Sunday, January 24, 2010

IRENEU, PATRIARCA DOS SÉRVIOS, GUARDIÃO DO TRONO DO PATRIARCADO DE PEC

Que o trono de Lázar, Tsar Serbski, permaneça firme nos corações dos seus cavaleiros e a poesia de Stefan Lazarovic ao alcance de todos os olhares. "Cinge a tua espada ó bravo, caminha na glória e na majestade, cavalga pela causa da verdade da piedade e da justiça, maneja o arco porque ele faz temível a tua dextra", eternamente agora e sempre e pelos séculos dos séculos, amén! "O Senhor colocou sobre a tua cabeça uma coroa de pedras preciosas, tu pediste-lhe a vida e Ele te dará lonjura de dias". Kyrie Eleíson! Mnô Gaya Leta!

Sunday, January 10, 2010

Liberdade, Liberdade...

Os países da Europa meridional, infectados pelo papismo, estão sempre divididos a meio nas questões fundamentais. França, Espanha, Itália andam nisto sempre em sobressalto. A Roménia está disto salva porque nunca foi papista. (Já a tugária é todo um outro fenómeno e não é propriamente um país, é um asilo licencioso, um hospício de internados em sobredosagem de psicofármacos, simultaneamente um bordel e uma cadeia com um pouco mais de 90 mil Km2, ilhas incluídas). Os latinos amam a liberdade e batem-se por ela, mas não sabem ser-lhe fiéis, dizia Hertzen, horrorizado diante das propostas de um velho amigo e combatente francês. Assim parece ser, realmente. De Espanha chegam más notícias para a liberdade de imprensa. Um juiz de Castela achou que podia retroceder 40 anos e produziu uma sentença grotesca, violentíssima, violadora de toda a jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. No El País respondem-lhe com o ânimo combatente da velha Espanha republicana. E bem. Uma tal criatura judicante deveria ser afastada de quaisquer funções de natureza pública por se mostrar homem radicalmente inidóneo como todos os que se lhe assemelhem). Uma tal sentença traduz bem o desvario dos funcionários administrativos formados numa concepção nacional-católica do estado. Germina-lhes sempre na ialmazinha uma fúria imensa ante a liberdade alheia. Como diante de qualquer normalidade alheia. Encontram estes homúncula pela frente, em Espanha, homens com a autoridade moral do Cebrián que lhes recusa qualquer respeito e nisso faz muito bem (mesmo ao preço de invocar, sob irritação, a sua autoridade de académico, que deveria dar por demonstrada porque o está). Um juiz nesta figura e nestas matérias é (por ora) uma excepção em Espanha. Mas na tugária é a regra quanto à atitude, embora lhes falte muitas vezes a coragem para afrontar os "grandes nomes" diante de quem aplicam - só por isso, pelo estatuto do arguido- as exigências do Direito quanto à liberdade de expressão. Quanto a outros problemas os lamentos públicos parecem significar que nem o Direito aplicam. É em todo o caso imprescindível ler o texto de Cebrián. Aqui está. Em Espanha, a Hierarquia dos Tribunais anulará isto. (Na tugária isto seria mantido, se não agravado). E o El País, como bem se demonstra, não é apenas um dos jornais mais lidos em Portugal. É porventura o único com o qual se pode contar.

