Thursday, March 31, 2011

OS DELÍRIOS E A CRISE: MAÇONARIAS DA DIREITA E OUTROS CASOS DE ASILO


Desde o projecto Gládio que a loucura homicida se tornou evidente em parte da (por assim dizer) direita europeia e americana. Há quem veja nas desgraças militares do Iraque, do Afeganistão e em desgraças mais recentes  ainda, uma mãozinha desta (porventura) direita de doidos varridos. E são bastante fetichistas. Ritualistas. Maçons, até, segundo dizem. Isto nem sempre foi assim. Os confrades da Thule-Gesellschaft, o Wotanismo e a busca do Vrill sempre integraram as posições da “Nova Ordem”, isso é certo. Às vezes com o simples significado de radical delírio. É claro. Mas a maçonaria era outra coisa. O ocultismo sempre esteve em todos os movimentos de ruptura do Séc. XIX. (Isso está bem demonstrado e é muito interessante). No Iluminismo havia várias luzes. Muitas luzes. E muitas delas seguiram também a sua história. Nada nisto é estranho. A maçonaria integra este movimento de movimentos. Que a aspiração a outras espiritualidades acompanhasse a ânsia e a determinação de viver de outro modo, não deve surpreender. E não foram raros os socialistas novecentistas que frequentavam as sessões da Sociedade Teosófica. Mas, no Séc. XX, vencido o Nacional-Socialismo, foi preciso esperar a oportunidade para que estas coisas – no específico contexto hitleriano - readquirissem alguma força sugestiva. A ideia de que os Atlantes andaram a transmitir o conhecimento secreto é coisa que vai de António Sardinha à Sociedade de Thule. (E não fica por aí). Mas quanto ao específico contexto dos “novos cavaleiros do templo”, dos “novos teutões” e outras fantasias que trazem o “ideário da cruzada” à confusão com a maçonaria, foi preciso esperar que alguns maçons franceses ficassem abertos a estas questões (infelizmente muito específicas) e aos seus mais estranhos ritualismos. Isso ocorreu depois da cisão à qual foi conduzido o GOF pelos oficiais colonialistas, teimosamente agarrados à guerra da Argélia e aos seus estúpidos massacres em nome do “dever” para com a França. De Gaule passou um ou outro pelas armas e mandou mais alguns para o presídio. Parecia um peru. Mas era determinado. (Bendito peru). Não fez mal. Mas nem isso parou a Grande Loja Nacional. E aí o “irmão Pinochet” foi “iniciado”, (e, segundo tudo indica, de molde a que o seu confessor pudesse ser o execrando Escrivá). As fantasias paranóides do anti-comunismo permitiram depois a indulgência quanto a estes específicos “misticismos”. E aparece o projecto Gládio. Sobre o Gládio, a BBC produziu um documentário interessante. Mas o problema é que esta gente – em regra sem formação regular em História, Filosofia, Teologia ou Religiões Comparadas é sensível às descobertas “iniciáticas” mais fantasistas – e esta gente, assim alucinada, infiltrou-se nas estruturas militares e de direcção política, misturou-se com os serviços de inteligência e com o tráfico de armas (e numa ou outra vez, até, no tráfico de pessoas, para além de outros tráficos). Estas fantasias, francamente nocivas,“maçónicas” e “templárias”, reivindicando-se papistas umas vezes e outras vezes nem por isso (o próprio papismo, na sua imensa sordidez, se mostra ora avesso, ora próximo destas gentes o que se ilustra pelos casos Marcincus-Gelly), devem não apenas ser banidas. Mas erradicadas. Ocorre que arrotam dinheiro que se não sabe exactamente de onde vem, mas de cuja origem se desconfia e com bons motivos... Porque até na tugária, o grande animador destas coisas era um proxeneta em sentido estrito - próximo de dois traficantes de armas conhecidos - e fundou a “Grande Loja” (que não parou de pulverizar-se) com gente de quem estava realmente próximo (alguns ex-agentes da PIDE, por exemplo) e outra gente que depois perseguiu, divulgando-lhes os nomes. Tudo segundo uma infelicíssima história bem conhecida e, de resto, trazida à imprensa local com grande clareza. Não certamente por acaso, Durão Barroso nomeou a mulher de um tipo metido nisto para directora do SIS. Uma desembargadeira de Lisboa. (Que lúcido). Trata-se de corja que deve merecer-nos atenção, em síntese. E talvez algo mais que isso. E aqui fica uma referência interessante para pensar neles em plano geral. São uma loucura, claro. Mas uma loucura que existe.  E existe em perfeita degenerescência. Representa perigo objectivo. E é preciso tratar do fenómeno com eficácia. Os leninismos não o fizeram em tempo útil e as polícias estão com o trabalho manifestamente em atraso. De resto, na tugária, as “lojas” (destas) de polícias (correspondentes) não são sequer discretas e isso é, evidentemente, mais um motivo de preocupação maior. E de acção urgente. Nem se percebe porque é que as maçonarias propriamente ditas não reagem. Sobretudo porque o motim popular não terá motivos, nem tempo, para fazer distinções que talvez pudessem ser feitas, se as obediências maçónicas propriamente ditas dessem uma ajuda. Já agora podem os maçons (propriamente ditos) explicar-nos a passividade diante de tal fenómeno? O que estas coisas podem significar entre tugas (onde toda a estupidez está sempre exponenciada) pode perfeitamente assumir este aspecto, ou próximo disto. E que o Gonçalo Amaral é estranhíssimo homúnculo, isso é evidente. Apoiado (publicamente) pelas lojas de polícias, isso foi escandalosamente gritante. E nada disto se resolve sem uma perspectiva um bocadinho mais radical que a do General De Gaule.Porque as coisas estão muito mais deterioradas do que estavam nesse tempo. E são por isso muito mais perigosas. A última coisa de que a direita precisa é de labregos a imaginar que pensam, que são "iniciados" e que tudo lhes é possível. Não é exigível levar a sério ninguém - de direta ou de esquerda - a quem falte o aprumo mínimo. E à direita, não se pode levar a sério ninguém que se mostre tenso  diante de uma mesa com mais de tres pares de talheres, que ria como um alarve, ou que tenha medo de rir. E nenhum grão mestre de nenhuma maçonaria é um vulgar amanuense. Estes aspectos (tão tugas) da degenerescência acrescentam perigo. Não o retiram.

