"

Com as fogueiras da inquisição na ialma, o canalha Urosa - papista de Caracas e papista do carago - vomitou uma nota (pastoral-clandestina?) que foi parar ao endereço errado. E assim foi, pela Graça de Deus, O Clemente. O canalha Urosa entende que a educação dos favorecidos e desfavorecidos deve ser segregada, já que os primeiros devem ser educados para o "exercício das suas responsabilidades" (na gestão privada e altos cargos da administração pública) e os segundos devem ser educados para o "respeito pela autoridade, o devotamento e a modéstia". Os cães do papismo deveriam encarregar-se de ambas as vertentes. E temem que o Estado lhe vede tais intentos através de um daqueles benditos rompantes do imprevisível Coronel Chavez. (Benditos rompantes que tão divertidas surpresas nos têm dado). Anda toda a gente desde o séc. XVI a promover a educação como instrumenhto da liberdade pessoal e política e propõe-se este canalha usar a sua deseducação como condicionamento em favor da desigualdade. (E da desigualdade política, entenda-se bem). Possa Deus, na sua Infinita Misericórdia, ajudar o Estado Venezuelano a anular tão sinistros propósitos da padralhada pedrasta. E assim consigam os demais estados a varrer tais propósitos dos cenários nacionais respectivos. O canalha Urosa - homem sem palavra como qualquer membro da asquerosa hierarquia papista - apressou-se a desmentir o escrito no qual, todavia, estão bem patentes o estilo repulsivo, os objectivos práticos evidentemente prosseguidos e o tom das lenga- lengas habituais. Assim se expressam. E isto é para levar a sério. Porque é exactamente isso que fazem, quando podem. Agradecemos o aviso aos bons meninos do Golias. E quanto a tudo, como diz o salmista, "que o pecado desapareça da terra e seja exterminada a iniquidade".

SIDA MENTAL

Os críticos dizem o mesmo que os situacionistas. Dizem o que diziam há 25 anos. "Estamos a viver acima das nossas possibilidades". Calaram esse discurso enquanto vieram as subvenções europeias. Ali ninguém lhes ouviu um só protesto contra a burla e a corrupção em torno dessas subvenções. Mas agora retomaram o tema. "Estamos a viver acima das nossas possibilidades". Nem é verdade. Estamos a viver acima das forças próprias. Isso sim. Como toda a gente, aliás. Por isso talvez admitem até, os situacionistas e os críticos, a perda da independência (a alienação dos poderes do Estado) e o controlo directo do orçamento geral do estado, como coisa "inevitável". Não acham isso coisa lesiva, desde que sejam eles os cabos cipaios. Mas, sobretudo, repetem-se, repetem-se, repetem-se. Uma ou outra vez, porém, acrescentam alguma coisa de pessoal. Foi o que aconteceu no último programa do Crespo e do fóssil Carreira. Fossile vem de fodere, significa o escavado, portanto; ou, como diz a fórmula corrente, o fodido. Ora o fóssil Carreira disse uma coisa interessante, com a M.F. Mónica e o próprio Crespo. Cantaram todos que uma pessoa normal não aguenta estar nas bancadas do Parlamento. São animais empalhados, aqueles tipos. Porque a regra é a do silêncio. Um deputado não consegue falar. É estritamente instrumental o seu papel. Apenas lhe sendo consentido que vote e de acordo com a disciplina lá do coiso. Lá do dono. Isso é interessante. Por isso o combate à corrupção é gizado pelo Ricardo Rodrigues e pelo Fernando Negrão, imagine-se, com um longo desfile de atrasados mentais das faculdades de direito locais onde os atrasados mentais se formatam. Teve até relativo interesse ver o Vera Jardim a presdidir às sessões em comissão, ele que é simultaneamente membro da administração de um bando, digo banco, e deveria, por isso, estar em situação de incompatibilidade. Mas a ordem é o silêncio. A estabilidade é o silêncio. A paz é o silêncio. Os tribunais criminais bem o dizem numa jurisprudência de atrasados mentais atirada contra a liberdade de palavra, onde é licito duvidar até que o juizes conheçam o léxico que julgam. Os próprios advogados podem cruzar minutas, mas falar em juizo é coisa punível. O anormal Júdice arregimentou os gastrópodes trazidos aos colégios "disciplinares". (Foi buscá-los aos foot boys e aos bordeis e só por isso haveria de ser julgado por um colectivo de antigos sodomizados da Casa Pia). Como trataremos disto? Os criticos não dizem. Mas é simples. Se a estrutura assenta no silêncio, falemos. Falemos até os fazer guinchar. Com um pouco de sorte havemos de julgar os que na sua infinita boçalidade quiseram conter nestes termos a vida alheia. Havemos de os compelir ao guincho até que que as cordas lhes rebentem.

