Monday, August 29, 2011

CRIMINOSA AGRESSÃO À LÍBIA

Seis meses depois, nem o litoral da Líbia se mostra dominado pelas forças otanascas ao ponto de fazer possível qualquer actividade económica regular. A violência mostra-se impressionante. Meyssan, (do Voltairenet. org) foi ameaçado de morte em Tripoli por “jornalistas” da CIA. Tentaram prendê-lo na “evacuação” e isso só não ocorreu por oposição da Cruz Vermelha Internacional. Mas os jornalistas da Telesur e da PressTV também estavam em risco de vida e acabam de chegar a Malta. Todos. Alivia que não tenham podido abatê-los ou “prendê-los” ( o que seria o mesmo).  No Qatar filmaram-se “cenas de guerra” e de “vitória” dos rebeldes na Praça Verde de Tripoli que as estações “mainstreem” difundiram como se fossem verdadeiras. (Tendo a Russia Today desmontado essas imagens por comparação com os edifícios da Praça Verde, mostrando detalhes em falta nas imagens falsas). O próprio TPI anunciou (com júbilo) a prisão de Saif al Islam que manifestamente não tinha sido, nunca, capturado pelos “rebeldes”. E como se nada disto fosse suficiente, a escumalha otanasca lança caças a homens (ao abrigo de uma protecção militar humanitária visando impor uma zona de exclusão aérea como o determinara a resolução do Conselho de Segurança). Visou matar por bombardeamentos (mais de sessenta bombardeamentos) o raïs de Tripoli em sua casa. E lança um prémio pecuniário pelo seu homicídio, ao mesmo tempo que envolve soldados seus (que oficialmente nunca ali estiveram) nessa caça. SAS ingleses e a legião estrangeira francesa estão comprovadamente no terreno. Alguns depósitos de armas caíram em patas dos “rebeldes” e é muito pedagógico ver as imagens teledifundidas daquela escumalha a mexer nas munições. O bairro dos funcionários administrativos foi tomado de assalto e os funcionários estão a ser abatidos. Terrível. Mas expectável. Um funcionário é imprestável para qualquer resistência armada porque se habituou a temer. Incapaz de resistir é abatido com a atitude bovina de qualquer funcionário. Isso talvez devesse ter sido previsto. Mas havia certamente outras coisas para fazer…a Coroa de Àfrica, como os libios gostavam de chamar à sua Capital, está sem abastecimentos, sem hospitais, sem água, sem luz. É uma imagem muito tranquilizadora da "guerra humanitária". Entretanto, na Tripoli “completamente conquistada pelos rebeldes” (já há uma semana), continuam os combates. E o raïs “em fuga”, mostra-se afinal no comando da resistência. Com determinação heróica. E a eficácia possível. Se a escumalha otanasca não recua, o que não parece poder já fazer, esta guerra será a sepultura politico-económica do projecto da “Europa até aos Urais”. Nenhum estadista em seu perfeito juízo pode razoavelmente ter tal gentalha em qualquer parceria de qualquer negócio. Nenhum acordo económico é possível com piratas. E se algum preço lhes parecer escusado eles assaltam o país. Qualquer país. Não pode ser. Essa gente que vá morrer longe. Nenhum estadista em seu juízo perfeito pode entender que tal gentalha mereça outra coisa senão o desaparecimento súbito e definitivo de qualquer cena. Putin tem razão. Como Chavez. Como a China. Tal escumalha perderá qualquer credibilidade ou qualquer viabilidade de controlo em África, como perdeu na América Latina (sub-continente já em relação económica e diplomática directa e evidentemente desejável com a Ásia). À verdadeira bestialidade dos “políticos do eixo atlântico” não pode senão responder a morte e o cerco que tão clamorosamente merece. Interessante que nestas circunstâncias o território norte-americano seja devastado por um furacão chamado Paz. (Irene significa Paz em grego).  A paz é realmente a morte deles. A Mathaba deu por isso. Os prostituídos jornalistas, mais os prostituídos comentadores, mais os prostituídos “dirigentes políticos” subverteram e contornaram completamente qualquer disciplina legal de controlo democrático e parlamentar de qualquer guerra. Instrumentalizaram completamente magistraturas (como a do TPI) que nunca poderiam deixar-se instrumentalizar como arma de guerra e transformaram a ONU numa fantochada incapaz de impor os termos das suas próprias decisões a comandos militares de terroristas, conduzidos por gangs de ladrões, numa descarada campanha militar de subjugação e apropriação coloniais dos recursos de um país. Isto é de gravidade terminal. Por ser objectiva ameaça a todos os estados da terra com recursos naturais passíveis de utilidade para os ladrões. O isolamento internacional é apesar de tudo surpreendente. Quarenta países reconhecem o pseudo-CNT. É quanto resta, entre cúmplices e estados vassalos, à escumalha otanasca. Longa vida ao raïs de Tripoli, ou à sua gloriosa memória se vier a morrer em combate. Entretanto deve ver-se o longo percurso dos horrendos vícios da escumalha otanasca. E isso deve ver-se, aqui. Porque é” a guerra que você não vê”. Os comentadeiros presstitutos que vejam o modo como serão olhados daqui a dez anos. Não se pode confundir jornalismo e propaganda de guerra. Nem Justiça Internacional e propaganda de guerra. Isto são crimes. E em sentido exacto.

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