Monday, August 22, 2011

ÚLTIMAS DO CARNAVAL PAPISTA DE MADRID

Acabou o carnaval papista de Madrid. Sublinha-se a intrusão evidente na vida política interna do Reino de Espanha com a recepção intimista ao chefe Rajoy da quarta geração franquista. A recepção ao governo foi  apenas protocolar. O governo deu as boas vindas à criatura e pagou-lhe as contas. Mas Rajoy apresentou-se como um abençoado. E assim teve a alegria de alinhar com o bom velho Pinochet, outro abençoado.  O futuro dirá se estão no mesmo plano. Sublinha-se a euforização como instrumento de manipulação (política) do lumpen-burguesia e sublinha-se ainda a insistência (no aeródromo dos quatro ventos) na falsificação dos textos: "és pedra e sobre esta pedra (...)". Já Santo Agostinho insistira, "Petrus, non Petra". Da pedra, mas não a pedra. Não é preciso dizer mais do que disse Agostinho aos velhos falsários. Sublinha-se também a presença , atrás do "altar", da gentalha armada da segurança. (Há definitivamente uma alteração do rito, parece).  Parece até haver no protocolo eclesiástico uma precendência honorífica nova da gentalha armada da segurança, cujo papel parece ser o de rosnar aos fiéis (porque os outros não vão lá)...  Sublinha-se também o insulto aos militantes da Europa Laica, no qual o parasitário heresiarca vaticanasca  lhes chamava "parasitas". Imagine-se o descaro do pederasta... No You Tube  abundam vídeos ilustrando a agressividade do laicado relativamente aos manifestantes que, de resto, estavam em sua casa, na sua cidade,  expressarndo as suas posições como é seu (deles) pleníssimo direito. Mas foram agredidos pela polícia, vaiados pelos manifestantes integristas de Ratzinger e insultados pelo "bispo" com aquela oxiorose de alma - na qual se salda o inteiro papismo - a que chama, certamente, "moral". e é uma forma de pornografia. Na Ortodoxia, os mais piedosos mestres olham com comiseração a corja papista e as  suas colecções de dislates, falsidades e violentas perversidades, concluindo: "eles não compreendem os textos dos quais estão privados por erros graves de tradução". Também achamos que sim. Mas a vitimização é do laicado e não da hierarquia. Porque a ignorância é um instrumento de poder (de um tipo de poder, bem entendido). Como a hipernormalização. Mas, sim, eles não têm os Textos. E estão mais longe do Cristianismo do que o Islão. De tudo, um leitor do Vaguardia deixou um belo comentário "on line" e dizia, "como foi possível alojar tanta gente nesta altura, sem que se consiga encontrar lugar onde acolher os sem-abrigo, neste como em todos os outros momentos?"... É uma boa pergunta. E a resposta é que também a miséria e o radical desamparo têm um papel no exercício do poder. (De um tipo de poder, claro).E hão-de ter também um papel (muito diverso, embora) no protesto reactivo. 

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