Seis meses depois, nem o litoral da Líbia se mostra dominado pelas forças otanascas ao ponto de fazer possível qualquer actividade económica regular. A violência mostra-se impressionante. Meyssan, (do Voltairenet. org) foi ameaçado de morte em
Tripoli por “jornalistas” da CIA. Tentaram prendê-lo na “evacuação” e isso só
não ocorreu por oposição da Cruz Vermelha Internacional. Mas os jornalistas da Telesur e da PressTV também estavam em risco de vida e acabam de chegar a Malta. Todos. Alivia que não tenham podido abatê-los ou “prendê-los” ( o que seria o
mesmo). No Qatar filmaram-se “cenas de
guerra” e de “vitória” dos rebeldes na Praça Verde de Tripoli que as estações
“mainstreem” difundiram como se fossem verdadeiras. (Tendo a Russia Today
desmontado essas imagens por comparação com os edifícios da Praça Verde,
mostrando detalhes em falta nas imagens falsas). O próprio TPI anunciou (com
júbilo) a prisão de Saif al Islam que manifestamente não tinha sido, nunca,
capturado pelos “rebeldes”. E como se nada disto fosse suficiente, a escumalha
otanasca lança caças a homens (ao abrigo de uma protecção militar humanitária
visando impor uma zona de exclusão aérea como o determinara a resolução do
Conselho de Segurança). Visou matar por bombardeamentos (mais de sessenta
bombardeamentos) o raïs de Tripoli em sua casa. E lança um prémio pecuniário
pelo seu homicídio, ao mesmo tempo que envolve soldados seus (que oficialmente
nunca ali estiveram) nessa caça. SAS ingleses e a legião estrangeira francesa
estão comprovadamente no terreno. Alguns depósitos de armas caíram em patas dos
“rebeldes” e é muito pedagógico ver as imagens teledifundidas daquela escumalha
a mexer nas munições. O bairro dos funcionários administrativos foi tomado de
assalto e os funcionários estão a ser abatidos. Terrível. Mas expectável. Um
funcionário é imprestável para qualquer resistência armada porque se habituou a
temer. Incapaz de resistir é abatido com a atitude bovina de qualquer
funcionário. Isso talvez devesse ter sido previsto. Mas havia certamente outras
coisas para fazer…a Coroa de Àfrica, como os libios gostavam de chamar à sua Capital, está sem abastecimentos, sem hospitais, sem água, sem luz. É uma imagem muito tranquilizadora da "guerra humanitária". Entretanto, na Tripoli “completamente conquistada pelos
rebeldes” (já há uma semana), continuam os combates. E o
raïs “em fuga”, mostra-se afinal no comando da resistência. Com
determinação heróica. E a eficácia possível. Se a escumalha otanasca não
recua, o que não parece poder já fazer, esta guerra será a sepultura politico-económica
do projecto da “Europa até aos Urais”. Nenhum estadista em seu perfeito juízo
pode razoavelmente ter tal gentalha em qualquer parceria de qualquer negócio.
Nenhum acordo económico é possível com piratas. E se algum preço lhes parecer
escusado eles assaltam o país. Qualquer país. Não pode ser. Essa gente que vá morrer
longe. Nenhum estadista em seu juízo perfeito pode entender que tal gentalha
mereça outra coisa senão o desaparecimento súbito e definitivo de qualquer
cena. Putin tem razão. Como Chavez. Como a China. Tal escumalha perderá
qualquer credibilidade ou qualquer viabilidade de controlo em África, como perdeu na América Latina
(sub-continente já em relação económica e diplomática directa e evidentemente desejável com a
Ásia). À verdadeira bestialidade dos “políticos do eixo atlântico” não pode
senão responder a morte e o cerco que tão clamorosamente merece. Interessante
que nestas circunstâncias o território norte-americano seja devastado por um furacão
chamado Paz. (Irene significa Paz em grego). A paz é realmente a morte deles. A Mathaba deu por isso. Os prostituídos jornalistas, mais os prostituídos comentadores, mais
os prostituídos “dirigentes políticos” subverteram e contornaram completamente
qualquer disciplina legal de controlo democrático e parlamentar de qualquer
guerra. Instrumentalizaram completamente magistraturas (como a do TPI) que
nunca poderiam deixar-se instrumentalizar como arma de guerra e transformaram a
ONU numa fantochada incapaz de impor os termos das suas próprias decisões a
comandos militares de terroristas, conduzidos por gangs de ladrões, numa
descarada campanha militar de subjugação e apropriação coloniais dos recursos
de um país. Isto é de gravidade terminal. Por ser objectiva ameaça a todos os
estados da terra com recursos naturais passíveis de utilidade para os ladrões. O isolamento internacional é apesar de tudo surpreendente. Quarenta países reconhecem o pseudo-CNT. É quanto resta, entre cúmplices e estados vassalos, à escumalha otanasca. Longa
vida ao raïs de Tripoli, ou à sua gloriosa memória se vier a morrer em combate.
Entretanto deve ver-se o longo percurso dos horrendos vícios da escumalha
otanasca. E isso deve ver-se, aqui. Porque é” a guerra que você não vê”. Os
comentadeiros presstitutos que vejam o modo como serão olhados daqui a dez
anos. Não se pode confundir jornalismo e propaganda de guerra. Nem Justiça Internacional e propaganda de guerra. Isto são crimes. E em sentido exacto.
Monday, August 29, 2011
Tuesday, August 23, 2011
COMBATE HERÓICO PELA LIBERDADE DE TRIPOLI
O heróico raïs dos líbios agradeceu às tribos que compareceram para defender a liberdade da capital e o fizeram com denodo e eficácia. Os filhos de Kadafy estão em liberdade e em combate, assim como todos os comandantes militares e ministros em funções. A televisão foi destruída pelos bombardeamentos e a generalidade dos meios de informação dos líbios foi retirada do ar, com esta excepção. A telesur merece-nos a maior e mais grata admiração pelo admirável trabalho desenvolvido. O Voltaire.net volta a merecer-nos o respeito que sempre lhe dedicámos. Mesmo a PressTV (ponderadas todas as diferenças de perspectiva) tem feito um óptimo e corajoso trabalho. E se os cães da aliança otanasca tivessem ganho, ou pudessem ganhar militarmente, teriam perdido o combate político no terreno. (E pensar que isto era uma coisita para uns dias de bombardeamentos, hein? 20.000 operações depois, nada sobra dessa estranha ideia). O branco Obama, o travesti Cameron da dama de ferro e o bastardo de Horthy no Eliseu jogaram muito forte. E é agora um desafio notável posto à sua (deles) imaginação o que dirão daqui a dois dias. Confessamo-nos impressionados.
