Wednesday, July 9, 2008

ESPREITADELA DE GARIBALDI

Na piazza Navona ribombaram frases dignas de combatentes da Legião Italiana. «Tra 20 anni Ratzinger sarà morto e sarà all'inferno, tormentato da diavoloni». Esta foi de Sabina Guzzanti. Di Pietro demarcou-se. Está excessivamente ocupado com a independência do poder judicial para se ocupar da Condenação Eterna seja de quem for. E Carfagna anuncia processo por se ter sentido mal tratada. (Exagerada). Já Contra Ordem não tem reparos à perspectiva Teológica expressa. Não se vê para que outro lugar possa ir Ratzinger. E vinte anos é prazo razoável. Prazo plausivelmente necessário às negociações com as potestades infernais. Porque não se antevê que os diabos aceitem a tese da soberania universal do pontífice romano. (O inferno já tem primaz soberano). As negociações serão pois longas e difíceis. Mas daqui a vinte anos Ratzinger estará no inferno. A coisa parece clara. Sem soberania universal. Sem primado. Sem sé. E plausivelmente atormentado. (Tormentos que aliás já devia estar a sofrer). A perspectiva da Guzzanti parece-nos, senão verdadeira, ao menos verosímil. Di Pietro também não foi meigo, em todo o caso: «Qualcuno mi sta processando? Mi faccio una legge che dice che quattro cittadini italiani una volta che diventano presidente della Repubblica, della Camera o del Senato, capo del governo, possono ammazzare la moglie, stuprare bambini, o addirittura corrompere un testimone in un processo e non possono essere processati». Secondo il leader Idv «i cittadini devono resistere e ribellarsi: tutti i regimi cominciano in maniera dolce». Il Cavaliere reagiu no seu bom velho estilo: «Della spazzatura mi occupo a Napoli. Nessun altro commento (…)». Menos sintética foi todavia a reacção do Chefe do Governo Italiano à informação oficial da Casa Branca que o apresentava (a propósito da cimeira do G8) dizendo-o um “dirigente diletante de país corrompido”. Il cavaliere agitou-se. Exigiu desculpas. E teve-as. A Itália será sempre um país animadíssimo.

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