SÉRVIOS E ROMENOS CONTRA A AGRESSÃO OTANASCA À LÍBIA

Inquietam-se com pouco os serviços de inteligência das bestas otanascas. É fácil desestabilizar-lhes os pequeninos sistemas nervosos. foi o que pensaram alguns sérvios e trataram de dar corpo à ideia. Os serventuários chamam-lhes "o ciber-exército de Kadafy". Desse ponto de vista e assim sendo, nós seríamos as forças especiais, não?... Por falar em árabes, hoje reúne o porcino conselho do "estado" tuga. Atascados em carne de porco (o peixe mais conhecido entre eles) e obesos como eunucos, os "conselheiros" pronunciar-se-ão sobre a dissolução do parlamento tuga e estão já com os visíveis tiques de excitação nervosa das odaliscas que vão dançar... Era de os mandar para a Cirenaica, sim.

Wednesday, March 30, 2011

BALANÇO

Preocupados com os civis na Líbia mas não no Bahrain, as forças otanascas não lograram conter as rebeliões populares na Tunísia, no Egipto, no Iemén, no Bahrain, nem conseguiram suscitar com êxito rebeliões assentes em reivindicações análogas contra os seus inimigos-fornecedores (Irão, Líbia, Síria). Tão pouco havendo garantias de que estados cuja direcção política fez um trabalho estimável (apesar de tudo) ,como a Jordânia e o Reino de Marrocos, possam manter-se intocados pelo fenómeno (ou mesmo sobreviver-lhe) e bem assim a Argélia (onde os progressos são mediocres, o que não se diz cm alegria). Mas a Arábia não está excluída do turbilhão. E o próprio Líbano  não o está. Nem a Palestina. (Nem o Sahara Ocidental). Nem o Iraque (acrescente-se). As populações árabes na Europa também não estão excluídas de uma impaciência que venha à proclamação política (e seria perfeito se a fizessem em unidade com as populações europeias tão feridas lela mediocridade e infidelidade dos seus dirigentes actuais). No Egipto, o exército no poder tenta segurar a situação, sem sabermos se o conseguirá. Na Tunísia a conspiração contra a revolução popular prossegue a bom ritmo. Na Líbia e na Síria os resultados a esperar pelos otanascas são menos que mediocres (e criminosos pelo preço em vidas). Ora bem... Já que os otanascas fizeram as opções mais estúpidas que podiam ter sido feitas, é com grande curiosidade que esperamos para ver como vão eles saír daquilo em que se meteram. E arriscamos até um palpite: vão saír como entraram, pela histeria. E tão estúpido será o fim como foi o princípio. Porque o semelhante gera o semelhante. daqui há um ensinamento a tirar: uma qualquer besta como o Nixon projecta os nefastos efeitos da sua existência por quarenta anos, através de qualquer Rumsfeld... E bestas como Bush e Rumsfeld também.  É um grande problema. E é preciso tratar disso.    

BASHAR AL ASSAD

Este também não decepciona ninguém. Graças a Deus, claro, e provavelmente também graças a Santa Bárbara que os nusaris veneram especialmente. A CIA pode fazer várias coisas. Mas vencer os herdeiros de Alamut não é tarefa para para o primeiro trotskista contratado pela "Agência". E daí que "a Agência" tenha feito asneira, outra vez.Uma sedição mal preparada faz sorrir um nusari. As sedições bem preparadas são uma especialidade  histórica dos nusaris. Eles são a primeira de todas as organizações secretas.A Agência fez umas manifestações contra Bashr Al Assad. E Bash Al Assad fez uma manifestação contra as manifestações. E foi uma grande manifestação. Mais tarde o director-geral da CIA pode acordar com a carta a Saladino sobre o peito. ("Temos-te consentido que vivas, mas...)"... Que descolorida seria a história sem Alamut e os seus herdeiros. "Nada é verdade e tudo é permitido". E assim é realmente. Bashr Al Assad levantará o estado de sítio? Provavelmente sim. mas não agora. Agora,, aliás, o estado de sítio justifica-se perfeitamente. A Siria e a Líbia não obedecem a nenhum modelo conhecido. Foram postos sob pressão militar. É verdade. Isso provocou algumas patologias menos desejáveis na relação entre o poder e sectores mais ou menos vastos da população. Também é verdade. Viciou, porque vicia sempre, a perspectiva que o poder tem das oposições e facilita os exageros e discursos paranoides. Isso pode custar a vida do regime assim posto sob pressão. Pode. Os estados socialistas rebentaram todos dessa forma "simples". Perderam qualquer apoio popular significativo. Não obstante os resultados (inultrapassados) obtidos nas políticas de educação, de  trabalho, de alojamento, de saúde, de defesa (até) de desenvolvimento, de investigação e ciência... Mas o poder perdeu  mesmo a perspectiva daquilo para que servia. E até as convicções. (Os direitos da liberdade de palavra são mais importantes do que à primeira vista parece, seja do ponto de vista político, seja do ponto de vista económico). Contudo, a Síria não é a União Soviética. Há um complot contra a Síria? Claro que há. Vai a algum lado? Esperemos que não. Mas se os serviços de inteligência inimigos lograssem aqui o xeque mate, então teríamos uma guerra de desintegração com proporções impossíveis de prever. É inimaginável o que seria a Guerra Civil do Líbano dez vezes ampliada... E os sírios têm perfeita consciência disso. Al Assad também. Os preços que os serviços de inteligência inimigos têm a pagar (é de inimigos que aqui se trata) e aqueles que Al Assad está disposto a pagar têm essa referência e não outra. Mas se Al Assad sobreviver, como se espera, os israelitas ficam desde já autorizados a entrar em pânico. Porque, se assim for (Deus o permita), não só nada será como antes, como vai até ser tudo muito diferente.