Monday, August 22, 2011
OTTO VON HABSBURG
Otto von Habsburg morreu. Não lhe
prestámos em tempo útil a homenagem devida. O Chefe da Casa Imperial da Áustria-Hungria
distinguiu-se por mérito próprio. Seria injusto não o reconhecer. Tinha um bom
conhecimento da justa proporção e das boas maneiras. Viveu bem. Soube fazer a
sua presença sempre leve para os outros. A elegância, nele, era simples. Só a
simplicidade é elegante, porque não há elegância contra a naturalidade. Pensou
e militou pela Europa, ele que, justamente, era o representante de uma das ideias de unidade
europeia, (a menos atraente, é certo, mas isso são detalhes). Combateu pela liberdade tal como a compreendia e mais não será
certamente exigível a ninguém. Todos agimos à medida do que logramos entender.
Com a sua partida a Casa de Habsburgo perde uma voz cheia de justificada e
reconhecida autoridade intelectual e política. E os papistas perdem uma das
poucas presenças dignas que ainda lhes restavam. Bastou que Sua Alteza Imperial
partisse, para lhe transformarem em ostentatório carnaval as exéquias fúnebres.
A coisa é tanto mais grave quanto von Shönborn (cardeal arcebispo de Viena) não
é propriamente um dom Marcelo Marcelino Marcolino Dias (à moda da tugária) e
foi suficientemente bem-educado para entender o Arquiduque defunto e poder ser
fiel ao seu pensamento e à sua forma de presença. Nós, os outros, não
conhecemos nem respeitámos o arquiduque por fidelidade dinástica. Respeitámo-lo
porque foi homem que viveu do seu trabalho, porque se impôs por mérito próprio,
porque acrescentou brilho pessoal à honra que herdou, de tal modo que fez
dispensáveis os bens de fortuna perdidos, sendo provável que - se tivesse podido
recebe-los - dele se teria continuado a poder dizer, como Plutarco de Valério,
que soube ser senhor do que era seu. O mesmo, infelizmente, se não dirá dos que
quiseram homenageá-lo e o fizeram, certamente, com a melhor das intenções, gizando,
não obstante, uma pretensa ameaça política que o pobre Príncipe Imperial jamais
foi e jamais quis ser, ameaça que carece felizmente de quaisquer meios para se
concretizar. Apanharam-no morto e fizeram o que ele não teria consentido, porque nunca o consentiu em vida. É pena. A última parada da realeza europeia
foi em 1910 nos funerais de Eduardo VII (e escassos meses depois, caiu o
primeiro trono que foi o de Manuel II). Fazer uma parada dos depostos em Viena
é realmente, tristemente, emoldurar numa caricatura uma figura que jamais o
foi. Era bom que o entendessem para poderem evitar repetições. Isto posto, o Arquiduque
continua presente naquilo que escreveu. E naquilo que fez. Não é –
definitivamente - uma ameaça. Nem o símbolo das dominações cruéis do passado, que
os povos souberam vencer e venceram. Os austríacos chegaram a proibir a
arquitectura eslava nas terras ocupadas, designadamente na Santa Pátria Sérvia
e à dominação do solo italiano responderam bem os italianos. Nunca olhámos para
o Arquiduque como o representante de tão bárbaras coisas. Ele nunca foi o
representante disso. E não será agora que o vai ser. Nunca trataremos assim a
sua memória.
ÚLTIMAS DO CARNAVAL PAPISTA DE MADRID
Acabou o carnaval papista de Madrid. Sublinha-se a intrusão evidente na vida política interna do Reino de Espanha com a recepção intimista ao chefe Rajoy da quarta geração franquista. A recepção ao governo foi apenas protocolar. O governo deu as boas vindas à criatura e pagou-lhe as contas. Mas Rajoy apresentou-se como um abençoado. E assim teve a alegria de alinhar com o bom velho Pinochet, outro abençoado. O futuro dirá se estão no mesmo plano. Sublinha-se a euforização como instrumento de manipulação (política) do lumpen-burguesia e sublinha-se ainda a insistência (no aeródromo dos quatro ventos) na falsificação dos textos: "és pedra e sobre esta pedra (...)". Já Santo Agostinho insistira, "Petrus, non Petra". Da pedra, mas não a pedra. Não é preciso dizer mais do que disse Agostinho aos velhos falsários. Sublinha-se também a presença , atrás do "altar", da gentalha armada da segurança. (Há definitivamente uma alteração do rito, parece). Parece até haver no protocolo eclesiástico uma precendência honorífica nova da gentalha armada da segurança, cujo papel parece ser o de rosnar aos fiéis (porque os outros não vão lá)... Sublinha-se também o insulto aos militantes da Europa Laica, no qual o parasitário heresiarca vaticanasca lhes chamava "parasitas". Imagine-se o descaro do pederasta... No You Tube abundam vídeos ilustrando a agressividade do laicado relativamente aos manifestantes que, de resto, estavam em sua casa, na sua cidade, expressarndo as suas posições como é seu (deles) pleníssimo direito. Mas foram agredidos pela polícia, vaiados pelos manifestantes integristas de Ratzinger e insultados pelo "bispo" com aquela oxiorose de alma - na qual se salda o inteiro papismo - a que chama, certamente, "moral". e é uma forma de pornografia. Na Ortodoxia, os mais piedosos mestres olham com comiseração a corja papista e as suas colecções de dislates, falsidades e violentas perversidades, concluindo: "eles não compreendem os textos dos quais estão privados por erros graves de tradução". Também achamos que sim. Mas a vitimização é do laicado e não da hierarquia. Porque a ignorância é um instrumento de poder (de um tipo de poder, bem entendido). Como a hipernormalização. Mas, sim, eles não têm os Textos. E estão mais longe do Cristianismo do que o Islão. De tudo, um leitor do Vaguardia deixou um belo comentário "on line" e dizia, "como foi possível alojar tanta gente nesta altura, sem que se consiga encontrar lugar onde acolher os sem-abrigo, neste como em todos os outros momentos?"... É uma boa pergunta. E a resposta é que também a miséria e o radical desamparo têm um papel no exercício do poder. (De um tipo de poder, claro).E hão-de ter também um papel (muito diverso, embora) no protesto reactivo.
