Thursday, May 7, 2009

A polícia da panascracia

Clemente Lima lá saiu da Inspecção-Geral da Administração Interna, porventura ao abrigo do princípio do “isso não se pode dizer”, em tal caso enunciado pelo Pacheco Pereira. Bem entendido, os chuis respeitam tendencialmente a “estratificação social” manifestada pelo "regime". O filho de Pacheco Pereira ainda não foi alvejado a tiro pela soldadesca da GNR, ou pela escumalha da PSP. Já a mesma sorte não teve Kuku. Mas o novo Inspector-Geral da Administração Interna veio reconhecer mortes a mais e “sem razão nenhuma” (sic). Esta corja, portanto e segundo o Inspector-Geral, dispara a matar sem ser em legítima defesa. Quem gritará agora o “isso não se pode dizer”? E quem gritará, por fim, as coisas por dizer na falta de uma efectiva Inspecção-Geral dos Serviços de Justiça? Quantos homicidas há na guarda prisional? Quantos violadores há na PJ? Quantas mortes, violações, extorsões, foram cobertas pela primeira lei do regime e que é (como o atesta a "jurisprudência" interminável de tribunais agindo como polícia política, mais o Pacheco Pereira) o princípio do "isso não se pode dizer"? ... Mas Pacheco Pereira veio "testemunhar", há uma semana, que antes do 25 de Abril não se podia escrever que "o governo de Sócrates é mediocre". E agora pode, diz ele. Reagia contra a "direita da blogosfera " e esta parece-lhe "modelo Portas". Mas só aqui se pode escrever que o Pacheco Pereira é parvo. E não há um "modelo Portas". Na verdade, isto é apenas uma panascracia homicida e esta gentalha assemelha-se toda entre si. Desde o cardeal de Lisboa ao Pacheco Pereira (de quem se esperariam diferenças mais significativas). "Modelo Portas" é o regime inteiro. Os outros estão só com acessos de vómito. Ou perto disso.

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