DESNORTE OTANASCA NA LÍBIA


A OTAN patina e hesita.  Atacaram até antes de qualquer acordo e, parece, antes de qualquer projecto. Atacaram por histeria. Nenhum homem tem útero, mas ali os histéricos preponderam. Tranquilizador, não é? Na Líbia as coisas vão menos mal. A aviação otanasca conseguiu demolir boa parte de quase todas as cidades e até um hospital da Cirenaica bombardeou, certamente para proteger os civis. Nos despojos de guerra mostraram-se menos de uma dezena de tanques destruídos. E umas dezenas de cadáveres de adolescentes africanos com farda militar. Para resultado de semanas de bombardeamentos não será grande coisa. Sobretudo porque as FFAA Líbias têm mais de quatro centenas de tanques. Os rebeldes são visivelmente uma turba que avança em (pequena) horda motorizada. E queixam-se sempre que encontram resistência. Contavam poder “atacar” com o “inimigo” em cessar-fogo, sob pena de bombardeamento otanasca. Mas quando encontram uma unidade regular preparada para os acolher, debandam. É quanto se vê. O grotesco não podia ser maior. Tripoli anuncia que retirou de todas as zonas sob ataque aéreo directo, motivo pelo qual não há danos relevantes a considerar na capacidade militar Líbia. É perfeitamente crível. (Já vimos isso antes, designadamente na Sérvia onde Milosevic capitulou com o país em ruínas, mas sem danos relevantes na capacidade militar das FFAA). Na OTAN, todavia, além da falta de acordos no comando político otanasca (traduzindo absoluta desorientação e a mais evidente falta de objectivos), as direcções políticas só agora perceberam que não conhecem suficientemente bem os “rebeldes”. Não sabem se eles próprios conseguirão um acordo estável para base viável de governo futuro. Isso preocupa-os. (Preocupação um bocadinho tardia). É preciso vencer a corja otanasca nas ruas da Europa e das Américas. Há definitivamente melhor emprego a dar aos dinheiros públicos do que consentir a invenção de guerras civis em casa alheia, a sustentar por um esforço militar dispendiosíssimo, enquanto se lançam “planos de austeridade” sobre os povos da Europa. Dizer de tais direcções políticas que são bandos de cretinos é pouco. E o melhor ainda era entregá-los a Tripoli para processo e julgamento (pelo menos, essa despesa evitava-se).       

Friday, March 25, 2011

COMEMORAÇÃO: 25 DE MARÇO DE 1420


Na Batalha de Sudomĕř, os 400 bravos camponesesTáborité venceram a corja papista que lhes recusara atender à bandeira branca e pretendia massacrá-los. Foi aos 25 de Março de 1420. Memória Eterna a Jan Žižka. Ergamos hoje o pensamento, o olhar e os corações  para  contemplar o luminoso exemplo destes bravos que forçados à violência a venceram com serena maestria. Possa Deus conceder-nos uma Europa livre da pederastia papista e de todos os anormais que em seu torno gravitam, ou foram gerados naquele antro de monstros. Amigos, aos vossos postos. Viva a crise.

Thursday, March 24, 2011

CAPACIDADE EXCEDIDA

Como ocorre às vezes com os mergulhadores a grande profundidade, a canalha conservadeira (é pelo menos assi que se olham os pederastas papistas e as corjas das "Grandes Lojas" à moda do lugar) confundiu a superfície com o fundo e... mergulhou. Não é de esperar que voltem à superfície alguma vez. A pressão rebentará com eles. Deus seja louvado. O eco da crise que desencadearam pensando salvar-se, equipara-se, nos jornais europeus de hoje, à guerra da Líbia. Os resultados não podiam ser piores. Graças a Deus. Consumada a degraça, é preciso prendê-los e remeter todos a processo criminal em ordem à recuperação das verbas sumidas na corrupção que patrocinaram, que lhes pagou, cuja proibição inviabilizaram, cuja punição evitaram em detrimento evidente do interesse público e para ruína da população. As eleições darão "a escolher "as opções gastas de um leque partidário onde todos estão comprometidos com todos. Possa tal escolha declinar-se com uma abstenção massiva e que essa abstanção possa representar mais de 70% (é só mais um pequeno esforço após as presidenciais, onde os 53% já tinham sido excedidos). Silêncio diante das urnas! O grito às ruas!

Sunday, March 20, 2011

"Global Voices" alinhadas?

Global Voices noticia, em tom de denúncia, que a opinião pública sérvia se manifesta favoravelmente quanto à posição de Kadhafy, na sequência da entrevista que este deu à TVpink quanto à qual também se refere em tom de delação, apresentando-a como propriedade de um membro do partido de Milosevic (o partido subiste perfeitamente legal, esclareça-se e até integrou a coligação governamental). Não obstante a evidente má vontade, procede depois às citações e traduções das opiniões que publica. Com a legitimidade de quem conhece e ama a Sérvia sublinhamos à (simpática) malta da Global Voices que onde quer que haja OTAN os sérvios franzem o nariz. E nós também. Global Voices, ou sectorial voices?

SALON DU LIVRE

Enquanto o sarcoma húngaro arrasta a França para a mais desgraçada aventura militar de que há memória desde a horrível guerra da Argélia, os parisienses continuam a tratar da sua alma. E o Salon du Livre dá disso conta neste exacto fim de semana com o destaque para os autores do Norte da Europa. entre as iniciativas interessantes esteve a da mesa redonda sobre as traduções da Bíblia que a criminosa inépia e ignorância do papismo transformou em problema maior do Cristianismo a Ocidente, problema que ameaça a própria existência do Cristianismo, porque é difícil chamar cristão a quem viciou os textos e pratica sobre textos viciados (não importa se pela ignorância que se impôs politicamente se por intenção política que disseminou a ignorância). O Salon du Livre é uma das melhores ocasiões para visitar Paris. E desencadear uma guerra quando a população da Capital celebra a cultura e as humanidades não deixa de ser interessante. Interessante também é que a guerra coincidirá com a (magnífica) data de 25 de Março, quando os exércitos populares dos Hussitas venceram pela primeira vez a besta papista contra todas as probabilidades imaginadas. A 25 de Março as bestas do papismo - sejam elas húngaras ou outras, mas sobretudo as húngaras - deviam interromper as operações militares. Sim, dá azar. Mesmo azar.

Elementos relativamente objectivos

Os preocupados italianos (com a possibilidade de verem o território alvejado por misseis líbios) publicam o elenco do equipamento das FFAA Líbias e confessam que a zona de exclusão aérea ocupa apenas metade do território (eles não têm equipamento nem homens para mais). Eis o cenário conhecido. O aspecto da "operação" torna-se com a passagem das horas, mais claro na sua precipitação, desorganização, improviso, amadorismo. Merecem bem a derrota. Consinta Deus que tenham quanto merecem. Vão insistir cobardemente no bombardeamento por mísseis, para "limpar" o território de defesas, a fim de poderem fazer a aviação atacar sem risco. É de supor que as FFAA Líbias não estejam a dormir, sobretudo porque o país tem uma longa história de pressão militar externa. Mas enquanto os homens cães não puserem lá os pés não se pode exteminá-los a não ser em casa. Talvez o que os italianos temem seja boa ideia. Limpar os territórios  a norte do mediterraneo de homens cães, para poder atacar sem risco... Será viável? Eventualmente é. Afinal de contas ninguém sabe de que material dispõem as forças de Kadafy.

