Sunday, July 4, 2010

"As empresas estratégicas"

Primeiro os negreiros de kavako tiraram à RTP a rede emissora onde esta havia investido tudo o que tinha e não tinha. Depois deram isso à Telecom. E privatizaram a Telecom. Com a Telecom a população local teve a imensa alegria de pagar as telecomunicações mais caras da Europa. Com os salários mais baixos da Europa. Também foi assim com a EDP. E com a GALP. Sobre a GALP pode-se retaliar (embora ninguém o faça). Pode-se não abastecer naqueles postos. Dentro ou fora das fronteiras, um posto GALP no caminho, significa mais trinta Km. Só deve abastecer-se no próximo. Até eles serem forçados a baixar os preços. Mas mais ninguém faz assim. Sobre a GALP pode-se retaliar pela distorção dos preços do mercado. Sobre a EDP e a Telecom não se pode retaliar com eficácia directa. E o território compraz-se com a energia mais cara da Europa, o combustível mais caro da Europa e as telecomunicações mais caras da Europa. Com este asqueroso panorama, vêm dizer-nos que "as nossas empresas" são estratégicas. Nem duvidamos. Pensamos é que tal "estratégia" deve seguir o seu curso natural rumo ao destino de todas as inépcias e de todas as coisas odiosas. Estratégicas serão. Mas eles que paguem essa estratégia. Então Sócrates anatematiza: "liberais". E não é que os "liberais" do PSD e do CDS vêm dizer não são liberais puros?.... Estão de acordo com Sócrates. Pois estejam. Nós não estamos. Há sobretudo que ter em conta que ninguém tratará pior a população local do que esta gentalha (toda) o fez. E mesmo que o risco fosse de ocupação militar estrangeira,essa seria a opção correcta. Antes a crua linguagem alemã que as frases feitas desta corja. E tais empresas entre tais patas servem apenas o sustento de clientelas encadernado com fantasias de estratégia, sustentadas no abuso permanente de posição dominante. A população não consegue acabar com isso. Mas se a dinâmica do mercado o fizer, tanto melhor. Se estes homens-hienas conseguiram gerar uma imagem de rentabilidade que faz tais empresas uma tentação para outros (ainda que nós saibamos como e esses outros não) aguentem-se agora com as consequências disso (naturais em mercado). É natural perder o que nunca se devia ter tido.

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