Tuesday, January 3, 2012

NOVO ANO

Está a Rússia em periodo pré-eleitoral. Como os USA. E a França. E a Alemanha. Em Espanha os neo-franquistas atiraram-se à miserabilização do país por modo que ameaça desestruturar a síntese política da constituição de 78. A tugária cai em bocados. A Santa Hélade - se assim continuam as coisas - acabará por ser atirada para a reponderação da União dos Estados dos Balkãs. E a própria Itália corre riscos de desagregação territorial. (Porque a Unidade Italiana é produto da Revolução e todos os legados políticos podem ser postos em causa a todo o momento). O Euro aguenta-se? (Pode sustentar-se uma moeda sem Estado?)... E a União da Europa Ocidental consegue manter-se contra a Geografia e contra o novo ciclo político do mundo?  2012 é o ano de todas as crises iniciadas. De todas as desgraças prefiguradas. De todas as salvações possíveis. A União Aduaneira Euro-Asiática iniciou o seu caminho, como a integração económica sul-americana, tendo o análogo projecto africano (protagonizado pelo heróico Kadhafy) sido violentamente travado por ora. Nestas coisas, porém, nada há de definitivo (sobretudo quando a população do Estado com maiores indices de desenvolvimento de África ficou privada do abstecimento alimentar e em situação de fraccionamento territorial). Prosseguirão as revoluções árabes e chegarão à maturação do pan-arabismo? E a inquietação da juventude norte-americana poderá ser detida? Podem as velhas estruturas policiescas resistir à Net, podem os desleais estados do ocidente resistir a iniciativas como a Wikileaks e a todos os demais projectos que esse exemplo desencadeou? (Pode a imunda tugária destruir a Contra Ordem?) São muitas as perguntas cujas respostas o ano novo irá esboçando. E muitas as vitórias prometidas. O homem comum mostra-se encurralado. Imagina que as revoluções lhe tiram sempre mais do que lhe trazem. Mas "a situação" tira-lhe agora a vida - e onde lhe prometeu a prosperidade, dá-lhe agora a miséria - de tal modo que apenas a rebelião pode salvar a vida ao homem comum. Rebelar-se-á, enfim? Vamos ver. (Esperando que sim).

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