Thursday, July 31, 2008

A OTAN e otanascas, UE e federastas

Indigno. Fazer comparecer um combatente num "tribunal" da OTAN (é exactamente isso que aquilo é) onde se absolvem chefes de máfia albanesa, onde se ignoraram criaturas como Tudjman e sob cuja custódia morrem dois dirigentes sérvios, na mesma semana, não é coisa aceitável. Instrumentalizar a justiça como arma de guerra, não é coisa aceitável. Lavrov tem toda a razão. Como a tem o Presidente da Duma. Como a têm os sérvios que gritam traição, porque é precisamente quanto há a dizer. Entregaram, em pretensa "extradição", um cidadão nacional. Ora, contam-se pelos dedos os países que o fazem, mesmo quando a extradição é a sério e não simples entrega ao inimigo. Tadic desvaloriza-se a si mesmo. E faz indigna a Chefia do Estado de uma Grande Pátria que ostenta, orgulhosa, a cruz de Bizâncio nas suas armas nacionais. O testemunho do Semanário Sérvio de Madrid é precioso pela contenção. Tadic e o seu controlo de imprensa mentem como a OTAN. O primeiro por subserviência e a segunda por conveniência. O comentário do Blic é especialmente repugnante. Tadic não tem governo sem o apoio do Partido de Milosevic. A hostilização do Partido Radical - que só não é governo por não fazer alianças estúpidas - é a hostilização (bastante otanasca) da própria Sérvia. Os sérvios vão notá-lo. Tadic não recua sequer perante a imunidade parlamentar. (O Blic mantém o apoio). Mas é a imunidade dos dele que está a lesar, por mais que consiga atacar, prender, calar os deputados do Partido Radical. Aliás ninguém votou tal coisa. Tão peregrina ideia não estava sequer - nem podia estar - no programa eleitoral. Tal conduta percebe-se perfeitamente. E está fora do mandato. Nem faz sentido hostilizar os sentimentos manifestados pelos partidos fora do governo, porque essa é a maioria nacional (mesmo com os votos úteis, em Tadic ou nos socialistas). Traição, claro. E portanto, legítima defesa da Comunidade Nacional (é isso que Tadic quer proibir que se diga, mesmo no Parlamento)... Logo veremos como isto continua, porque não parece que vá acabar tão depressa.

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