A SEQUÊNCIA LÍBIA


A UA protesta. Os estados da ALBA protestam. (A Líbia não está internacionalmente isolada). É interessante esta ONU que exclui dos membros permanentes do Conselho de Segurança continentes inteiros. África é um deles. A Líbia tem os melhores resultados de África na educação, na saúde, como na Politica Social de promoção das populações e dispunha de recursos riquíssimos e bem assim de acesso a vastos meios financeiros, destacando-se os fundos (pilhados) de 200.000 milhões de dólares em bancos americanos e europeus (ingenuidade que o Governo Líbio pagará cara). Intervinha até em apoio de alguns projectos da CIA, como elevar o sarcoma húngaro à presidência francesa (o que a França não lhe agradece e a Líbia lamenta, como aliás o próprio Kadafy). Fidel publica um memorandum interessante sobre mais esta imunda intervenção militar. A Líbia declara-a (com a UA) alheia à legalidade internacional e violação da Carta. Com toda a razão. A França e a Inglaterra mergulham numa guerra que não podem pagar, aliviando os falcões dos USA que estão, nestas matérias, desautorizadíssimos perante a própria opinião pública. E desta vez a campanha de intoxicação pela imprensa foi menos intensa, ainda que eventualmente mais cara. Menos eficaz, também. A TELE SUR mandou a sua própria gente aos locais por impossibilidade de confiança nas agências internacionais de notícias e realmente as informações que transmite são muito diferentes. A Liga Árabe deixou-se instrumentalizar por falta de espaço de recuo diante do cliente principal do seu petróleo. Eventualmente, até, mandarão um contingente militar. A Rússia tornou-se francamente mais crítica do que o tinha sido. Como a China. E pronuncia-se por um cessar fogo imediato. A Rússia não tem de proteger o “ocidente” contra si próprio, dos disparates em que este se arruína, mas deve solidariedade às vítimas. A mesma lógica assumirá a Alemanha face ao idiota Francês, ou ao cretino Inglês. Os alemães não têm de os proteger contra si próprios. E talvez não lhes paguem as contas.  A Turquia, ela própria, também não tem obrigações dessas. E tanto bastou para que a OTAN, enquanto tal, não possa intervir. Kadafy proclama que o Norte de África se tornou, inteiro, um campo de batalha contra projectos de natureza colonial. (Não é só o Norte de África, acrescente-se).  Mas tem razão. Os idiotas dos USA/OTAN aplicam nitidamente uma política de ocupação militar como forma de controlo directo sobre as fontes de matérias primas. Sempre esperando que a vítima pague o esforço correspondente.  Tal como na ocupação colonial. Igualzinho. Kadafy tem, portanto, toda a razão. Na Síria, a CIA deu início às movimentações “sociais”. Logo se verá com que resultado, porque o governo da Síria é um campião no que à tolerância religiosa e preservação das liberdades comunitárias respeita. Produto acabado da habilidade diplomática dos nuzaris, com séculos de presença eficaz. É o primeiro orgulho dos Sírios e talvez o último estado laical a funcionar bem na região. Não estamos de acordo, em todo o caso, que a situação militar se traduza numa desgraça necessária para a Líbia. A guerra é em si própria uma desgraça. Mas a derrota não se obterá por meios aéreos ou bombardeamento por mísseis. Vai ser necessário ir lá. De carro e a pé. Eles contam que essa infantaria seja constituída pelos "rebeldes". (Estão doidos). E não é de excluir que os próprios líbios façam aparições em Inglaterra, França e Itália. Aí sim, forçando a OTAN a intervir enquanto tal. Os povos que sustentam a  OTAN devem ser confrontados com o perigo que esta representa, porque não assegura por nenhuma forma qualquer paz e garante a guerra por todos os meios. Achamos até que os líbios deviam atacar a norte com a ostentação (possível) das suas fardas, da sua bandeira e dos seus estandartes de unidade. Actos de guerra sem declaração devem ser objecto de posições claras por parte da potência agredida. Não está excluído, até, que alguns insurgentes contra Kadafy  se demarquem do assalto estrangeiro contra  a sua terra e unam esforços com o rival da véspera pela liberdade e dignidade da sua terra. E Kadafy fez o que nenhum déspota faria ou poderia fazer: mandou distribuir armas aos civis para que combatam pela sua terra. Em cada membro da população, os cães da OTAN devem encontrar um inimigo. Evidente ou dissimulado. Isso parece-nos dever ser assim. E sem qualquer motivo para que não o seja. Quanto a Sarkozy, pensamos modestamente que tal criatura deve ser entregue pela nobre França a Kadafy, para ser julgado por crimes de guerra nos tribunais líbios. Afinal de contas Kadafy pagou-lhe a campanha  e tem todo o direito a pedir contas ao venal húngaro. Quanto a tudo o mais pode bem instalar-se a lógica do “olho por olho”. Se um Hospital foi atingido em Tripoli, como modo de "atingir a moral da rectaguarda", (doutrina que os USA sempre aplicaram) pode bem ser atingido um outro em qualquer país da "coligação". Eventualmente, uma clínica de “grande luxo” hoteleiro, ou de práticas usurárias de gestão. O Hospital da Luz e o Hospital dos Lúsíadas são também alvos possíveis, pela economia de meios, pela exposição óptima e facilidade evidente. Mas talvez a Clinica Malo esteja simbolicamente mais bem posicionada. Há violências cuja repetição apenas se evita respondendo-lhes à letra. E Kadafy sabe bem que o espera uma morte ignominiosa em caso de derrota ou aprisionamento. Não espanta que esteja disposto a morrer em combate. Como não espanta  que esteja disposto a dar aos chefes inimigos a morte que sonham para ele mesmo e foi (para vergonha nossa) a morte de Milosevic, a morte de Ceaucescu, a morte de Sadam. Meros assassinatos, com a encenação grotesca e imperdoável de processo e julgamento. Mas quem quer a guerra não pode pedir metade dela. Kadafy tem duas grandes vantagens: pôde estudar a conduta dos agressores em casos prévios e enfrenta-os em momento de restricção de meios e fraqueza óbvia. Que a bravura dos cavaleiros do deserto brilhe de novo. E a vitória lhes sorria. E que a Justiça, nossa senhora, chame e trate cada bravo pelo seu nome.