NOTAÇÃO DAS UNIVERSIDADES
Foi publicada a notação de Shangai. A Universidade de Lisboa aparece bem abaixo de Buenos Aires ou São Paulo. E duzentos lugares abaixo de Atenas. A asquerosa tugária tem insistido nas suas diferenças com a Santa Grécia. São evidentes. Eis uma delas.
Sunday, August 21, 2011
TERMINOU?
Ratzinger, o execrando, está a terminar o seu número em Espanha. A TVE difundiu imagens chocantes da brutalidade do lumpen policiesco, com agressões a raparigas - tocando aliás a fronteira do ultraje ao pudor - agressões bárbaras a rapazes desarmados agredidos a cassetete nas temporas sem um único gesto de agressão à cobarde corja dos chuis papistas. Em contraponto, o execrando velho apresenta-se a "celebrar" cercado de homens de armas vestidos de preto nos cortejos processionais. Asqueroso. Tudo asqueroso. Os seminaristas exibidos em "celebração" já trazem as disfunções hormonais estampadas nas focinheiras. E as ventas de Rouco Varela bem poderiam ser as de um velho presidiário (destino do qual não está excluído). Até onde ousará esta gentalha levar a profanação?
LÍBIA: ALGUMAS NOVIDADES
Os "rebeldes" - cujas imagens televisionadas são radicalmente grotescas - traduzem uma (nem sequer simples) coreografia. A gentalha otanasca bombardeia cobardemente (e massivamente) a população civil de uma qualquer cidade. O exército põe-se ao abrigo e a população debanda. A gentalha "rebelde" investe nas carripanas "artilhadas" pilha o que pode, faz poses de propaganda para os fotógrafos e as televisões (os presstitutos) e vai embora. O exército retoma o controlo da povoação no dia seguinte. Até à nova encenação. Mas algumas alterações existem. Eis o relato de um dos presentes em Tripoli. É realmente impressionante o ponto a que a intoxicação pode chegar. As escabrosas (e excessivamente dispendiosas) aventuras militares otanascas alimentarão por muitos anos os julgamentos por vir. Porque os vencedores não serão os da aliança otanasca, que perdeu politicamente todas as guerras em que se meteu, não solucionou militarmente nenhuma operação que tenha desencadeado e integra um bloco económico que perdeu já todos os desafios do momento.Se houvesse alma em tal gente, nem a alma se lhes aproveitaria no futuro que se perfila já tão claramente.
Friday, August 19, 2011
RATZINGER EM MADRID: A IGREJA DA PEDERASTIA É CLARA
Pronunciou-se contra a liberdade de consciência (velho pesadelo dos velhos pederastas da colina vaticana). Grasnou, na voz dístona que Deus ainda lhe consente, contra os "que se crêem deuses" por entenderem ser deles a tarefa de identificar a verdade e a mentira, de verificar o que é ou não é a identidade própria, de distinguir o bem e o mal, a justiça e a injustiça. "Crêem-se deuses", anatematizou o asqueroso velho, de novo atentando contra a liberdade dos filhos de Deus. Fê-lo na sequência de quanto o haviam feito os velhos corrompidos que o antecederam na tarefa execranda, como Voijtila e Montini. Isso o fez diante dos Reis de Espanha e outros que, tendo-o ouvido sem reagir, com ele se mostram cúmplices. Esta não é matéria religiosa. É questão política. Desde logo porque o Estado é laico (i.e. religiosamente neutro). Mas também é matéria política porque o velho está a dizer aos que o sigam quanto devem manter nas polémicas futuras, à imagem de quanto mantiveram nas passadas. Aos dirigentes sindicais que exijam a justiça da retribuição eles dirão: "acreditam-se deuses... quem são eles para dizer qual é ou não é a justiça?" E aos que pedirem a vida, pedindo a assistência na saúde, a educação dos filhos, a habitação digna, responderão: -"acreditam-se deuses?... quem são eles para fixar qual é ou não a dignidade da vida?" E a qualquer autor que entrega um livro ao prelo se lhe poderá opor o mesmo: "acredita-se um deus? Quem é ele para determinar o que é ou não digno de ser dado ao prelo?"... Nada se poderia, se isto pudesse ser assim. Nenhuma acção humana poderia ser lícita sem aprovação prévia superior vinda de um colégio central de pederastas no vaticano. Ora vejamos então: em quanto nos dizem os Textos, o Homem foi criado à imagem do Criador. Isso implica que nada pode haver mais conforme à natureza das coisas do que a assunção da tarefa de fazer o Céu na terra. Na medida em que disso consigam aproximar-se, os homens aproximam-se de Deus. Não é muito diferente, a esta luz, o pináculo da catedral que arranha os céus, o sistema nacional de saúde, ou a cooperativa de produção. Estão em lugares diferentes, servem propósitos diversos, mas são modos de fazer presente a Graça de estar vivo e de a comungar com os demais. Os papistas grasnam (por o terem visto num velho texto de um velho romântico) que quem quer fazer o paraíso na terra constrói o inferno. Temos a certeza que quanto diz o velho romântico traduz o que ele pensava (em circunstâncias históricas concretas e quanto a elas, como quanto aos sujeitos delas) e isso não traduz, definitivamente, a inteligência dos Textos Sagrados. Há coisas que não se misturam. Regressemos agora ao execrando e perverssíssimo velho em Madrid. Que lhe faremos? Diremos que é condição de justiça que se julgue a si mesmo e isso mostra-se feito nas páginas de Tomás de Aquino onde se fixou para eles, os papistas, com sua plena adesão, que a falsa doutrina é moeda falsa e deve corresponder-lhe a mesma pena. É quanto é mister aplicar-lhe. É o juízo dele. Acredita-se legitimado para recusar aos homens a faculdade de decidir quanto lhes diga respeito... Acreditando em tal ponto de vista, O Cristo teria falado só para um colégio central de pederastas no vaticano (que nem na Judeia estava) e não a todos e quaisquer homens que se apresentassem a ouvi-lO. Só da cabeça de um velho pederasta sem Fé poderia sair tão perversa ideia. Deixamos ainda uma palavra para os que protestaram e protestam contra a presença do execrando velho a expensas do orçamento geral do estado. É lícita a repulsa. O Estado Espanhol cortou quarenta milhões à educação. E ousou gastar sessenta milhões com esta promoção escandalosa da deseducação. Não se pode consentir tal coisa. É preciso protestar. Aliás o protesto é pouco. Isto é matéria de juízo criminal, em bom rigor.