Saturday, January 9, 2010

O RESPEITO DEVIDO ÀS INSTITUIÇÕES

A mais eficiente e duradoura das polícias políticas foi a inquisição. Espantosa realização onde convergem todas as taras do papismo. Foi, como todas as realizações do género, obra entregue à escumalha. Só a escumalha vive na vacuidade moral necessária a tais tarefas. Por isso saíram os inquisidores das horrendas corjas das ordens mendicantes. Uns, eram pardacentos homens de Boaventura – carrasco dos companheiros de Francisco de Assis – ousando chamar-se franciscanos. Juntou-se-lhes a repulsiva gentalha de Domingos Guzmán. Ou o inverso. Funcionava a coisa nessas eras um pouco como hoje, na tugária. Recrutam-se os juízes entre as filhas das porteiras para obter efeitos parecidos. E esses efeitos aí estão. Os processos eram ensejos de saque. (Ainda o são na tugária, isto não está muito diferente como o atesta a criminosa “jurisprudência” em uso local, na qual se certifica a perseguição de qualquer protesto a pretexto da “honra” ferida qual seja a de um polícia torcionário, por exemplo, para não falar já na “honra” dos proxenetas de órfãos da Casa Pia, ou a dos seus clientes). Tais corjas assassinaram, evidentemente, gente a mais. Como sempre ocorre. Roubaram todavia mais do que assassinaram. Também isso continua vulgar. E inibiram mais do que roubaram. Ainda hoje assim é. Os assassinatos (menos frequentes), como a tortura (de emprego banal), serviam bem o terror entre as patas inquisitoriais e, à luz das infinitas possibilidades do horror, as vítimas do roubo talvez até se sentissem quase afortunadas. Tudo servia a conformação e o silêncio, mesmo diante do clima de denúncia generalizada. O medo do pensamento próprio foi fruto comum colhido por esta gentalha. Como o medo de falar. E a imagem correspectiva do poder (político, disciplinar, familiar). Espécies enraízadas na tugária, capazes ainda de eliminarem todos os frutos da terra. E ninguém podia travar a inquisição. Ninguém? Em boa verdade havia, nessas eras, uma brecha: os jesuítas. Os jesuítas podiam – pela absolvição em confissão ordinária, mas com eficácia plena em processo - arrancar qualquer suspeito de protestantismo, ou de leituras proíbidas, às patas da escumalha inquisidora e às minutas sórdidas da franciscalhada e fenómenos afins. Era o escudo possível consentido à nobreza e à inteligência. Bem entendido, sempre seria necessário aceitar tal intervenção, senão pedi-la. Uma espécie de capitulação cordialmente recebida. Porém tal coisa não é evidente nos parâmetros de conduta de um aristocrata. O medo da morte é natural. Mas mostrá-lo é aviltante. E deixar-se condicionar ou determinar por era (e é) inqualificável. Mas, resolvido esse conflito moral, pronunciada a fórmula absolutória pelo padre da Companhia, estavam salvas a vida e a fazenda da vítima. E a escumalha inquisidora não podia tocar todos. Não nos bispos, por exemplo. O processo inquisitorial contra um bispo tinha de ser conduzido por jesuítas. As polícias políticas posteriores esqueceram este detalhe. Tem que haver modo fácil e descentralizado de fazer parar estas escumalhas. Caso contrário a estrutura organizacional do poder corre perigo pela acumulação de inimigos inteligentes cuja força acabará por atingir o próprio centro do sistema e não apenas as periferias. Dá jeito poder continuar a dizer “não se pode generalizar”, sem ter de sacrificar nenhum dos esbirros e sem deixar ao alcance inelutável destes qualquer homem que valha mais que eles, aos próprios olhos de quem comandar. É mesmo útil consentir que a generosidade exista. Quando isso não queira conceder-se, é pelo menos necessário que alguma coisa funcione com imagem de generosidade (e mesmo a imagem tem de produzir efeitos críveis). É o mínimo. Ora nada disso está presente hoje na imunda tugária, ou país institucional. As polícias políticas montadas designadamente na Ordem dos Advogados, mas também no Conselho Superior da Magistratura, dão