Friday, March 18, 2011

OS TARADOS VÃO ATACAR

Com a abstenção da Rússia, China, Brasil e Alemanha, Os estados instrumentais do Conselho de Segurança viabilizaram o ataque militar à Líbia para salvar os últimos combatentes da "oposição" e entregar-lhes a possibilidade de governarem os destroços e ruínas do país. O ataque concebe-se como aéreo e a Espanha oferece à OTAN as suas bases para lançar esse ataque. A tugária votou favoravelmente.  A ideia de terem mais órfãos nos asilos parece ser coisa excitante na república dos pederastas. A Líbia transformar-se-á noutro Iraque, por consequência. Todavia, habituados que estamos à ineficácia dos bombardeamentos da OTAN, é melhor esperar para ver. A Líbia não está desarmada do ponto de vista aéreo, ou anti-aéreo. Também não está desarmada do ponto de vista financeiro. Recordemos que após três meses de bombardeamentos da OTAN na Sérvia, o resultado anunciado oficialmente foi a redução de trinta por cento da capacidade militar sérvia no Kossovo. Não é brilhante. Quanto à idea em cujos termos a força aérea da Líbia bombardeia civis, isso parece surpreedente face à informação em cujos termos os insurrectos eram (apenas) civis armados. O mundo está governado por gente que não combateu em nenhuma guerra e não tem a menor ideia do seu significado prático. É de recear que tenham de o descobrir do pior dos modos. E nós também. Logo se verá o que isto dá.   

Thursday, March 17, 2011

MARINHO PINTO E A CORRUPÇÃO

Marinho Pinto, quando fala da corrupção em todos os quadrantes, também inclui a ordem dos advogados papistas e os seus mecanismos de intimidação contra advogados? É que esses constituem objectivo limite à possibilidade de acesso aos tribunais. Há causas que não podem ser apresentadas sob pena de suspensão do advogado que as apresente? Há matérias que não podem ser discutidas sob pena dos advogados deixarem de poder advogar? Há. Quem processar a ordem, ou algum dos membros de qualquer das corjas que nela se acoitam, tem a provavel notícia de encontrar na frente um membro dos "conselhos disciplinares" ou do "conselho superior", cuja simples presença significa "´tás tramado c'a gente". E eles podem "queixar-se" eles próprios e julgar eles mesmos a própria queixa. Não é? Marinho Pinto disse que era assim com ele próprio, ou quase assim. Infelizmente não protestou quanto a mais nenhum caso e essa é a regra para todos. Por nós aquilo acabava amanhã, com a remessa dessa gente toda a prisão preventiva  (imprescindível) e congelamento de contas bancárias, aqui e no exterior, enquanto durasse o inquérito. O processo deveria ser qualificado de especial complexidade e o Código deve (em qualquer circunstância) ser alterado para permitir a intervenção de jurados populares em todos os processos. Isso é o que devia acontecer. E com a ajuda de Deus, acontecerá. Em paralelo, a Opus, as "Grandes Lojas ("Regular", "Nacional" e "Legal") , entre outras estruturas, deveriam ser objecto de iniciativas processuais paralelas, com o estudo cuidado das interferências respectivas no aparelho de justiça (os recadinhos, as sugestõezinhas, os apelos, as negociatazinhas, tudo isso passado a pente fino). A federação portuguesa de futebol, também, claro. Tudo isso passa pela ordem dos advogados. (Não há proxeneta nem pederasta cuja protecção lá não tenha cabido, não é assim?)...Ora tudo isso deve morrer como viveu.

Wednesday, March 16, 2011

QUALIDADE DO ESTADO DE DIREITO

Marinho Pinto falou e nem sequer mal. No dia seguinte àquele em que a Qualidade do Estado de Direito na tugária esteve em debate na Transparency International, em Lisboa, onde Marinho Pinto não esteve e, avaliando pelo discurso de hoje, nem sequer esteve representado ao contrário do que poderia ter suposto. Falou sem insígnias, embora envergando a toga. Não está mal. As insígnias honoríficas de um Estado que a corrupção domina, como ele disse, não podem ser usadas. A toga, sim. Por ser direito pessoal conferido por (e com) um grau universitário, tratando-se de traje cuja dignidade assenta no Decreto de Teodósio e nas Ordenações de Castela. A toga não é devida nem conferida pela república da casa pia e da sociedade lusa de negócios. Descontando os encómios à igreja das abominações explicáveis, porque o tuga médio gostaria que houvese alguma instituição onde asentasse a legitimidade moral e política da regeneração. Mas não há. A degenerescência é insusceptível de remissão. E Marinho Pinto escusa de se preocupar com as dívidas deixadas às gerações futuras ou aos mais novos. Eles só pagam isso se o quiserem, se acharem que o território vale isso... E não vale. Nem o território vale seja o que for, por si mesmo. Já D. João IV quis passar isto aos franceses, fixar o trono nos Açores e reinar sobre o Brasil. Isto não vale um chavo e há muito tempo. A única esperança para quem goste do clima  - e também isso já não é o que era - é o Brasil (e eventualmente Angola) transformarem isto num entreposto de negócio com a Europa ocidental. Já se entrevê o Teixeira dos Santos de libré a servir limonadas a simpáticos mestiços em calções que não percebem porque é que o "garçon" é tão lento. O Correia de Campos  será trintanário (é pelo menos a nossa sugestão) e  o Sócrates, de aspecto mais cuidado, pode ficar na recepção do hotel com o Passos Coelho. Eles que paguem a dívida. A Paula Teixeira da Cruz e demais travestis podem sempre recolher-se à rede de lares das  misericórdias, se mais ponderosas razões lhes não determinarem outro destino (coisa infelizmente provável).

IGREJA DA PEDERASTIA E TRIBUNAIS DA CASA PIA

Os papistas não perdem uma. E os "dirigentes" dos poderes de Estado falham todas. Na imensa subserviência viraram-se os parasitas do estado da casa pia para a igreja dos pederastas e puseram-na  a celebrar a missinha de abertura do ano judicial. Tem igreja oficial, a "justiça" dos ineptos? Os tribunais da casa pia, no estado da casa pia, rezam na igreja da pederastia? Acabou a laicidade do Estado? Acabou a neutralidade religiosa dos poderes públicos e, designadamente, dos tribunais? Até aqui só a ordem dos advogados ostentava o seu papismo com a missinha de sant'ivo.  E mais a tropa fandanga. que também  mete umas missas a despropósito. Agora já os tribunais vão rezar pela  pele dos que os compõem, à igreja das abominações. Fiquem então claras as coisas. A hierarquia de Roma foi excomungada ipso facto em 1054  e passou bem mais de duas Páscoas sem celebração canónica. Não tem portanto um só sacerdote no seu clero. E as respectivas "ordens" não são reconhecíveis por membros das Igrejas de Cristo (pese embora e infinita liberalidade da Santa Igreja Russa cuja diplomacia eclesiástica recebe tal gente como se em algum lugar da Igreja Triunfante tal gente pudesse caber, prudência que se não discute). Mas do ponto de vista estrictamente canónico e teológico a igreja da pederastia não  tem, concebivelmente, nem um sacerdote. E não o terá até que o arrependimento a reconduza à Tradição onde assenta a Sucessão Apostólica. A tugária assume-se como um estado de excomungados. Eis o que simplifica tudo. Assim seja. Os cristãos estão pois proíbidos pelos Santos Cânones  de com tal gente manterem quaisquer relações pessoais, ressalvadas as incumbências da diplomacia eclesiástica pela qual e em algum grau a Santa Hierarquia entenda dever proteger o Povo Real.. 