Monday, August 15, 2011
CAMERON: ASPIRAÇÃO AO FÜHRERPRINZIP
Cameron lançou hoje um ataque "fulminante" contra o indiferentismo moral e assumiu o Estado como maior expoente da consciência dos valores éticos da sua época. Assumiu o partido conservadeiro como vanguarda das transformações necessárias e deixou claro o que pensa quanto às críticas que os radicais fazem aos "políticos". Nenhum legado do filantropismo do séc. XVIII lhe sobreviverá. Resistirá ao menos o Bill of Rights? É que, ao lado disto, mais de um milhar e meio de presos políticos a que chama bandidos enchem as cadeias, com as televisões a mostrarem casas de cidadãos ingleses a serem arrombadas pela polícia como se estivéssemos a ver a OTAN em Kabul. A polícia, por seu turno, apela à denúncia de anarquistas que se conheçam na vizinhança pelo simples facto de serem anarquistas (e até explica o que um anarquista pode dizer). Produto da sodomia em Eton, o rapaz Cameron mostra-se capaz de atingir os últimos delírios. Não deixou sequer de dizer que desde cedo se sentiu chamado a este papel que para si quer gerar. Vê nos factos a confirmação dos desígnios transcendentes que o chamam. Falou a tempo. E ainda bem. Porque isto esclareceu perfeitamente o que imagina pensar e o que lhe não pode ser consentido. O Estado pode respeitar uma moral de época, mas é impensável que faça a moral da época. Eton, escola que deu à luz tal fenómeno devia ser demolida. ("Conservador", diz o rapaz?)... E o rapaz, caso mantenha esta obsessão de se parecer com a mulher que o precedeu, devia ser enquadrado noutras coreografias. As metafísicas da contemporaneidade na organização política são realmente lixo. E a probabilidade de darem sempre o mesmo resultado é esmagadora.
A FESTA DO CAPAL
"Pontal". Exagerados.(Ali nunca houve senão bois embolados e capados). O Coelho, coitado, lá veio fazer o número do "bom aluno", ou de "bom empregado", "empregado do mês", até. (Pintou o cabelo de encarnado, a criatura?)... É de vómito. É a tugária. Já o Cavaco, coitadinho, nunca se livrou dessa. Ele era o "bom aluno". Ele era a "Califórnia da Europa" (e nisso não o desmentiremos, que a Califórnia não anda longe disto, ou vice versa). Estas criaturas, entregues a si próprias, colocam-se espontaneamente (sopeirescamente) na subalternidade que realmente lhes cabe. Não conseguem viver sem a aprovação superior. E alguns, até, não acabaram de crescer e continuam com as metas da "aplicação escolar". Ele é o "bom aluno", ele é o "trabalho de casa". Que retardamento mental. Envelheceram antes de crescerem. Têm a idade mental da ronceira adolescência escolar que viveram. É do que são capazes. E até o confessam. Também são espontaneamente servis (q.e.d.).... Vai lá chamar os patrões, Coelho, vai lá. Temos algumas coisas a dizer-lhes.
UMA BOA NOITE
Cercada por uma alegria Montonera,
Cristina Fernández confirmou na vitória de hoje coisas importantes como “uma
Argentina cada vez mais igualitária”, o aprofundameno da democracia política e
a construção da democracia económica. Sublinhou a continuação do projecto
iniciado em 2003. Sublinhou o ressurgimento argentino, dos abismos político,
económico e moral. Realmente, não pode ter sido fácil. E continuará a não ser.
Mas esta vitória confirma o distanciamento da América Latina face à abusiva e
permanente intrusão americana. Sobra pinochetismo bastante isolado na sua
profunda estupidez. E o depauperado México. Não será com isto que os USA vão
seja onde for. Esta foi uma noite de boas notícias. A UNASUR pode preparar a blindagem
da América Latina contra a crise financeira. Chavez avança a possibilidade da
instituição de uma nova moeda a partir do sistema de compensação (SUCRE). E essa (boa) experiência poderia
generalizar-se ao sub-continente inteiro, sim. Se isto ocorrer, a China, a
India e a Rússia não deixarão de fazer outrotanto (em nossa convicção),
porque a ideia de sobrevalorizar o facto dos USA pagarem à China cerca de novecentos dólares
por minuto – o que é verdade e não é propriamente uma oferta, nem um favor – deve
ser complementada com o facto da China ser todos os dias burlada (senão em cada
um dos minutos) pela quebra de valor da moeda americana, como o vai ser pela quebra de valor da moeda
europeia. Eles vão superar a crise pelo anestésico da quebra da moeda. Mas esse
anestésico é interno. É ruínoso para os parceiros. A Eurásia tem de blindar-se
do ponto de vista financeiro. E não há nenhum motivo para que não o faça. Tudo
ponderado, nem sequer percebemos porque não o fez já. Esta foi uma óptima noite. São boas noites as que nos dão notícia de que o mundo continua a mudar para melhor.
Sunday, August 14, 2011
SIMPLICIDADE
A maior parte da população, em todos os lugares da terra, quer apenas
(como sempre quis) as coisas mais simples. Casa onde viver. Educar os
filhos. Trabalho regular retribuido com justiça. E algum lazer. Protecção na doença.
E alguma no desemprego. Liberdade própria para usar a voz contra a injustiça. Liberdade dos outros para deles poder ouvir coisas interessantes. E um lugar
onde preservar os despojos daqueles cuja morte não matou o amor por eles. Que há
– ou pode haver - de dificil em coisas tão simples?