conta da resposta histórica à discordância de Cavaleiro de Ferreira. Este discordava da concessão de poderes jurisdicionais à PIDE e demitiu-se. Os proxenetas de órfãos licenciaram os seus “pides” em “direito” e largaram-nos como “magistrados” ou julgadeiros “disciplinares” de advogados. José Maria Martins protestava em 2006 contra um execrando homúnculo o “advogado Manuel Sebastião” e chamava-lhe “pide” no seu blog. (Também chamou três vezes porco a alguém e o três vezes chamado porco corre o risco de ser recordado apenas por lhe terem chamado aquilo). Na verdade o “advogado Manuel Sebastião” é coisa nenhuma. Vem com as ventas engelhadas em focinho de lagarto, sem lábios, coroando a presença enfezada onde se atestam as dez gerações de sífilis, alcoolismo e raquitismo que o antecederam. E onde se traduz e acolhe a ânsia que lhe provoca qualquer normalidade de qualquer ser humano. Traz a ausência de apelidos dos que foram abandonados na roda dos expostos. E a forma mentis do asilo na ialma. Foi engajado – certamente muitas vezes – e trazido a tão torpe função pela Vera Adão e Silva, em lista-pêga, ou paga, segundo um membro do gang, pelo gang da independente (vaga agremiação pretensamente maçónica, sem que nenhum maçon lhes tenha partido as ventas). Zelava esta Vera por um jovem Adão e Silva à data medrando em baixo de Paulo Pedroso quando este andava - erguido nas nádegas e por causa delas, segundo tudo indica - nas pastas ministeriais. Quem sobe a levar no rabo, desce a levar no focinho. É a regra imutável que a sociologia das organizações não desmentirá jamais. Pedroso ainda não levou no focinho. O jovem Adão e Silva ainda não levou no focinho. (Não deitem foguetes antes de tempo)... A Vera vigiava. O gang da Independente vigiava. A rede de clientes dos proxenetas da Casa Pia, vigiava. Eis então a pide dos proxenetas de órfãos, com um Alves a capitanear. Estatuto novo a escorá-los. Um gang (só um?) a pagá-los e os desgraçados de sempre a servi-los. Semi-alfabetizados e sem controle mínimo do léxico que usam e às vezes nem da grafia. Pode ser um qualquer "advogado Luís Martins" saído da Bichieira, sem nada que o distinga senão isso, mas irritante como o colibacilo. Ou um Manuel Sebastião. Vulgar paramécia. Ou Luís P. Relógio, outro desses fenómenos. (Cara repugnante como a imagem de um condiloma). A este, disse-lhe o pai, (como publicamente referiu), que ele ia estudar para aldrabão. E se lho disse o próprio pai, que havemos nós de acrescentar?... Têm todos em comum isso de viverem como tropeços e andarem aos caídos. Vítimas?... Há-as certamente. Havemos de os interrogar sobre as vítimas. Depois seguirão o destino que lhes cabe. Pobre Alves da Opus. Cretino incapaz de honestidade. E que estranhas alianças, se as palavras significassem ainda alguma coisa. Hábitos contra natura podem alicerçar tudo, não é assim? Como poderia a Opus não ser coisa dos Alves, traduzindo e partilhando a destinação desses Alves? Eis no que se traduz a prática chamada Direito na tugária: uma verborreia de minuteiro cuspindo textículos ao serviço de gangs que paguem. Com o empenho das Escolas onde não há teses. Como poderia haver teses em Faculdades de Direito onde quanto se escreve deve ser legitimado "ex autoritate" pela citação de quem não pode ter autoridade nenhuma?... E direito de mentecaptos é coisa que não pode haver. Mentecapto é necessariamente quem elabora grossos volumes de recortes sob forma de citação, por não ousar sequer o uso de uma preposição sem invocar a autoridade no uso anterior. Belo noviciado para quem deve perseguir a liberdade alheia. Tudo com umas missinhas à mistura. Porque não há eficaz prostituição de crianças órfãs sem umas bençãos em Loja de proxenetas papistas. Interrogá-los é imprescindível, sim. A todos. Depois disso, os infernos que levem quanto é seu. Sem prejuízo - evidentemente- de quanto determine a cósmica soberania do Altíssimo no que respeita à ἀποκατάστασις.