Saturday, August 28, 2010

Atenção a quem sobreviver

Duarte Lima diz que os cinco milhões de euros transferidos para conta dele pela assassinada secretária do Feteira eram honorários. Agora nunca saberemos se o seriam ou não. Embora tenha havido uma vaga vitória num processo em Portugal. Júdice diz, por seu turno, que por ter havido vitória anterior - em sentido oposto e no Brasil - os honorários aí pagos à sua gente pela filha de Feteira e cabeça de casal (como se diz na tugária) "são transparentes". A aparição de Júdice torna isto numa coisa realmente inquietante. Sabendo-se como se sabe tratar-se de homem sem escrúpulos de qualquer espécie. Duarte Lima grita que se sente na mira de forças tenebrosas. Mas recusa dizer quem são as forças tenebrosas às quais alude. São todos parvos. E pensam que somos todos parvos. A morte da pobre mulher que viveu com Feteira e foi sua secretária dá bem o modelo de conflito patrocinado pelas "grandes sociedades de advogados" à moda da tugária, como dá o modo de patrocínio e a evolução dele. Tal como em todos os demais casos - isso é patente - o direito é um detalhe e os tribunais são mero pretexto. Nenhum processo chega ao seu termo natural (em última análise, porque uma das partes é assassinada e todos somos assassináveis). O direito é pretexto para assaltar o património alheio sob a epígrafe da "cobrança de honorários", entre outras epígrafes possíveis. Quanto a tudo o mais nem é preciso estudar Direito ou, menos ainda, saber Direito. Basta saber pressionar a decisão. Comprar a decisão. Ou, ao mais pequeno contratempo, basta assassinar ou mandar assassinar o opositor. Impossivel saber de que negócios é capaz esta imunda corja. Duarte Lima está em pânico. Regista-se. Ele há-de conhecer bem a gente com quem tem andado metido. Já agora, que se porte como um homem. (O pânico é alarme nervoso cuja utilidade se esgota escassos segundos depois). Por nós, podem todos matar-se uns aos outros. Conviria em todo o caso examinar atentamente quem sobreviver. Porque a segurança comum exige que não haja sobreviventes. A ideia em cujos termos um dissidio se pode conduzir nestes termos e com êxito pessoal - seja ele de quem for- é conclusão que nenhuma Ordem Pública tolera. É razoável esperar que se matem uns aos outros. É uma decisão conforme à economia. Mas não pode ser tolerada a liberdade de qualquer eventual vencedor ou sobrevivente, nem dos que, com ele, possam lucrar ou ter lucrado com isso.