Saturday, August 13, 2011
A REBELIÃO
O Governo inglês decretou em
Novembro do ano passado cortes na educação que significam propinas anuais de 14
mil dólares por estudante, no que respeita ao ensino superior. Dada a referência das despesas militares do Reino Unido, a ideia é absurda. Para falar apenas no fiasco afegão, gastaram ali trinta biliões de dólares. E de modo mais nocivo que inútil. (A direcção política e os comandos operacionais são idotas dispendiosos, porque um décimo dessa verba teria bastando para que as facções no terreno se tivessem morto umas às outras com bem maior eficácia e ainda assim a licitude da intervenção seria recusável). Os estudantes protestaram (e protestam ainda). Cheios de razão. A fixação de tais propinas em
clima de recessão corresponde a uma perspectiva política escandalosa no que ao sacrifício
arbitrário de uma geração inteira diz respeito. É inaceitável sacrificar uma
geração inteira (no que diz respeito à formação e ao futuro próximo) por razões
meramente conjunturais. Idiotas que fazem isto, não sabem o que andam a fazer. Fazer
da Inglaterra um Chile, onde a inteira classe média está excluída do Ensino Superior
– e só lá consegue por os filhos à custa de empréstimos bancários - é uma
loucura. Perfeita loucura. Protesto legítimo, portanto. Na tugária já há estabelecimentos públicos a cobrarem 25 mil euros por propinas de post graduação (!) e a exigirem 3000 euros pagos à cabeça para inscrição numa licenciatura (!). Protesto legítimo, portanto. E rebelião óbvia em
caso de insucesso. A rebelião é legítima porque a situação reveste urgência que não permite
esperar pelas próximas eleições… Quando vierem as próximas eleições, já dois
terços dos rapazes e raparigas estão fora do aparelho escolar. E o dificilmente
remediável estará consumado. Não pode ser. A rebelião é a providência cautelar que resta em quanto respeita à vida política, porque ninguém aqui preservou os mecanismos –
eficazes, tradicionais e ocidentais, velhos como a Velha Roma – para travar imediatamente
e politicamente o que tem de travar-se imediatamente). Os Tribunais não podem
razoavelmente ocupar-se da violação de pactos políticos face aos quais o Estado
é ente subordinado. O tribunal comum não pode exigir a subordinação do Governo
ao “Direito Político”, porque isso está fora da sua esfera de poderes. (Há
separação de poderes). Ora, nada mais havendo, é a rebelião, portanto. Evidentemente.
Em Santiago do Chile como em Londres. Por estes motivos, ou por motivos de
análoga importância política e social. (Ainda por exemplo) também não se pode
esperar pelas próximas eleições para discutir se as unidades clínicas de
cirurgia cardiovascular ou de tratamento oncológico devem manter-se abertas ou
não, porque nessa altura terão morrido aqueles de cujas vidas se trata. Há
coisas que são o que são. E são assim. Não se pode esperar pelas próximas
eleições para discutir se alguém tem, ou não, o direito de não ver os seus filhos
com fome diante de supermercados com farto abastecimento, mas onde não se pode
ir porque o desemprego não deixa. Nas próximas eleições os miúdos terão
morrido. É basicamente este o raciocínio. E é bastante jurídico, segundo tudo
indica. Quem lhe opuser “a ordem” ilegaliza “a ordem”. Parece bastante linear. Olhar
para isto do ponto de vista da esquerda ou da direita é desajustado. Essas
clivagens só fazem sentido depois das coisas essenciais estarem resolvidas e
assentes. Essas coisas essenciais resolvidas e assentes é que são “a ordem”.
Não pode haver ordem contra isso. O Estado é o primeiro instrumento da
solidariedade. É meramente instrumental. Se não serve, obriga-se a que sirva
por ter sido feito para servir. Ou deita-se fora. E faz-se outro. Ou faz-se
outra coisa. Nada há aqui que seja complicado. É tudo perfeitamente linear. Tanto
dá que seja em Londres, em Atenas, em Santiago do Chile, no Cairo, ou em
Lisboa. É simplesmente assim. A direita e a esquerda são esteticismos que só
faz sentido discutir depois da comida estar nas mesas, os professores nas
escolas, os médicos disponíveis nos hospitais, depois disso podem discutir-se
as questões estéticas da vida pública. (Como os modos de reconhecimento dos méritos, as honras públicas que lhes são devidas, as diferenças salariais que devem traduzi-las, a liberdade de iniciativa empresarial e os limites do controlo público, etc). Mas quando estão (e enquanto estiverem) em causa questões tão
básicas, a única coisa que é preciso saber é se o Estado faz o que foi feito
para fazer, ou se recusa a obediência aos seus deveres primeiros. Se recusa, nem
há o que discutir. É tirar os anormais dali antes que morra gente, ou antes que
morra mais gente. Porque são anormais, realmente e muitas vezes. Olha-se para as trombas do
Cameron sob pressão, ou para as do ministro das finanças da tugária e não pode
haver dúvidas quanto ao gritante deficit de normalidade. O desgraçado do Gaspar
nem falar consegue, coitado. Como o Cavaco. Escolhem-nos assim e se calhar por
isso. Mas a Palavra (não é?) é indesmentível fronteira de humanidade. Estes
desgraçados não existem. Cameron quer fazer crer que se trata de simples "motins". Este Sábado deixou claro que se trata de bem mais do que isso. Aliás em Dezembro já lhe tinham dito que o pior ainda está para vir. E está. Os simbolos "consensuais" deixaram de o ser. São já simbolos de outra coisa. Outra vez se sublinha que o controlo dos media serve apenas e agora para desacreditar os media e já não para controlar a informação. Esta é uma grande novidade. Cameron volta-se contra a novidade dizendo que são as possibilidades da "net" que explicam os "motins". A net possibilita formas de coordenação e planeamento importantes. Mas só se coordena o que já existe no terreno. Só se planeia com o que já existe. A net não gerou os "motins". A cretinice das "medidas de austeridade" em favor dos "banksters" é que gerou situações intoleráveis. E não apenas em Inglaterra. Houve até um estado que se portou à altura das circunstâncias: a Islândia. Quem se opõe aos protestos não tem nenhum razão. O FMI e os seus serventuários não têm nenhuma razão. Isto assente, vamos ao que interessa.
