Friday, April 30, 2010
POSSIBILIDADES
Wednesday, April 28, 2010
NAUFRÁGIO DO ESTADO, MIGRAÇÃO DA BANCA
Tuesday, April 20, 2010
A TUGÁRIA E AS IGREJAS DE CRISTO
Monday, April 19, 2010
O SILÊNCIO E A CULPA
Sunday, April 11, 2010
A Queda em Smolensk
Saturday, April 10, 2010
OS PEDERASTAS DO VATICANO E AS SEVÍCIAS SEXUAIS A CRIANÇAS
A terminologia trai e desvirtua. Para pensar correctamente é preciso falar correctamente. Não há nenhuma questão de “pedofilia” na igreja papista. A questão é a da pederastia. Depois, o problema não é simplesmente de “abuso”, porque abusos são muitas outras coisas bem menos graves. O adulto abusa, por exemplo, sempre que consente (não importa agora porquê) que a admiração de um (ou uma) adolescente se transforme em paixão correspondida, ou seja, usada. Rapazes de doze anos apaixonados por trintonas nunca foram raros. E raparigas de doze anos apaixonadas por homens de trinta, também não. A existência frequente de tais fenómenos não significa que os adultos estejam autorizados a usar os adolescentes por isso. Por mais clara que seja a aparente adesão destes. Os menores só poderiam consentir com relevância em tais coisas se a decisão livre destes pudesse bastar em todas as circunstâncias. E não pode (felizmente para eles). O que está em causa não são “abusos”, portanto. Quanto nos tem sido descrito são sevícias. Sevícias sexuais. De clérigos. Sobre crianças. Frequentemente, sevícias de natureza homossexual. (Piora bastante, sim; esse agravamento não é uma discriminação porque traduz intrusão no amadurecimento pessoal e anulação de qualquer liberdade concebível). Mas nem estas são as únicas sevícias. O inquérito irlandês determinou a existência de dezenas de milhares de vítimas dos clérigos de asmodeu, muitas das quais foram submetidas a sevícias sexuais pela padralhada pederasta do papismo, sim. Mas outras foram submetidas a seviciamentos de outras naturezas. A utilização de trabalho escravo infantil, por exemplo, não foi (nem é) coisa rara. A privação da escolaridade também não. Os espancamentos infernais – espancamentos em massa de crianças, por exemplo – eram vulgares. Num asilo papista da imunda tugária ficou seguramente na memória das vítimas (todas com menos de dez anos) aquela solução prática de serem acordadas a meio da noite e encaminhadas para os chuveiros da camarata a fim de aí serem espancadas, à frente umas das outras. Imagine-se o terror. Era “um castigo”. Como se isto pudesse ser assim. E aquilo era um asilo das “irmãzinhas”. Ou seja, de asqueroso sopeirame, pervertidíssimo, apresentado como se de monjas pudesse tratar-se (e isso não era, sequer de longe, o caso). Mas fora daqui – porque aqui estas coisas não se julgarão enquanto houver tugária - a repulsiva sucessora da madre Teresa de Calcutá foi julgada e criminalmente condenada por maus tratos a menores. E bem, evidentemente. (Não cremos que essa repulsiva criatura tenha podido ser muito diferente daquela a quem sucedeu). Hans Kung, teólogo prestigiado, faz notar que alguns casos de pederastia existem em outras igrejas cristãs, mas sublinhando as características de generalidade em contexto papista que fazem desta organização um caso único. Inclina-se para a questão do celibato como hipótese explicativa. E engana-se, seguramente. Desde a contra-reforma que a estética do papismo traduz e induz generalizadamente a perversão sexual… Por outro lado, moralmente falando, há quanto tempo é desaconselhado às fêmeas enlouquecidas da Opus que comam bananas? (Excita a libido, dizem aquelas taradas)... Radica isto apenas na imaginação doentia do repugnante Escrivã? Parece que não. Nos conventos femininos pode-se comer uma banana sem ser cortada às rodelinhas? (Já agora, as cozinheiras que cortam as bananas às rodelinhas têm de se confessar a seguir?)… Corja infinitamente infecta. (Será possível que nem no inferno os queiram?)