Tuesday, August 24, 2010

Simplicidade

Enfim a objectividade. Para que serve um veículo de uso pessoal? Para afixar o estatuto. Para engatar umas gajas, sobretudo nas terras onde, entre gentes de merda, a inteligência não é um instrumento de sedução. Nem um índice de êxito. Antes se mostrando um sintoma de graves problemas, mais ou menos próximos. Em terras onde o êxito é a subalternidade bem colocada, o veículo serve para o engate. As megeras são-lhe sensíveis. E quando essas megeras usam um veículo, isso corresponde a uma afixação do preço actual. Os veículos servem para compensar a crua ausência de imensas coisas, que continuam e continuarão a faltar. Aos homens sem família, o veículo serve para afixar a prosperidade da solidão. Como quaisquer outros adereços caros. Há até, também por isso, uma publicidade especificamente dirigida aos homossexuais. Um gajo com coisas caras demais deve sempre ser suspeito de paneleirices, além da costumada suspeita das trafulhices. A sobriedade é um atributo da virilidade e da decência. Como o menosprezo pelas "regras" dos snobs é atributo dos últimos aristocratas que restam. E assim é também com o impulso de vómito ante o normativismo parolo (porque quererá a filha da porteira ser jurista, senão mesmo juiz?). Aristocratas são os homens livres que há. E saber ser dono do que se tem não é pequena qualidade. Mas prossigamos. Servem pois para imensas coisas, os carros e motas, além daquilo para que deveriam servir. Mas eis enfim a objectividade. A simplicidade. A evidência. A limpeza. O preço acertado. A utilidade clara. A solução vem do oriente, isso dá jeito a um ocidente desorientado. É solução barata e isso dará jeito a uma Europa do sul que perdeu o norte. A malta está desorientada, desnorteada e de cabeça perdida. Mas o norte e o oriente estão lá. Não há prazo fixo para os redescobrir. Já repor no lugar as cabeças perdidas parece sempre urgente. Ainda que algumas devam rolar por exigência da natureza das coisas e "as coisas são o que são e serão o que tiverem de ser". (Já lá dizia o Óscar que cruamente o verificou).

Monday, August 23, 2010

O sarcoma húngaro e a mordidela papista

O governo do sarcoma magiar em França iniciou uma deportação em massa de ciganos da Roménia e Bulgária. Toda a gente ficou com os cabelos em pé. E o ministro do interior do sarcoma magiar veio dizer que a criminalidade dos cidadãos romenos tinha aumentado em Paris. Isso parecia-lhe bastante para tornar as questões menos rácicas. Mas não foi. Ratzinger juntou-se ao coro. É preciso acolher a "legítima diversidade" dos homens. Imagine-se. Há portanto uma diversidade legítima e uma diversidade ilegítima? Parece que sim. A diversidade ilegítima deve ser a daqueles rapazes e raparigas que a Junta Militar Argentina deitava dos aviões abaixo depois de os enxarcar em calmantes. Monsenhor Tortolo chegou a dizer que isso era trabalho de Deus. O oportunismo destes velhos perversos não terá fim?