Friday, August 12, 2011
INSULTO ESPANHOL À SANTA PÁTRIA ROMENA
Os castelhanos dizem que registam mais de cento e noventa mil romenos desempregados. O ABC mostra para ilustrar isso uma fotografia de ciganos da Roménia a levantar o acampamento. É preciso esclarecer as coisas. Se há mais de uma centena de milhares de nómadas desempregados é preciso tratar dos nómadas. Se há migrantes desempregados é porque, com toda a verosimilhança, deixaram de ser migrantes. O imigrante faz da precariedade o seu negócio. Está livre. Pode construir uma estrada na Biscaia e servir cafés na Andaluzia balnear, logo a seguir, para depois, ou ao mesmo tempo, reparar aparelhos de ar condicionado. Isto é assim, sobretudo, com a gentil e inteligente malta romena e a do resto da Europa Oriental que, em regra, têm uma óptima educação secundária e, com frequência, trazem educação superior completa em algum grau. No caso dos romenos (e não dos ciganos da Roménia) são atraídos pelos países latinos, por razões culturais, porque se sentem (e quiseram sentir) os latinos do oriente. E ficam muito contentes (simpáticos tontos) quando encontram os "latinos do ocidente". Na verdade os legados intitucionais da latinidade nada têm a ver com qualquer etnicidade de "povos latinos". Até porque os andaluzes, castelhanos e tugas são mais mouros e negros que outra coisa (não contando com os ciganos a quem também podemos começar a chamar espanhóis). São péssimamente recebidos, os migrantes da Europa Oriental. Asquerosamente tratados. Os papistas querem explorar-lhes o número para encher as igrejas vazias e até fazer proselitismo entre eles, já que boa parte dos espanhóis querem que "el papa se hoda, no?" (e não estão a referir-se ao Santo Patriarca de Alexandria). Contudo, os romenos gostam de Espanha. Gostam da vivacidade. Gostam do clima. Gostam da vitalidade intelectual de Madrid e de Barcelona. E muitos fixam-se. Quando se fixam, passam a estar abrangidos pelo desemprego. Mas toda a gente lhes dizia que era assim mesmo. Que havia uma almofada para essas situações. Mas, afinal, para eles não. À medida que os migrantes se fixam, é preciso que entrem mais. Porque alguém tem de fazer bem feitas as coisas que eles faziam, com a qualidade, versatilidade e mobilidade com que as faziam. Quando o mecânico do ar condicionado encontra emprego como engenheiro (por exemplo), porque sempre foi engenheiro, fixa-se, casa, compra casa, compra carro (tudo a prestações como toda a gente) e fica desempregado (como toda a gente). Só então se grasna aqui-del-rei que é romeno?... Na verdade ele perdeu a mobilidade que podia salvá-lo (e não ganha necessariamente mais por isso). Cometeu o verdadeiro disparate de comprar coisas aqui em vez de o fazer na sua terra. E de confiar nisto. É pena. Mas deve fixar-se a experiência como lição. Quando a corja tuga se apresentar em Bucareste a pedir vida e emprego, é metê-los em vagons de gado e mandá-los para a horrenda terra que os fez (se essa terra ainda existir, o que não é certo). Barram então a entrada a romenos. Muito bem. A Roménia que pondere, enfim, esta realidade indesmentível que é o facto da sua "integração" na União Europeia ser apenas uma parte (e nem sequer muito importante) de uma estratégia de cerco à Rússia. Prometeram-lhe, à Roménia, que seria rica. E retiraram-lhe os recursos que esta tem, sem lhe darem em troca outra coisa que não seja a ruína e a vergonha deste tratamento. Essa ruína e essa vergonha devem ser retribuídas aos capões do oeste. Não só à moda de Londres, nem só à moda do 15 M. Mas à maneira romena, à maneira búlgara, à maneira cossaca, e, sim, definitivamente, com a altivez russa e o desprezo infinito pela panasquice e pelos (crudelíssimos) panascas do "Ocidente" e as suas pêgas alegadamente feministas. "Espanhóis"? São aqueles ciganos do flamenco? Ou são aqueles ciganos escurinhos do alentejo onde roubam gado? Enretanto os catalães barram o "E" nas matrículas de automóvel e as autoridades locais anunciam que deixarão de os multar por isso. "Espanha"? É alguma coisa mais além de uma aspiração do endoidecido tuga?
OS FRANCESES, OS BELGAS E A PROSTITUIÇÃO
Um movimento para a criminalização da
prostituição ganha fôlego na Europa. Em França e na Bélgica querem radicalizar o “modelo
sueco” – disposições legais que obrigam os suecos a irem aos bordeis da Noruega
para evitarem as multas, ideia e prática que irrita justificadamente os noruegueses
– e fazem-no em nome da “dignidade da mulher” e da sua “imagem”. A verdade é que não existe “dignidade da mulher” (só
existe dignidade do género humano) e também não existe “a mulher”. Só existem
mulheres. Por outro lado, não são apenas as mulheres que se
prostituem. (Também há, como nota uma voz amiga, os deputados, os jornalistas, os advogados e os eclesisásticos, embora não seja exactamente disso que estamos falando). De modo que uma tal perspectiva não foca, ou foca apenas residualmente, a prostituição masculina (incluída a dos "gajos" que dizem ter
"alma de gaja" e implantam mamas e rabos de silicone, em conjugação com implantes
para aumento do pénis... Se o problema é o da imagem, talvez pudéssemos começar
por estas estranhas imagens). A ideia também não trata a pornografia. Pelos
vistos (e por exemplo) a mobilização massiva das mulheres de Budapeste pela “indústria da pornografia” não merece a menor atenção. A prostituição homossexual
das mulheres parece também estar fora das preocupações, uma vez que o alvo
gizado é “o cliente” (masculino) da prostituição feminina. Bem entendido, essa
forma de prostituição verá acentuadíssima a sua clandestinidade e
intensificados os riscos, designadamente os da violência. Não falando já do indecoroso papel reservado (e consentido) ao "chui" que se traduziria na outorga de carta de corso ao voyeurismo dos polícias. Era realmente o que faltava. (Como se a sordidez do polícia médio não fosse um dos primeiros problemas dos sistemas públicos de segurança). E como isto se congemina
em França e na Bélgica, a Espanha, a Itália e a Holanda (mais a tugária, mas
essa nem para isso conta) ficariam com o ónus de aturar os clientes completamente
neurastenizados pelas circunstâncias impostas – se vierem a impor-se, como tudo
o indica - em França e na Bélgica. (Há em todo o caso a esperança de deixar de haver Bélgica). Isso
implicará, no mínimo, aumento de pressão sobre as tarefas de polícia e sobre os serviços de saúde. Isto visto,
senhoras e senhores deputados e venerandos senadores, incumbe-nos fazer notar que isto parece mesmo saído da cabecinha
(realmente minúscula) do minúsculo Montes que é o ”bispo” papista das “mães de
Bragança”. É realmente de se lhes meter a porra do bispo – como nós os gregos
costumamos dizer – pelas ventas dentro, a ver se alguma coisa se alumia naquelas
cabeçorras.(Porra é uma velha palavra grega que significa bordão, já tínhamos dito isso, até, mas foi há muito tempo e a repetição pode ser útil).