… Expressão de todos os vícios. Não é só a estética, portanto. A moral é ali um mecanismo de indução das taras, da sua preservação e de sugestão fortíssima de passagem à prática. Isto não tem nada a ver com o celibato. Nem traduz a influência da “liberdade laical” na igreja (relativismo ético e liberdade sexual, que é aquilo de que se queixa aquela escumalha). Nada disso faz sentido. A perversão sexual, aliás, vem a par com outras perversões, como a perversão da concepção de poder na igreja, por exemplo. A perversão da concepção de poder político, também por exemplo. Não é só no plano do relacionamento sexual que o papismo traz a escandalosa perversão da relação entre pessoas. E carece de sentido explicar isso pelo celibato. Sentido faz isto: Quando se olha a imunda tugária deste ponto de vista (“país católico”, dizem eles e parece que com razão) tem-se a noção imediata desta “iética” do vigário, que estes empedernidos vigários pederastas encasquetaram, senão em todos, ao menos na maioria. A começar pelo vazio de convicções, claro. E pela falta de Fé. (O vigário papista é sobretudo um homem sem Deus). E pela falta de conhecimento, porque sem profundas ignorâncias (mesmo escoradas em títulos ribombantes) nada disto seria possível. Neste imundo contexto (horrenda corja!), a frase de Escrivá em cujos termos “é tão belo ser vítima” ressoa com as proporções do crime que (realmente) traduz. Deus, na Sua infinita Misericórdia e no seu amor pelos homens, continuará conduzindo o imundo papismo à integral desocultação do seu significado. Isso bastará. Tais trevas não resistem a nenhuma luz.
Wednesday, April 7, 2010
A NOVIDADE DE VALENÇA DO MINHO
Pensar na reacção dos cidadãos de Valença do Minho pode começar por duas perspectivas. A primeira sublinharia a presença de uma gente que vende a identidade por um prato de lentilhas. Hastear a bandeira espanhola em todos os lugares da cidade “só porque” um município Galego lhes disponibilizou o acesso aos serviços de saúde, “para mais pagos pela segurança social portuguesa”, seria o sublinhado da aparente desproporção a fundar tal crítica. Vendem-se “por um prato de lentilhas”, dir-se-ia. Esta está a ser na “blogosfera” a posição dos vectores de sensibilidade nacionalista. A outra perspectiva sublinharia o elevadíssimo grau de alheamento e falta de afecto, senão aversão, pelas referências políticas, históricas e culturais portuguesas de uma população que foi, outrora, um dos modelos da ostentação do “orgulho de ser português” (em tempos onde, evidentemente, havia motivos para tal orgulho). O canalhal do sistema nem sequer reagiu, tal a surpresa. Se falassem, minimizariam o problema. Mas as duas perspectivas em presença falham na grande novidade que tal atitude popular traduz. E essa é a do despedimento de um Estado. Sem mais. Este é o alcance da atitude dos homens e mulheres de Valença, mesmo que ainda não o tenham visto bem. E esse alcance traduz a novidade da consciência (agora, vivida) de que o Estado resulta de um contrato, que ele próprio não pode quebrar. Os minhotos trazem ao estado esta imagem para ele estranha (nestas latitudes) de que se trata de uma entidade subordinada e não de uma potência subordinante e que no estado-administração a metafísica do “Estado como pessoa moral” é lixo cuja remessa ao caixote respectivo está ao alcance das mãos de qualquer comunidade. Esta é a novidade de Valença do Minho. E a importância dessa novidade no contexto da acefalia local é evidente. A experiência (ou consciência vivida) de que o Estado é solução instrumental contratada entre os cidadãos tem sido o único alicerce estável das democracias, com os conhecidos (e muito diferentes) exemplos da Inglaterra, da Revolução Americana, da Guerra Civil Helvética (onde o papismo foi reconduzido “manu militari” à própria libertação política dos seus fiéis). Valença do Minho pode bem ser o início de grandes coisas. E nenhuma dessas grandes coisas passa pela subsistência política do canalhal no qual se salda o “sistema político português”. Valença é o sinal mais sério da falência política em presença. Porque o semelhante gera o semelhante, a falência económica é mera decorrência. Evidentemente inevitável. Senão mesmo desejável. Viva Valença!