O PAPA E A LÍBIA

Bem antes dos tremendos acontecimentos que varrem aquele país do Norte de África, o Papa Teodoros II - por ocasião da inauguração do Centro de Estudos Islãmicos - deixou ditas palavras que hoje devem ser lembradas. Disse o Santo Padre e Juiz Universal que a Fé, o Amor e a Paz são os remédios para os homens mergulhados na dor e na ansiedade. Sua Santidade foi, recorde-se, perfeitamente bem recebido, o que atesta suficientemente a clara atitude de respeito do Estado Líbio pela liberdade religiosa. Admite-se que nem todas as liberdades aí tenham sido respeitadas. Mas é de sublinhar o depoimento do Santo Padre quanto ao esforço e empenho dos líbios, e concretamente de Kadafi, no que à assistência humanitária respeita. É uma nota interessante. E não deve deixar de ser sublinhada nas circunstâncias actuais. Aliás o Santo Padre mantém a sua posição on line.

Russia Today

A RT difundiu ontem declarações interessantes de um especialista do nuclear. Disse ele que o único modo dos trabalhadores e técnicos das centrais lidarem psicologicamente com o perigo quotidiano que correm é desvalorizá-lo com frágeis razões de confiança. Entende-se. E também se entende a sequência: essa falsa confiança traduz sempre algum grau de negligência (insusceptível de culpabilização por ser condição da própria viabilidade do trabalho). E o nuclear não dá nunca segunda hipótese. Ora aqui está um elemento importante de reflexão... Na opinião pública a tranquilização é dada pela opacidade e pela dificuldade de informação facilmente acessível. Eis as dolorosas surpresas em toda a sua trágica dimensão. Pobres japoneses. E pobres de nós.

Tuesday, March 15, 2011

MAIS UMA TOLICE

O sarcoma húngaro, ou Sarkozy, recebeu e reconheceu os dirigentes da oposição (armada mas militarmente inepta) da Líbia e reconheceu-a como única representante do estado que desagrega e não consegue tomar. Mas nesta conferência BHL estava presente. E os muçulmanos de França não gostaram nada. O sarcoma húngaro foi imposto à França - noutra péssima ideia - com aquela palermice armada a Villepin (o único com evidente "aplomb" para tais funções). Há quem diga que a ideia foi da CIA. E pode bem ter sido, que em matéria de péssimas ideias, não há melhor que aquela agência. Mas o sarcoma não aceita a remissão dos tecidos. Não quer largar, o húngaro. E estaria com esta palermice a procurar obter o apoio dos israelitas e da comunidade judaica para a sua nova candidatura, procurando, parece, obter das tribos da Cirenaica a promessa do reconhecimento do Estado de Israel. Eis o que reforça evidentemente a legitimidade  e a unidade das tribos da Tripolitânia em torno de Khadafi. Que tem resistido tão bem quanto possível.  É feio, mas aguenta-se. E com bons motivos. A "legitimidade" da "oposição" parece não ir lá sem uma intervenção militar externa. Mas a União Europeia condiciona isso ao Conselho de Segurança. E a Santa Rússia, voz sensata nestas coisas, já deixou claro que a intervenção militar na Líbia lhe parece inadmissível. E é. As tribos da Cirenaica não vão longe, parece. E a malta da CIA tem que pensar melhor no que faz. Já devia ter aprendido que é simplesmente trágico impor a crise quando se é incapaz de lhe dar solução. Vejam lá se, ao menos agora, olham para onde põem os pés. As idiotices que custam vidas alheias, na terra dos outros, podem implicar vidas próprias e deslocação de tropas, para cúmulo à margem da legalidade internacional. E agora? (Porque é que são tão burrinhos, vocês?... Não se estava mesmo a ver, não?)... Entretanto na Arábia os Shiítas partilham da zanga dos seus irmãos do Bahrain. E no Iémen a coisa não acalma. O Líbano começa a agitar-se no mesmo sentido. Isto está lindo. Não há dúvida. Os USA a pensarem ganhar qualquer coisinha e a arriscarem perder completamente o controlo do que têm. Contra Ordem oferece-se para tratar da política externa americana. As posições caem na mesma (nada consegue aguentar aquilo), mas ninguém se magoa. É a nossa proposta. E parece-nos a única ideia razoável.   

DUARTE LIMA

Que é feito do processo da velhinha assassinada, mais dos não sei quantos milhões de euros depositados pelo rapaz de Bragança, mais o casão do Algarve que ele comprou (aparentemente com aquilo),  mais o resto?... Perdeu importância local? Porquê? Bem nos parecia que a vida humana não tem no território nenhuma importância. (Já a casa pia nos indicava isso com clareza). E a polícia brasileira? Adormeceu também?

A LEGITIMIDADE PROSCRITA

O regime perdeu legitimidade. Porque a rua revela a mesma unanimidade que mostrou em 25 de Abril de 1974 e no primeiro de Maio desse ano. Porque um estado democrata parasitado por nacional-católicos se esvasiou ideologicamente até ao "não discutimos" e pelo "não discutimos", motivo pelo qual resta gritar. Resta varrê-los a chuto. Resta porventura - para as sensibilidades mais teatrais- passá-los sumariamente pelas armas (sem prejuízo de alguns interrogatórios prévios em julgamento, seja ele popular ou militar). É o que resta. E isso é assim de acordo com o princípio da legítima defesa. Que é legítima defesa da comunidade, ou do que dela resta. Sempre achámos que era melhor abandonar a tugária ao seu destino. Mas o destino passa por isto. Há quem não possa sair.