Thursday, August 11, 2011
O TRAVESTI EM GESSO DA DAMA DE FERRO
David Cameron expôs esta manhã ao Parlamento o seu escasso entendimento de quanto se passa por lá. Disse - quando o vimos reinava um sepulcral silêncio na sala - que os motins iniciados em Londres e que depois se espalharam às principais cidades do país "não têm justificação". Tal declaração é de uma imbecilidade larvar. O Cretino reconhece um problema de amplitude espantosa. E insiste que é uma questão de polícia. Semeou então 16 mil polícias pela cidade de Londres. Autorizando novos equipamentos. Os irlandeses que se deixem de peneiras. Cameron "democratizou" a excitação nervosa da vida em Belfast, doravante ao alcance de todos os ingleses. Estes capões sob forma humanoide, nascidos na intriga de corredores dos partidos, são incapazes do que quer que seja a não ser fazer o que aprenderam. E isso foi muito pouco. Bastava, para estupidez, a simples imagem deste travesti em gesso da "dama de ferro". Aparentemente, os assustados ingleses ainda não perceberam que - geológicamente falando - o gesso, sob pressão, comporta-se como lubrificante. E se é de um lubrificante que precisam, isso é exactamente o que têm. Os motins assustam muito menos do que assusta o Cameron a tratar deles.
Wednesday, August 10, 2011
SOCIALISTAS PROTEGEM RATZINGER
O asqueroso velho vai a Madrid, para presidir ao encontro internacional de adolescentes da igreja da pederastia. A Monarquia Espanhola é confessional. (Infelizmente). Os laicistas ficaram em brasa (pela Graça de Deus) e tratam de preparar à criatura uma recepção que salve a cara de Espanha. Foi então que o PS quis metê-los num cantinho, para que se vissem o menos possível. Não faltaria mais nada... Nós pensamos que estas deslocações do velho devem ser mais contidas, mas não completamente inibidas. Há-de haver um momento em que o poderemos agarrar com um mandato de captura internacional... Havemos de o caçar, sim.
TOTTENHAM
Um exemplo. Exemplo a seguir. Tottenham era um exemplo de integração pacífica que os franceses iam estudar. Esperemos que tenham continuado a estudar. Escassos meses de governo conservador e temos o Reino Unido metido em mais uma (a Líbia) e mais noutra (a convulsão social) e numa terceira, (o compromisso evidente entre o assessor de imprensa do primeiro ministro e as escutas ilegais, com plausível fuga de informação reservada) tudo no terreno de uma (grande) quarta (a incapacidade de resposta ao colapso da dívida soberana). O chefe do governo não é mais um idiota. É um interessantíssimo cretino. Seiscentos detidos e cem bobbies feridos. Entre os detidos está uma criança de onze anos. E o cretino na chefia do governo presta declarações dizendo (quanto aos menores) que se há idade para fazer aquilo, também há idade para as consequências. É precisamente o que achamos do chefe do governo de Sua Majestade. Se a imbecilidade o levou a provocar isto, a imbecilidade que o leve pelo resto do caminho. Acha que às convulsões sociais - politicamente provocadas por ele próprio - se responde com a polícia e o processo criminal. Pensávamos que já não havia desgraçados assim. Mas, enfim, a cada desgraçado a sua desgraça.
Tuesday, August 9, 2011
O COLAPSO DE TODOS OS APARELHOS
Enfim, o desenlace. "Banho de sangue" dizia a RT, às primeiras horas de hoje, quanto aos mercados financeiros. A pior crise desde a Segunda Grande Guerra, disse o Trichet. Está muito bem. É assim.Subitamente, inesperadamente, estoira o que sempre se temeu e jamais se preparou. São precisas "medidas não convencionais". É exactamente o que pensamos. E como nós assim pensam todos os insurrectos da Europa, de Atenas a Londres. São necessárias medidas não convencionais. Na tugária, são aquelas que convencionalmente se entendem por pacíficas, em todos os quadrantes da opinião. Exemplificativamente (e sem preocupação de libelo exaustivo), é preciso ir buscar o dinheiro ao Henrique Salgado que avençou vários membros de vários governos e teve acesso a informação privilegiada, é preciso ir buscar o dinheiro aos "autarcas" que fizeram (com os seus dois mil e quinhentos euros mensais) vultuosos investimentos imobiliários no Brasil. É preciso ir buscar os hoteis de Almeida Santos e Dias Loureiro (e do Jorge Coelho). São medidas não convencionais, claro, mas todas previstas no Código Civil e nos Códigos Penal e de Processo Penal. Não sendo possível, é preciso inviabilizar as heranças do dinheiro sujo. Isso torna inútil toda a corrupção. E é medida de facilidade espantosa. Era até melhor não desafiarem muito, porque é realmente fácil. Também temos que ter umas conversinhas com a igreja papista e os abusos dos seus asilos. E umas outras com as "maçonarias " maradas que andaram a organizar a corrupção nas empreitadas municipais. Tudo medidas não convencionais. Todas velhas como a Lei Civil. E algumas velhas como o Velho Testamento. Outras, mais velhas ainda. E estas resolvem o déficit em seis meses de investigação criminal. (Essa investigação deve envolver a inércia da investigação criminal até agora e o controlo sobre advogados, controlo para que nada digam, não processem, não pensem, e não divirjam, controlo que tem sido o terror e esse terror deve ser retribuido ao papismo e à sua opus mais às "maçonarias" maradas). Pois é. Isto significa o que de mais interessante e de mais novo nos trouxe o colapso financeiro: a falta de confiança nos estados. Esta falta de confiança nos estados, que agora vem dos investidores, já tinha vindo dos cidadãos com os números de alheamento atingidos. Esta falta de confiança nos estados já tinha vindo nas palavras e actos dos insurrectos de Atenas a Londres. Os estados estão parasitados por gentalha indigna de qualquer confiança. Os seus títulos devem olhar-se como fonte de ignomínia e indício forte de indignidade pessoal. São inúteis a aflição de Trichet ou a encenada descontração de Obama. O que o colapso revela é que os sábios oficiais se esqueceram de medir o impacto económico da decência. Mas o da indecência já não precisa de ser medido. Está fixado pelo colapso dos órgãos vitais do sistema. Embora o sistema deva morrer tão mal como viveu. Mas isso é o que menos importa, desde que morra. Preparemos o futuro. Confiadamente. A tugária já deixou de existir. Agora é deixar a imunda corja em condições de não poder repetir. Isso não pode ser difícil. Hoje combate-se nas ruas de Londres. No Outono virão outras ruas, de outras antigas capitais.
Monday, August 8, 2011
UMA PÊGA COMO AS OUTRAS
O asqueroso Ratzinger juntou-se
hoje ao coro dos “presstitutos”quanto
à Líbia e à Síria. Pronunciou-se como o teria feito qualquer ministro otanasca.