Saturday, August 21, 2010

Rapaces dos foot boys e outros contos

O treinador da selecção nacional de futebol da tugária foi disciplinarmente suspenso -no inicio de uma fase de selecção de novo campeonato - por ter dito uns palavrões aos controladores anti-"doping". No futebol da tugária o palavrão é usado em substituição da pontuação. Corresponde a uma pausa de respiração. De facto, o tuga médio (repugnante fenómeno) constrói habitualmente as suas frases assim: "fui ao jardim da celeste, fodas, giroflégiroflá, caralho". Tuga médio ele próprio o imundo instrutor (dessa merda de processo) não falará certamente de modo diverso. Coisa mais engraçada é que o treinador ou seleccionador não era entendido pelos jogadores (ele fez város esforços de reflexão própria e isso há-de ter-lhe matizado a linguagem). Misturará ele os níveis? dirá em Ontologia -por exemplo- o ser, fodas, é (caralho)?... É pouco provável. O mais natural é que o instrutor de merda (de um processo de merda) tenha querido mandar para o caralho qualquer brilho, seja de quem for. E nisso não estará só. Porque têm os homens cães da tugária almas de sapo? Porque disparam eles sobre tudo o que brilha? E porque são eles tão violentos nisso?... Aparentemente cresceram com os senhores priores a saltarem-lhes para cima. Sendo certo que os senhores priores (sobretudo na tugária) fazem questão de dizer que em casa dos pais das crianças os abusos são iguais,ou piores. Os homens cães do papismo, como se sabe, são exímios na difamação das suas vítimas. Será isto que explica o ódio a todo o brilho, a perseguição destemperada de qualquer opinião, queixa ou desabafo? Pensamos honestamente que sim. Estas perseguições - qualquer que seja o lugar onde as encontramos - são de tal modo apanascadas, traduzem uma tal paneleirice, que só poderiam (em bom rigor) ser movidas por quem cresceu a ser sodomizado (pelo imundo cura e por mais sabe Deus quem), sempre pensando que falar é pecado. Falar é pecado. E não só falar disso. É provavelmente disto que se trata. E parece que isto "é transversal à sociedade portuguesa" (como diz a fórmula de minuta a uso). O gajo do Grande Oriente pensa e faz o mesmo que o bispo de leiria. Ou o acusadeiro dos foot boys. Carlos Queiroz, coitado, deve encontrar modo de os mandar simplesmente levar no cú (para falar uma linguagem que imediatamente entendam). Vamos dizer-vos o que pensamos do quadro normativo: estes processos traduzem o abandono de qualquer referência jurídica atendível. São conduzidos por gente que está, simplesmente, fora de qualquer quadro de Direito Humano. Abandonado o Direito Humano, resta a rebelião. E uma das respostas da rebelião pode bem ser (e tem sido) o Direito Divino. E à luz dos textos revelados da Lei Divina cabe a esta escumalha apenas a morte por lapidação, se bem vemos. Certo, há a objecção do Cristo que exige a isenção de culpas para atirar a primeira pedra. Mas não há-de ser difícil, mesmo cercados por tão imunda gente, encontrar alguém que nunca violou nem quis violar uma criança. Quem não calou nem quis calar nada a tal respeito ou a respeito de coisas próximas. Não há-de ser difícil encontrar quem atire a primeira pedra, portanto. Mas se acaso não restarem sequer dez justos, ainda assim é com a morte que responde a Lei Divina. A cólera que sentimos diante desses labregos de merda, paneleirões até à medula, crudelíssimos nos seus ódios à normalidade dos homens, a cólera que sentimos diante de tal corja, em tudo imunda, é a expressão primeira de valores éticos fundamentais. É preciso acreditar nessa cólera. Respeitar essa cólera. Ser fiel a essa cólera. E é preciso segui-la. Já perceberam porque é que esses paneleirões (sodomizados pelo clero papista desde a mais tenra infância e promovidos por isso) se assustam diante de qualquer expressão de simples impaciência? Eles sabem o que lhes cabe, o que deve caber-lhes e o que é mister que recebam. Entre os rapaces dos foot boys, ou em qualquer outro domínio da caricatural actividade nesta terra que todos os dias fazem, em todos os quadrantes, repulsivamente imunda.

Friday, August 13, 2010

Duarte Lima

Invenção dos papistas da "universidade catolica" é suspeito de um crime odioso. Diz que reagirá judicialmente contra quem atente contra a dignidade dele. Registado. Qual dignidade?

Thursday, August 12, 2010

A ideia que eles têm

A ideia que eles têm de si próprios é excelente. Pouco importa que estejam convictos que 5/3 é mais que 2/3. Ou que digam na jurisprudencia do supremo que "análogo é o idêntico". Eles são sábios a seus próprios olhos. Deve ser mesmo o único aparelho judiciário que perfilha tão claramente a isostenia. E portanto estas nódoas classificam bem as nódoas. O juízes portugueses tiveram classificação de bom e muito bom. É a ideia que eles têm. Nós achamos que seria mais conforme à misericórdia mandá-los para a enchada ou para a estiva. Mas tudo depende da ideia que se tem. Eles têm esta certeza sobre si próprios. Acham-se bons e muito bons. Diríamos que são óptimas nódoas. E só nesta medida aceitamos tal resultado.