Monday, March 14, 2011

CRISE ECOLÓGICA NUCLEAR

O mundo estremece enquanto os idióticos "meios de comunicação social" da tugária se preocupam com a "crise política" doméstica. Todavia o Japão está a braços com um problema de contaminação nuclear e com as consequências económicas da quebra de energia eléctrica, que evidentemente condiciona a vitalidade económica. É mais um motivo de alarme, exigindo que se volte a pensar na solução das centrais nucleares e no perigo que representam. Desde a explosão da central ucraniana que ninguém tinha sido forçado a pensar neste problema e sob uma pressão destas. No caso da Ucrânia, tranquilizaram-se os especialistas com as diferenças de soluções técnicas e regulações de manutenção. Mas agora não há melhores soluções que as japonesas. É preciso voltar a pensar nisto. E é preciso pensar bem. Os idiotas da tugária andavam a ponderar a "opção nuclear". Havia de ser lindo. Imagine-se  uma situação destas  (Portugal é uma zona sísmica) com as desorganizações assentes nos climas de trabalho que se gerem pelo mobbing (o mobbing, na tugária, integra a gestão de pessoal como seu principal instrumento). É impensável ter uma central nuclear na tugária. Era morte segura - a maior ou menor prazo -  da peninsula inteira e de boa parte do Norte de Africa. Estes tarados têm de ser impedidos de agir como se fossem gente normal.  E têm de deixar de ser ouvidos nestes termos. Não são gente normal e são indignos de qualquer confiança. Uma central nuclear em território português é ameaça séria a todos os povos circunvizinhos. Sim, pela inépcia. E pela completa ausência de qualquer noção de boas maneiras, de elementar decência, ou das regras da proporcionalidade. Isso gera uma situação de falta de respeito pela vida humana que deixa a vida de qualquer pessoa ao alcance da histeria de qualquer outra, sem defesa praticamente viável mesmo que em teoria seja possivel. (Eles copiar  as soluções lagais alheias vão copiando, embora mal, mas aplicar a péssima cópia e a frustre tradução , isso já depende de uma judicatura de sopeiras, de tasqueiros e talhantes, com umas jusflausinas e uns jusalcoviteiros à mistura, mais os filhos de uns e outros que ameaçam herdar os cargos por "concursos " estranhos). A preparação e organização japonesas, que têm sabido evitar e resolver tantas crises, ficaram afundadas na lama. A terceira economia do mundo ameaça um arrefecimento letal. E com um sério problema nuclear entre mãos. Isto é impressionante. Realmente. Os especialistas espanhóis estão em reunião permanente a seguir a crise japonesa. Como os Franceses (que têm mais de cinquenta centrais nucleares). Eis um problema. Não há dúvida.

ANGOLA EM CALMA APARENTE

A situação está calma, uma semana depois do alarme. O preço dessa calma não o conhecemos. E a sequência apenas a adivinhamos. Olhando a Televisão Angolana ficamos com a sensação de que aquela gente se esforço por imitar as gentes da tugária. É caricatural, ao menos a um primeiro olhar. E trágico. Porque os da tugária já são uma caricatura. Ora querer ser e, pior que isso, ser efectivamente a caricatura de uma caricatura  não se salda no resultado de uma negação que se nega. A única coisa que ali se afirma é o grotesco. E era bom que tratassem disso enquanto é tempo.

A PARAGEM DOS TRANSPORTES RODOVIÁRIOS DE MERCADORIAS

Os transportadores pararam. Em tres dias as grandes cidades ficarão sem alimentos. Fizeram bem em parar. Porque aquilo de que se queixam corresponde a uma estratégia organizada de centralização de riqueza e apropriação directa dos sectores de negócio. Se a política fiscal os arruína, como os arruina, a eles a a todos, isso significa que um estado criminosamente instrumentalizado os pretende varrer do negócio que é o seu, como já o fez noutros sectores, onde as empresas do regime tomaram conta de sectores inteiros. A Mota Engil tem hoje 90% do mercado interno no ramo da construção e não tardará a passar-se o mesmo com as sucatas. É um estado de máfias. Conduzindo um funcionalismo gigantesco e criminosamente acéfalo que prossegue "a ordem" no ressentimento de cada funcionário que recebe uns mil euros por mês, ressentimento onde se estriba a convicção de que o dinheiro dos comerciantes não pode estar certo. Na imunda estupidez em que vivem, aceitam portanto destruir o tecido empresarial e fazem-no com gosto, com disposição "combatente", até. Mas os transportadores pararam, antes que os parem por outros motivos. Porque hhaveriam eles de se deixarem estrangular evitando generosamente a penúria de alimentos no território?... Estranho é que tenham cedido a primeira vez. Possam agora não transigir. Vai ser muito dificil, sim. É muito dificil viver num estado gerido pelas máfias, com "dirigentes políticos" que são meros indigentes, sem estatuto profissional - sequer - e a precisarem do emprego de quem os comanda i.e. daqueles a quem servem. E servem, claro, quem quer que lhes possa pagar, pague, ou prometa fazê-lo.

Sunday, March 13, 2011

A LÍBIA

"O regime de Khadafi perdeu a legitimidade". Imaginemos por um instante que sim. Porque motivo a teriam ganho as tribos da Cireneica no que às da Tripolitânia respeita?... Khadafi perdeu a legitimidade? Talvez. Mas é o único vector em confronto que corresponde visivelmente a um projecto de Estado. O resto é a pulverização do território (que não é pequeno). A sequênncia da crise Líbia é um disparate pegado no plano da política externa de influência americana. Como de costume.