E isso não admira. Desde o execrando Montini que o chefe da igreja dos pederastas é
o Director-Geral da CIA (sendo certo que nem a CIA simpatiza propriamente com a
pederastia, pese embora quanto dizem os “mentideros” quanto às crises de gosto
de Carlucci em Lisboa). Montini era um informador da CIA e nas suas antecâmaras
nenhum director da agência teve alguma vez que esperar, ou fazer-se anunciar (entravam
directamente). Estas coisas uma vez concedidas, não têm recuo possível. Razão
tinha o KGB quando passava sumariamente pelas armas os pederastas
papistas que o “rusicon” lhes ia introduzindo no território. Nós é que “não sabíamos da missa a metade”
e ficávamos muito impressionados com os contos do vigário. Esses
tempos felizmente passaram. Hoje sabemos o que aquilo é. E para que serve. Os “presstitutos”
(otanascas e federastas, em regra, provavelmente cruzados se os mandarem ser) têm
andado em febril actividade anti-síria, provavelmente porque a aliança otanasca
conta com os “aliados árabes” para pagarem a respectiva campanha militar. Mas a multiplicação de frentes faz inviável qualquer financiamento. Ahmadinejad concedeu uma entrevista magnífica à Euronews. O decano dos inimigos públicos nºs
1 dos USA apresenta-se como um homem tranquilo e ciente que os inimigos do Irão são
indignos de qualquer consideração e apenas perigosos pelas anomalias psíquicas
que visivelmente os habitam. Chavez não andará longe dessa opinião. Neste estranho contexto, a fada Hilária decidiu
botar faladura anómala, reafirmando a intenção dos USA "liderarem o mundo para a
superação dos mais complexos problemas da nossa época". Que estúpida, a fada Hilária.
O botox da sexagenária já lhe está a interferir com as sinapses cerebrais. Putin já lhes tinha dado uma sova há pouco tempo. E acrescentou um par de estalos: sublinhou
que não teria sido possível maior arrogância nem maior grosseria que a da fada Hilária. É verdade. Putin mantém este hábito velho - e às vezes enervante - de ter sempre razão em Política Internacional. De novo e em tudo, os “presstitutos” perderam qualquer credibilidade.
Perderam qualquer qualquer utilidade como arma de guerra. Ratzinger também. E também
ele é uma pêga. Mais cara que as outras, mas não mais do que uma pêga.
Sunday, August 7, 2011
GOVERNO À SUCAPA
Governam às escondidas os cavaquistas de segunda geração. Embora preparem já a resposta à fome e aos "problemas sociais" na Tugária. Essa resposta é entregue aos cães papistas. À "Caritas". O inferno na terra, portanto. Já os estamos a ver com o papo-seco (muito seco, porque não querem interferências da ASAE) na pata a exigir a recitação do credo para o entregarem... Já os estamos a ver, sim. Mas os cães do governo da tugária não mostram os focinhos. Não ladram em público. Estão nos seus buracos. E aí preparam os seus golpes. Como salteadores. E isso é exactamente o que são. Haverá quem os arranque a esses buracos. E havemos de os ouvir ganir diante da multidão. E ganirão tanto mais alto quanto mais tiverem feito gemer a multidão.
O FIM DE UM MUNDO
O que antes diziam os radicais é
hoje a mais suave expressão dos críticos moderados. Os USA estão em
queda. E queda livre. Nas guerras que desencadearam, a superioridade de
armamento conseguiu uma apreciável (ainda que dispendiosa) capacidade de destruição
das casas e vidas alheias. Mas essas guerras são atoleiros. Onde nenhuma vitória
foi possível em dez anos. As ocupações militares do Afeganistão e do
Iraque são crimes vergonhosos. Revela-se simples cobardia sem nexo a destruição
da Líbia por bombardeamentos (já sem nenhum objectivo militar ou político), visando
impor o “poder” de gangsters, que haveriam de ser os instrumentais do
“novo poder” em caso de vitória. Mas não pode haver viotória militar com
derrota política. Os “rebeldes” já se matam uns aos outros e nunca foram
muitos. As reportagens de televisão seriam hilariantes se não fossem trágicas. Mostram gangs de selvagens, sem treino possível, sem disciplina, sem nada além da
força brutal dos bombardeamentos otanascas que sustentam essa ficcção. Na Europa, as ocupações militares
otanascas na Bósnia e no Kosovo são outras derrotas políticas. Os conflitos estão
exactamente no mesmo lugar. Esperam a falência financeira da ocupação militar da OTAN para se resolverem como tiverem de ser resolvidos (e têm de ser
resolvidos). O assombroso insulto, a tremenda imagem do “progresso político” na
Europa pode bem ver-se no filme (chocante) que tem o título brasileiro de “terror
sem limites”.É uma bela alegoria. Mas, como nos ensina toda a gente em todo o
lado, não havendo alternativa que não seja a morte, o melhor projecto é o de
morrer decentemente. As guarnições ocupantes devem ser olhadas (e vão sê-lo)
como banditismo genocida. Caiu o mito da invencibilidade das armas inteligentes,
ou da guerra onde os armamentos se batem sós, sem baixas, ou inconvenientes
para a potência agressora. Uma desgraça. A coroar uma indecência. Agora toda a
gente sabe que combater de armas na mão é o que sempre foi. Questão de
determinação, de inteligência e de legitimidade. Mesmo que as armas possíveis
sejam apenas as velhas fundas, ainda assim a vitória é possível. Do Afeganistão
a Gaza, essa demonstração está firmada. Agora vem o corolário da derrota
otanasca. “a dívida do norte é incobrável” concluía o presidente Morales, um
dos novos heróis que fazem novo o Sul. E com toda a razão. A China relançou o
projecto da Nova Moeda para que as loucuras dos USA não lesem mais do que é
razoável. A burla na qual se consubstancia o dólar americano está a chegar ao fim da sua história. O resto é o que iremos ver. E Não pode ser esquecida,
nisso que se for vendo, a intencionalidade política na construção da miséria. A
“estratégia” de Abu Graib e Guatánamo, pode bem ampliar-se às “questões domésticas”
e a qualquer momento. A fome, por outro lado, não é mau instrumento do abuso de poder. E pode bem ser a resposta intencional às rebeliões que estalam por
todo o lado, de Inglaterra a Israel e do Cairo a Madrid. (Lisboa não conta, até porque a fome já grassa nas ruas há anos e sem nenhuma inquietação). Pode bem ser uma técnica de sujeição, sim. E é
preciso preparar isso. Parecendo poder entrever-se que a crise gerará as novas lideranças necessárias à paz e aos objectivos do desenvolvimento. Até que estas surjam não voltará a haver segurança. Nem justiça. Nem confiança. Isso parece claro.
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