Wednesday, August 11, 2010

A ordem, o cartel e a libertação

Tres pessoas operadas aos olhos no Algarve contraíram infecções que as conduziram à cegueira. O oftalmologista era holandês. A clínica é privada. O impacto da noticia deve-se a vários factores. O primeiro é apenas a necessidade de divulgar a desgraça para que os demais infelizes se sintam menos desgraçados. Mas outros aspectos da coisa têm relevância um pouco maior. A clínica privada apresenta a busca do lucro comercial em tensão com a natureza da medicina. Tal como o sistema público de assistência apresenta em tensão com a natureza da medicina o espírito do funcionalismo. Um médico não pode ser, nem um comerciante nem um funcionário. Nem pode estar condicionado (com a amplitude revelada pela vida quotidiana) pelos pressupostos de funcionamento destas duas soluções em alternativa. Elas trazem incompatibilidades propiciadoras do erro clínico (entre outros problemas). E o erro persegue-se como se fosse crime negligente ou doloso, motivo pelo qual o erro é dificilmente corrigido. Porque quem o comete quer escapar à perseguição criminal do azar que teve e nem sequer se sente criminoso. Aliás o crime começa, moralmente falando e mais exactamente, na tentativa de escapar e essa pode conduzir a situações mais complicadas do ponto de vista penal. Outro problema começa na discussão judicial disto. As vítimas entregaram o caso a uma "grande sociedade de advogados". (Seria interessante apurar como é que ali foram conduzidas). E aparecem logo na televisão as ventas do "representante da ordem dos advogados" no Conselho Superior da Magistratura. Parece evidente, todavia, que isto não pode ser. Parece óbvio que o membro de um organismo com poderes disciplinares sobre os magistrados judiciais de primeira instância, não pode advogar diante deles. Mas assim tem acontecido. A reacção necessária está mais que vista. É preciso que os assim processados contratem alguém com poderes jurisdicionais sobre este advogado. E esse será um membro do conselho superior da ordem. E também isto não pode ser. A Ordem não pode ser um cartel para anular a igualdade das partes em processo judicial. Mas é. É exactamente isso que aquela porcaria é. E para isso serve. Não tendo aliás outra utilidade. E também por isso é preciso destruir o Estado ao qual aquela porcaria é útil. E meter na cadeia os gerentes do cartel ou os seus cúmplices. Isto não é mais do que uma forma de corrupção. E neste contexto não só é inútil discutir direito, como a vida de qualquer pessoas que queira discutir ou ver protegidos os direitos fundamentais pode ver-se muito complicada (por esta imunda corja, evidentemente). A imunda corja retalia. Com a crueldade dos eunucos. Há outro drama nisto: é que levá-los à cadeia exigiria uma rebelião vitoriosa. E uma rebelião vitoriosa não teria o tempo senão de os passar sumariamente pelas armas. Se tal rebelião puder existir, não deve haver hesitações nestas matérias. É preciso pensar antes. E a dificuldade do problema é a seguinte: Eliminar um destes monstrengos é libertar mil vidas. É licito hesitar?

Sunday, August 8, 2010

ELEIÇÕES NA ORDEM DOS ADVOGADOS

As máfias e contra-máfias organizam e desorganizam listas para manter ou renegociar as respectivas posições no controlo da ordem dos advogados - um dos pilares da corrupção da tugária, porque permite retaliar sobre qualquer advogado que pretenda reagir contra qualque arbítrio, mesmo em patrocínio alheio. O aparelho fez já milhares de vítimas entre os advogados que, punidos por "violação do dever de urbanidade" por terem chamado nulo a um acto, ou por terem reagido a qualquer tentativa de intrusão da corporação, ficaram vitaliciamente na condição de sub-advogados. O cartel não aceita que ninguém possa ser aleito com razões de queixa contra os seus membros. Nenhum advogado punido com censura pode ser eleito para o que quer que seja. Os advogados, portanto, não conseguem reagir aos grémios e carteis das máfias colocadas por Júdice e Rogério Alves (i.e. pela Opus e pela "Grande Loja") na sua própria corporação. E as máfias "podem" participar, instruir e decidir os "processos disciplinares" contra quem quer que se lhes oponha e eliminar pura e simplesmente qualquer opositor em qualquer conflito ou tensão, ou ainda, a pretexto disso, explorar qualquer advogado até à ruína, com multas de dezenas de milhares de euros. Mas há formas seguras de reagir. Não há motivo para que os advogados não retaliem. Há "proxys" gratuitos a permitir com toda a segurança que uma navegação eficazmente anónima. E isso permite travar todos os combates e proceder a todas as denúncias (e publicar todas as fotografias). Esses homens-cães devem ver devolvido o terror que semeiam. É preciso que os agentes da protecção da pederastia e de todas as corrupções ali colocados na Ordem dos Advogados sejam identificados em público, para poderem ser vigiados por outros olhos. Pode-se perfeitamente fazer um blog para centralizar e tratar a informação (garantindo o anonimato das fontes) e proceder à denúncia pública e público inventário do que têm feito estes bandos de canalhas. (Há matéria para os atirar para a cadeia por muitos anos, assim houvesse aparelho judiciário). Este combate é imprescindível, porque agora eles até já participam nos júris de ingresso dos candidatos à magistratura (coisa impensável, mas evidente e oficialmente publicada). Nada disto pode deixar de piorar. E é (nitidamente) preciso evoluir para uma lógica de legítima defesa colectiva. Ora de entre os instrumentos disponíveis para garantir a ciorculação da informação livre, está o freegate (solução da Dynaweb... evidentemente apareceram inúmeras outras designações idênticas que são provavelmente armadilhas puras e simples). Nós usamos o free gate. É seguríssimo. completamente gratuito. É preciso que este uso se generalize. E é preciso começar a fazer o que deve ser feito. Sem transigências. Sem medos. E com toda a segurança.