GERAÇÃO CONTRA ORDEM

Na patética posse do patético Cavaco, notámos as domesticidades, designadamente aquela da velha (que em tudo lhe corresponde) armando ao maternalismo e acariciando a criatura com o chispe grosso, em público, como se a criatura fosse uma criança. E como se a criança se tivesse portado  comovedoramente bem para as suas limitações. Uma única nota nos merece aquela patética infelicidade: o problema da política portuguesa, desde Salazar, foi a domesticidade extrema a que nenhuma dignidade de Estado resiste, ou pode resistir. Com Cavaco há nítida evolução. Passámos a ter a caricatura da domesticidade. Terrível. Caricatural, também, foi o discurso.  Aquela peregrina ideia de dizer " não se conformem" é extraordinária. Fez apelo ao inconformismo da "sociedade civil", imagine-se. Isso demonstra, claro, que a criatura não tem ideia do que seja a sociedade civil. E estranho seria se a tivesse. Evidentemente. A criatura jamais leu Kant. Como aliás boa parte das bestas que falam, na tugária, em "sociedade civil". Ouviram a coisa algures. Soou-lhes bem e vai de asnear, que assim como assim ninguém nota nada. É cómico. E dramático. Não se sabe se deve acordar-se a criatura à tapona, se ensinar a criatura. (Este é o cerne do drama). Que grande besta. O prócere do regime da Casa Pia quer inconformismo? O libertador  e interlocutor de todas as máfias quer inconformismo?  O factotum dos pedrastas papistas quer inconformismo? Não pode saber o valor do léxico que usa, esta desgraçada personagem.  Inconformismo traduz o facto de mais de 53% se terem abstido nas presidenciais. O regime de Cavaco perdeu a legitimidade. Ora, nem de propósito, contra as bestas desta desgraçada personagem, mais as das outras personagens desgraçadas, sairam à rua os da geração contra ordem. À rasca. Claro. Porque "à rasca " quer dizer aos gritos.  Não gritaram ainda grande coisa, os manifestantes. Mas o primeiro teste está passado. Logo vieram as bestas dizer que isso era a resposta ao "apelo"  de Cavaco. Algumas das bestas, designadamente as juvenis, vieram colar-se à manifestação. O desgraçado da juventude cavaquista, por exemplo... Adoram colar-se. Foi coisa que  o papismo os ensinou a fazer e eles fazem sempre. Quando alguma coisa dá para o torto lá vêm os desgraçados a dizer que "também estiveram". Que "sempre disseram". A´s vezes resulta. Outras não. Já Ceaucescu se imaginava apoiado pela  multidão que o vaiava. (A própria multidão eventualmente o imaginaria, que ali ninguém convocava manifestações que não fossem do partido e todavia. a coisa deu mesmo para o torto). Cavaco não representa sequer metade da metade do colégio eleitoral. E a geração contra ordem é quem não está e não pode estar, nem quer estar, com esta gentalha. O que acontecerá a esta gentalha é outra coisa. Mas a menor das coisas.  O destino desta gentalha deve ser-nos tão indiferente, como o nosso destino foi indiferente à gentalha. E esta escumalha deve ser deixada em situação de não fazer mal a mais ninguém. Seja a nova era a idade onde as pesoas normais possam falar normalmente. Sem os textículos do "incontornável" e "sustentado" atraso mental que o execrando papismo enraízou nas minutas, formulários e sebentas. Em todo o caso, o primeiro teste está passado. Os mecanismos funcionam. Agora é aumentar a pressão.As lojas da Opus, as capelas pretensamente maçónicas e as sacristias-bordeis, mais os sinédrios do futebol com magistrados e as procuradorias e ordens e supremos de toda as naturezas - e nisto se federaram todos os mecanismos de corrupção - deve ter um fim compatível. com a natureza das coisas Tudo isso já iniciou a descida para o contentor de lixo. Supremos, só de frango (para quem goste). Viva a crise. Nem vale dizer que os manifestantes reivindicavam "apenas" a possibilidade de viver normalmente. A impossibilidade da população viver normalmente é a demonstração da inviabilidade política. Nada a criticar, portanto. Está muito bem. O resto virá por si. E a recuperação de metade - bastaria apenas metade - das verbas sumidas pela corrupção nestes últimos trinta anos basta para resolver todos os problemas, compreendendo os do alojamento carcerário perpétuo da escumalha de cujo varrimento se trata. As verbas sumidas pela corrupção e pela inépcia (que diante dela ajoelhou na mais vil cobardia ) significam que teria sido possível duplicar o investimento público ao longo deste tempo e sem déficit. Esse foi e é o preço da corrupção neste território. O fim adivinhado tem de ser, em tudo, conforme à natureza das coisas e, portanto, essa conformidade é exigível também quanto ao modo. 

Thursday, March 3, 2011

ANGOLA ESTREMECE ?


Os parasitas tugas estão horrorizados. Assustados. E os papistas em Angola – ali como em qualquer lugar, sempre ao lado de quem lhes paga e sempre ao lado do que mais rentável  for  - tomaram posição hostil à manifestação convocada contra o MPLA. Que pode ter uma igreja, qualquer igreja, a ver com manifestações, ou contra-manifestações, desta natureza? O MPLA, por seu turno, vai manifestar-se a favor de si próprio dois dias antes da manifestação anunciada pelos opositores. É desonrroso receber um tal apoio. Até porque ele credibiliza imediatamente qualquer oposição. Um tal regime em crise (se deixar que a crise se instale) será devorado pelos próprios apoios que imaginava ter. E só lhe restarão  os apoios dispensáveis. Mesmo que isto fosse uma brincadeira,  já deixou de o ser. Está condenado à prudência (e deve respeitar a condenação) o regime de José Eduardo dos Santos.



Wednesday, March 2, 2011

LEVANTAMENTOS LÍBIOS E PETRÓLEO



Ostentando o seu profundo desprezo pelos insurgentes,  Khadafi terá apesar de tudo (segundo seu filho Safir el Islam) ordenado que se não disparasse sobre a multidão. Com subvenções familiares de 300 euros mensais, em caso de necessidade, a população de Tripoli vive sossegadamente estes dias e o ordinário papista do lugar faz uma curiosa crónica da crise. A CIA lança-se visivelmente ao assalto da Líbia. Mas Khadafi combaterá e morrerá como um beduíno, na opinião do (aparentemente compassivo) ordinário papista em Tripoli. Aparentemente, os ocidentalistas líbios compactuam com um futuro próximo parecido com o presente do Iraque, do Afeganistão ou do Paquistão. (Sendo certo que os USA "só querem" o petróleo que até aqui têm tido e agora não se sabe se continuarãio a ter). Os radicais muçulmanos conduzem-se de molde a que o futuro próximo se assemelhasse ao presente da Somália. Esta é a perspectiva dos próximos da Khadafi que, sim, tem gente do seu lado. Khadafi continua a ser um chefe e a “revolução” contra ele saldar-se-á, apenas e a manter-se, numa guerra civil. E que revolução seria? Quem no plano da política social fez ou pode fazer mais pelos líbios do que Khadafi? Qual é o projecto político dos levantamentos? É uma revolução ou uma “jacquerie”? Certo, Khadafi é feio. Mas para que nos serviria um Khadafi bonito? Sim, Khadafi é imprevisível. Mas porque haveria ele de ser previsível? Khadafi é violento?...  Depende. Os modelo de líderes pacíficos são os de Cheney, Bush e Rumsfeld ? Aqui não estamos a falar de Ben Ali. Nem de Mubarak. E ainda bem.  Entretanto há quem pense que as novas e canhestras manobras americanas se saldarão a curto prazo num aumento do petróleo para 150 dólares o barril. A previsão está longe de ser fantasista. E o reforço que isso traduziria nas posições de Chavez e da Rússia (para só pensar em duas posições interessantes no contexto internacional) seria fabuloso. O aumento de peso económico dos regimes instáveis de África e a afirmação internacional do Brasil cresceriam exponencialmente. Em todo o caso seria a decadência americana a acentuar-se. E uma nova vaga de crise financeira e económica. É impossível que eles não vejam isso. Mas tudo se passa como se o não vissem. A tugária, neste contexto, pode preparar-se para viver da venda de soldados baratos. Mas deve ter cuidado no modo como os negoceia. Também na tugária pode haver imprevistos (assim o consinta Deus, o Clemente). E é bem natural que os haja.