Sunday, July 6, 2008

PAROLADA

Contra Ordem tem a sua gente sob sequestro no território a sul do Rio Minho. Contra Ordem não gosta de sequestros. Liberdade de palavra, dão-lha o Blogspot e a Santa Hélade. Mesmo assim, em torno do Google andam esbracejando, pela certa, pedindo as cabeças de Contra Ordem, os esbirros da Opus e dos gangs federados em pretensas “maçonarias” à moda do “tuga médio” – uns proxenetas, uns vendedores de licenciaturas e animadores de “bolhas”, uns traficantes de tudo, (armas incluídas), uns agentes da PJ em vaga reforma, uns autarcas e funcionários no activo com os guantes na “massa” dos concursos públicos e uns juízes à procura de comissões de serviço – uma beleza. (Que iniciados, hein?)… Os pedómanos do papismo também não gostam da Contra Ordem. Nem o execrando Júdice. E Contra Ordem tem uma noção muito exacta do que fazer com eles. Com todos eles. E jamais os sequestraria. Contra Ordem não gosta de sequestros. Contra Ordem não gostou do sequestro de Ingrid Bettencourt. Nem gostou da libertação de Ingrid Bettencourt. Entre os dois horrores, Contra Ordem recusa-se a escolher. A libertação é parolada da qual o cativeiro nos preservava. E o cativeiro, outra parolada à qual pôs fim a tremenda libertação. Os velhos comunistas irritaram-se. Mais uma parolada. Os gajos de serviço no local (com o Rogeiro à cabeça) uivaram laudas disparatadas e “condenações” fulminantes. Sempre a parolada. Os Suíços limitaram-se a dizer que aquilo custou vinte milhões. Ninguém como os suíços, para a santa objectividade quanto às coisas chãs. E os colombianos enchem-nos com o que pensam deles próprios. São militares, a seus olhos. E muito desembaraçados, sempre em sua perspectiva. (Que haveriam eles de dizer?) … O desembaraço do exército da Colômbia (passe a expressão) mede-se bem na sua impotência diante da guerrilha. E a eficácia da guerrilha pela sua impotência ante o exército (se tal designação ali couber). E lá veio Sarkozy, claro, no papel de triste figurante em bicos de pés. Com a França de nervos em franja diante dele. Sempre gesticulando como um patrão de tasca. Em tons de “autoridade” que a literatura põe nos donos de bordel. (De iure constituendo) têm de proibir-se quaisquer versões futuras do Bush, congeminadas por húngaros. Ao menos Berlusconi é um velhinho bem travestido. Completamente isento daquele ar gingão do Sarkozy, sempre numa imoderação de embarcadiço chegado ao cais. Marujo de água “doce”, evidentemente. Que aquilo veio pelo Danúbio abaixo, com toda a probabilidade. Mas falávamos da Ingrid. Um velhinho veio comover-se por a ter visto, enfim, com maquilhagem. Mas depois – diz ele - imagina-a a maquilhar-se. Era então isso. Um fetiche. E bate na Luísa de um Blog, Sempre a parolada. Vinte milhões, custou aquilo. Falta de noção do valor das coisas, do valor do dinheiro e radical ausência de qualquer noção das proporções. Agora a Ingrid vai ao Ratzinger. A novela finar-se-á numa novena. A menos que Sarkozy decida, a despropósito, levar o Te Deum do Berlioz a Notre Dame. (Uma historieta tão má deve ser morta várias vezes).

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