Chamas no Douro

Terrível. Os viticultores durienses já não sabem como protestar. O estado empurra-os para a ruína. (Como a toda a gente). Coincidentemente o Douro estrá em chamas. Alguns dos agricultores acreditam mais - parece- nos subsidios de catástrofe do que nos resultados da colocação das suas produções no mercado. Há incêndios que rebentam com seis pontos de ignição simultâneos. Índício que não engana. A nós todavia, parecer-nos-ia mais eficaz largar o fogo a qualquer outra coisa. E -evidentemente- hastear a bandeira espanhola, modo infinitamente mais prático de largar o fogo a tudo.

"CIDADANIA PORTUGUESA"

A cidadania portuguesa corresponde substancialmente à servidão sobreviva e cabe-lhe bem -para dizer o mínimo - o que o Corpus Iuris diz da escravatura : "é um legado do Direito das Gentes, porém contrário à natureza". É preciso ser fiel à natureza. Não se pode melhorar isto. Seria indecente sequer tentar melhorar isto. Importa pois acabar com isto. O estado é inimigo das populações que devia servir. E nisso está a sentença que lhe cabe. Não há atenuantes. Não há meia vida. E é preciso salvar as populações.

Thursday, August 5, 2010

A JUS-ESCUMALHA E O GUERRILHEIRO

A ACED (associação contra a exclusão e pelo desenvolvimento) surpreende com a publicação de textos de outros. Desta vez publicou outra intervenção do advogado José Preto  agora dirigida ao Congresso da Ordem dos Advogados de 2005. A corporação eliminou qualquer referência a esta intervenção, todavia a mais consistente do Congresso, se bem conseguimos ver. É a explicitação diagnóstica da jus-escumalha. Tal como o protesto contra a quebra da neutralidade religiosa da Ordem dos Advogados que faz uma missinha de Sant'ivo. Protesto publicado no mesmo site. A ACED fez bem em cortar o silêncio sobre este texto. Como sobre os outros. Mesmo que interveniente recuse publicar o que quer que seja - por iniciativa sua, pelo menos e se bem percebemos - na terrinha. Compreende-se perfeitamente. E também se compreende o papel "novo" da nova censura. A dos cães da Opus. E a dos pseudo maçons do futebol e da pederastia. Convém ler este texto. É a jus-escumalha retratada em todo o seu esplendor. Imaginou a escumalha que tal texto poderia ocultar-se? São realmente estúpidos.