Sunday, January 3, 2010

PTP-Loucâ: a "alternativa monárquica"

Falemos ainda da frustre tugária. Paulo Teixeira Pinto processou Francisco Louçã. Não gostou do comentário a uma iniciativa folclórica e a seus olhos monárquica. Também não gostou de ver e ouvir que o BCP derrapara sob o seu comando. (Coisa aliás evidentíssima). Quer respeitinho. Não se percebe é porquê. Entenderá que o merece por ter sido um sopeiro da Opus? Ou por ter traído os homens da confraria que o promoveram? Ou dar-se-á o caso de, vindo ao seio da “nobreza”, se sentir enfim (sem conceder) reconhecido por gente de “bom berço”?... Mas Paulo Teixeira Pinto tem pelo menos este motivo de fé que é o facto desta frustre terra, amputada à imagem das gentes frustres que o promoveram, permanecer – na Lei como na prática – orgulhosamente indiferente à Convenção Europeia dos Direitos do Homem, cujo texto aliás foi viciado na própria tradução oficial. PTP, todavia, engana-se num detalhe. Um tal esquema contra Direito serve apenas a protecção dos “dignitários” do sistema. E Louçã integra o sistema. PTP já não. A prepotência que aos do sistema se consente, como se direito pessoal fosse, não lhe será agora concedida. Isto tem um outro significado. Duarte de Bragança rodeia-se de cretinos. Ultramontanos que são personagens cómicas. E chegámos a ver, colados a ele, alegados maçons de um proxenetismo de opereta ainda não escrita ("a sórdida viúva eufórica", seria talvez um bom título). Nem surpreenderia que alguns fossem simultaneamente da Opus e de uma das muitas corjas locais pelas quais se dispersou a casa do sino. Talvez sob a toxicidade de tais influências, Duarte de Bragança atacou em público o único Nobel da Literatura da Língua Portuguesa, chamando-lhe – atente-se bem - senil. (Se assim fosse, mais valeria a senilidade de Saramago que a existência de tal detractor). Reclama-se Duque de Bragança e talvez isso fosse escusado (porque é polémico). Também se reclama herdeiro do trono e também isso não está isento de polémica. (Poderia o Rei D. Manuel II assumir as competências do Parlamento? Está ao alcance do Rei, que recusa regressar ao trono por via militar, alterar a Lei da sucessão? Estão publicados ou são publicáveis os pactos de Paris e Dover? De que forma se materializou o Acto de submissão dos Príncipes da Casa de D. Miguel? Foi recebido e aceite pelo Rei D. Manuel II? Se sim, porque legou o Rei os bens da Casa de Bragança ao Povo Português, ao invés de testar em favor do sucessor reconhecido? Eis algumas perguntas que poderiam não ser feitas se o príncipe não parecesse um fantoche ao alcance da Opus e das várias “Grandes Lojas”, entre outros cretinos pelos quais insiste em ser rodeado e que seria fastidioso enumerar aqui). Tendo podido dispor de uma geração notável como a de Gonçalo Ribeiro Telles, Henrique Barrilaro Ruas e João Camossa Saldanha, substituiu essa geração por umas degenerescências pardas, cujas ventas nenhum fidalgo deixaria de tratar com a ponta da chibata de montar. E em cujos lombos nenhum republicano de novecentos deixaria de partir todas as bengalas. Os filhos de tal príncipe são visivelmente deseducados, num processo de cretinização evidente e chocante. Pobres garotos. Chegam a ser referidos folcloricamente pelas iniciais de “SAR” na própria escola que frequentam, como se isso pudesse ter utilidade, ou sentido, no plano dos princípios (tudo inquinando completamente na relação dos garotos com os outros, deixando perplexos mesmo os que têm simpatias monárquicas). Tudo tremendo. Tudo frustre. Porém todas as crianças nascem génios, salvas as circunstâncias congénitas ou genéticas em contrário. Toda a cretinice, feita de inibições e aversões inculcadas, é adquirida. Não pode ser diferente com os príncipes da Casa de Bragança. Os garotinhos nasceram tão brilhantes como quaisquer outros. E logo havia de lhes acontecer isto... Todavia Duarte de Bragança tinha tudo para que tudo desse certo. É claramente o primeiro nobre. (Mas o significado social disso depende apenas de si mesmo). E não há outro que possa representar razoavelmente a Casa, porque nenhum dos outros pretensos pretendentes (outra ridicularia) poderia alguma vez apresentar-se, sequer, como Infante de Portugal. (Mas a relevância prática – social e política - de tal circunstância, só o mérito próprio a pode impor). Que posição tomar, se acaso for necessário tomá-la? Esta: ao príncipe Duarte de Bragança e aos seus sucessores, reconhecemos, como aos demais portugueses (que disso estão objectivamente e subjectivamente privados, aliás contra Direito) oito liberdades com os direitos inerentes - a de pensamento, a de palavra (e demais formas de expressão), a de acção política e cívica, a de trabalho, a de circulação, comércio, indústria e propriedade (em medida compatível com a dignidade nobiliárquica pretendida). Aguardamos que pelo exercício de tais direitos, o príncipe possa encontrar o caminho da respeitabilidade intelectual e política que de todo em todo lhe faltam ainda (por motivos estritamente imputáveis a si próprio). Quanto ao título, diremos que na terra dos títulos – terra de megalómanos e de homens e mulheres servis - as pessoas normais deviam dispensar o respectivo uso. Com presidentes de tudo em todas as esquinas, com “dótores” em todos os cantos, o que mais falta, realmente, é ter um duque em cada cunhal. Ou um marquês por aduela perdida. Há coisas a que as pessoas normais devem poupar-se. O próprio "Botas" não usava condecorações e estava bastante longe de ser uma pessoa normal. Afinal de contas, os títulos só adquirem importância transcendente para quem não tem o que eles significam. É preferível a dignidade reconhecida sem títulos usados, do que títulos usados sem reconhecimento público da respeitabilidade que os sustente. É um pouco a história da licenciatura com a data de um Domingo no diploma. O que explicar tal diploma, explica o resto. Quanto ao processo PTP-Louçã , trata-se do processo de um serventuário (PTP) contra um nobre (Louçã). No mínimo dos mínimos, o grau de Doutor confere as honras de conde palatino. Tal processo visa neutralizar as liberdades naturais, como é hábito infeliz e por ora impune. O serventuário deveria levar aqui uma lição que não pudesse esquecer. E o príncipe que o acolhe deveria rever a composição do seu conselho. Não porque vá a algum lado, com conselho ou sem conselho, mas porque lhe incumbe proceder como se fosse, por mais adversas que as circunstâncias sejam (e são).