A JUS-ESCUMALHA

Tugária. Uma e outra vez tudo se repete. A imunda corja judiciária acoitou no MP - nos abrandamentos da intervenção hierárquica do MP - todas as máfias, segundo tudo indica. E tudo explode a todo o momento. Evidentemente. Desde logo por se tratar de escumalha. E entre escumalha todas as cumplicidades estalam em qualquer altura e transformam-se em conflitos irredutíveis. Felizmente. É claro. Esses conflitos têm sempre o mesmo modelo. Por ser a mesma gente. Com os mesmos problemas e as mesmas ânsias. Tudo é mais ou menos o mesmo que a crise da Independente. Mais ou menos o mesmo que a crise do BCP. O aparelho judiciário, como o aparelho de polícia fiscal (a famigerada inspecção tributária), estão no centro de um grande projecto político. Trata-se do branqueamento da actuação da máfia na direcção política do estado e esta ordenou uma reconversão de estratégia. Trata-se de varrer do mercado os operadores económicos, sob a imputação de terem funcionado tão mal como os obrigaram a funcionar. O caso das sucatas é um óptimo exemplo de impunidade e fraude na direcção de empresas de capitais públicos. Tendo gerado fluxos de prosperidade da qual se apropriaram as máfias. Os metais eram tratados como se fossem lixo, não eram inventariados sendo formalmente removidos como lixo, mas pagos por quem os removia ao preço do dia na bolsa e sem sombra de factura ou recibo. O dinheiro tirado à Fazenda Nacional está nos bolsos da corrupção partidátia. Mas inviabilizado este procedimento por exigência do direito comunitário (todas as sucatas têm agora de ser declaradas à Agência Portuguesa do Âmbiente), a corja resolve o problema perseguindo e eliminando os operadores que alguma vez entraram em contacto com tal fenómeno, perseguindo-os por "fraude fiscal", assim libertando a área de negócio para as "empresas do regime" que dela se apropriam com a facilidade de quem tem terreno vago. Remunerarão, porventura, esse grande serviço. E no mínimo garantem empregos futuros para quem não tem sequer estatuto profissional, como é o caso dos instrumentais de S. Bento. Mas nas outras áreas de negócio não é o panorama muito melhor e o exame dos fiascos do IAPMEI nos pretensos processos de conciliação (extrajudicial) revelarão que as coisas são mais ou menos as mesmas em todo o lado. Empurrar para a falência quem quer que ocupe terreno próprio em qualquer actividade económica. Esse é o objectivo. Perfeitamente prosseguido e atingido. Naturalmente que desde a concorrencia desleal, até à extorsão todos os interesses vão tomando as suas posições junto do aparelho judiciário. E os instrumentais não podem nunca ser tão instrumentais como isso. Domesticadas as defesas processuais através da repressão dos advogados independentes (de que se tem encarregado a corja da Ordem respectiva), assegurou-se que os processos não serão combatidos, mas negociados algures. As vítimas são pois "defendidas" pelo inimigo. Ora os instrumentais querem também disto alguma coisa. Mesmo que apenas intuam o que estão a fazer sem o perceberem bem. Querem alguma coisa. Uma retribuição funcional extraordinária para uma utilização funcional extraordinária dos poderes processuais. E aqui está. São um bando de cretinos. Igual a qualquer outro bando de cretinos. E fazem exigências de cretinos, porque nem sabem bem o que querer, nem sabem exactamente o que os estão levando a fazer. Que Deus os prive de qualquer protecção. E viva a crise. Mas nesta crise demonstra-se que a autofagia do estado, esta espécie de Sida da política tuga, fez inviável a indepedência nacional. E as massas populares têm disso uma clara intuição. Ou não se tivesse hasteado a bandeira da Coroa de Espanha em Valença. O único perigo para as populações é esta espécie de veleiro desgovernado, verdadeiro navio fantasma, apenas tripulado por ratos e que abalroa qualquer coisa antes de se desfazer nos rochedos quando os encontrar. Esta terra tornou-se um perigo, nem sequer a prazo, para a estabilidade política europeia. E não é perigo pequeno. A jus-escumalha é o olho do furacão. Mas as orlas, com os pederastas papistas (homens-cães) e os seus eternos projectos de grotesca política, com os coniatas (homens-hienas) e seu desvirtuamento de tudo, estes, não podem ser a resposta para coisa nenhuma. A resposta à crise está no seu desenlace. É preciso que todos os aparelhos soçobrem. O manifesto do 28 de Maio não é adaptável. Não há "entre os escobros da Nação em ruinas" nenhuma instituição com legitimidade natural para qualquer posição pretensamente salvadora. Porque nada sobrou é importante nada ficcionar aqui. Importando não esquecer o dinheiro que foi objecto de apropriação ilícita. Ele é quase integralmente recuperável. E basta à superação da crise económica e financeira local. Pode pagar a intervenção militar externa. E resolver os demais problemas. Portugal nunca teve déficit. O déficit chama-se corrupção.